terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Não vale acabar com o Jobson

Claro que o Jobson, mais uma vez, fez bobagem. Não dá para um atleta profissional cheirar cocaína, priincipalmente, às vésperas de jogos importantes. Ele agiu de forma irresponsável.

Mas é absurda essa ideia de banir o sujeito do futebol. Há no caso uma questão fundamental: o Jobson não se dopou, ele se drogou. Isso é bem diferente. Cheirou pó da mesma forma que poderia ter enchido os cornos (dizem que ele é bom nisso também), fumado uns dez baseados, tomado um ácido. Ou poderia ter feito tudo ao mesmo tempo, sei lá. Mas nada disso o ajudaria em campo, melhoraria sua performance. Ao contrário: pó, maconha, birita e ácido só prejudicam o desempenho de um atleta.

O caso do Jobson é bem diferente daqueles de atletas que tomam bagulhos para aumentar a musculatura, emagrecer ou dar um gás em seu rendimento. O então atacante do Botafogo apenas agiu de forma irresponsável ao consumir uma droga proibida. Se tivesse bebido até cair uns dois dias antes dos jogos, nada de grave iria lhe acontecer, ele não correria o risco de ser punido.

Há um certo consenso entre os dirigentes esportivos e jornalistas: atletas têm que ser exemplos, não podem fazer besteira, têm que ser melhor do que somos. É como se não pudessem ser humanos. O álcool é, de longe, a droga mais consumida no país e a que mais gera problemas de saúde - uma pesquisa publicada hoje mostra que 70% dos jovens brasileiros já beberam. Mas, como é legalizado, tudo bem, pode. Pó, maconha e que tais não podem. Ok, são proibidas e isso deve ser respeitado. Mas, caramba, não se pode impedir um sujeito de 21 anos de exercer sua profissão. A menos, claro, que se queira afundá-lo de vez.

Muita gente usa drogas ilegais - médicos, cineastas, jornalistas, atores, escritores, cantores, corretores de seguro, motoristas de ônibus, empresários, políticos. E nenhum deles é impedido de exercer sua profissão (a menos, claro, que se droguem durante o expediente ou cometam uma sucessão de besteiras). Não faz assim tanto tempo, um famoso ator foi preso quando ia comprar drogas, acabou internado. Ninguém o crucificou - ao contrário, foi abraçado por colegas de profissão, pela empresa em que trabalha e, mesmo, pelos jornais e revistas. Foi tratado como vítima, não como criminoso. Sobre ele não são despejadas manifestações de preconceito quanto as que ameçam afogar o Jobson.

Entre os pecados cometidos no mundo do futebol, o do Jobson é dos menores. Ele não apitou pênalti inexistente, não recebeu comissão para construir estádios ou viabilizar patrocínios, não embolsou dinheiro em transações de jogadores, não surrupiou renda de jogo beneficente, não recebeu ingresso gratuito para torcer por seu time, não provocou brigas, não matou ninguém. A cocaína, insisto, sequer teria como fazê-lo jogar melhor. Jobson cometeu uma irresponsabilidade que prejudicou apenas uma pessoa, ele mesmo.

O que deve ser feito? Não sei. Talvez um gancho, uma suspensão. É preciso ter um mínimo de responsabilidade em qualquer profissão, o Jobson tem que aprender isso. Mas sei que não se pode acabar com a vida de um jovem que, como tantos outros, fez algumas bobagens. Burrices que - não custa ser redundante - não machucaram ninguém.

Fernando Molica

Texto extraído do site: http://www.fernandomolica.com.br/

domingo, 13 de dezembro de 2009

Balanço geral

Este blog anda devendo uma análise a respeito dos resultados do mais concorrido Brasileiro dos últimos tempos. Assim, vamos lá.

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O presente escrevinhador precisa admitir uma coisa: começou a atividade de comentarista de futebol do jeito certo, como todo bom comentarista, ou seja, errando.
Lá para o meio do ano, eu afirmei, quase sem dar margem a dúvidas, que o time campeão seria, novamente, o São Paulo. Os motivos seriam os mesmos de sempre: o Tricolor paulista não é dono de nenhuma seleção, porém, possui um elenco grande e adaptável, cheio de bons jogadores; na hora H, grande sacada da diretoria são-paulina, essa combinação raramente falha.
Qual não foi minha surpresa, então, quando, justo nos dois jogos mais prosaicos que tinha pela frente, contra um semi-rebaixado (Botafogo) e contra um time já sem grandes aspirações (Goiás), vejo que o São Paulo consegue tomar sete gols? Acendendo para o sedento Flamengo aquela sonhada luz no fim do túnel? Primeiro time de chegada da era dos pontos corridos, o Mengão não perdoou.

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O Brasileiro de 2009 jogou por terra uma série de preconceitos que foram sendo erguidos, qual muralha, desde o início da era de pontos corridos.
Primeiro: não se deve trocar de técnico. Ora, São Paulo e Flamengo, os dois maiores postulantes ao título, trocaram seus técnicos, sentindo na pele, e nos pontos, os benefícios da troca. É claro, porém, que não é regra. Palmeiras trocou, e veja no que deu... O que fica, para guardar, é que futebol não é coisa para cartilha de funcionário público Caxias. Varia como as ondas do mar. Abaixo o bom-mocismo tecnocrata!
Segundo: a lenda do time que joga junto há bastante tempo. Novamente, Flamengo montou boa parte de sua equipe durante o campeonato, e cresceu na hora certa.
Terceiro: cadê os técnicos especialistas, professores do óbvio, que falam bonito e "fazem um time jogar". Muricy foi engolido pela nhaca palmeirense, e afundou em sua mania de 3-5-2, e em substituições confusas, ou, às vezes, por demais óbvias. Luxemburgo, bem, faz tempo que não honra o que ganha, preocupando-se mais em ganhar dinheiro do que em ganhar títulos. Mano, novo na "elite" do futebol não conceguiu motivar um time que ganhou tudo no primeiro semestre, e deixou-se levar pelo canto de sereia da Libertadores, entoado por uma diretoria incompetente, que não soube manter um time campeão.
Enquanto isso, treinadores de perfil mais calmo e humilde, sem muita mídia, chegaram. Ricardo Gomes implantou seu estilo no São Paulo, variando um pouco mais as jogadas tricolores. Andrade fez Petckovic jogar de novo, deu uma utilidade aos bons laterais do Flamengo, e fechou a equipe em torno da estrela de Adriano. Isso sem contar Mario Sérgio, que conseguiu motivar o apático Internacional.

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Agora, uma coisa é preciso admitir: nos pontos, o Brasileiro é muito bom, disputado, emocionante; agora, na técnica, é nivelado por baixo, infelizmente. Poucos são os times, dentre eles o Flamengo, que colocam a bola no chão, fazem-na rolar pelo gramado. Poucos são os dribles e as jogadas menos óbvias. Abundam a retórica de guerrilha (incentivando a violência) e a apologia da "pegada", do jogo amarrado. Os técnicos brasileiros precisam ver um jogo do Arsenal. Um só, qualquer um.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Seco no canto

Uma coisa tenho de confessar: torci ontem para o Flu. Time com brio, raçudo, um pouco titubeante, mas incansável. Se não fosse a expulsão do Fred...

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Dias atrás, neste espaço, defendi o professor Belluzzo, por ocasião do episódio no qual ele, claramente irritado, espinafra o árbitro de Fluminense x Palmeiras.
É claro que não considero correta atitude do dirigente, porém, contra a corrente dos jornalistas defensores da "ética e dos bons costumes", também não condeno o homem. Veja bem a palavra utilizada: o homem. Um homem que tem nervos, sangue, que se apixona e se irrita.
Pois bem, quis o destino que, um dia após ter publicado meu comentário, saísse na Internet um vídeo do mesmo dirigente, novamente cedendo a seus impulsos, mas desta vez numa festa da Mancha Verde, e gritando impropérios injustificáveis: "Vamo matar os bambi!". Há um limite muito tênue entre a vazão dada às paixões humanas, mesmo que mal pensadas, e um episódio como o visto, que, no mínimo, incitava à violência.
Não sou bobo, como muitos comentaristas por aí se fazem, de achar que o presidente de um clube jamais deva dar voz a suas torcidas organizadas. Em sua maioria, em todos os clubes, as ditas organizadas não passam de gangues, porém, gangues com influência dentro do clube, e capazes de tornar a vida da equipe um inferno. É preciso conversar com elas, "compor", como diria o presidente Lula. Agora, vestir a farda e partir para a guerra, com fez Belluzzo, são outros quinhentos...

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Desonestidade. Apenas essa palavra seria capaz de resumir o que a imprensa perpetrou contra o Corinthians essa semana, em virtude da derrota para o Flamengo. Comentários veiculados, por jornalistas ditos imparciais, davam conta de que o Corinthians teria "entregado" o jogo.
Ora, caro leitor, quando este que vos escreve parou de falar sobre o Corinthians, mesmo? Se bem me lembro, quando o time perdeu para o Goiás, em casa, por 4 x 1. Daí em diante, percebi que o time jogava no lixo o principal campeonato do Brasil. Foi só ladeira abaixo, e um monte de jogador encostado esperando as férias.
O Corinthians conseguiu perder de 3 x 2 para o Náutico! Alguém aí se iludia de que um time sem lateral esquerdo, sem lateral direito, sem primeiro volante, e sem meia conseguiria derrotar um dos postulantes ao título?
Novamente, a dita imparcialidade nunca é utilizada com o Timão...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A melhor rodada de todos os tempos

O campeonato poderia ter sido decidido no último domingo, porém, a vitória do Flamengo e a derrota do São Paulo muda o favorito a título brasileiro. O time carioca que enfrenta o Grêmio na última partida tem a chance do Penta - ou hexa para os fanáticos - campeonato. O tricolor paulista tem de vencer e rezar para o tropeço de seus adversários.

Domingo à tarde teve uma obra de arte produzida no Parque Antártica, um gol de gênio lapidado por Diego Souza, depois de uma dividida entre Vágner Love e o goleiro do Atlético MG, o meia no circulo central pegou a bola de primeira e colocou na gaveta, um dos gols mais bonitos do futebol.

Voltando aos resultados, o jogo entre Corinthians e Flamengo terminou com muitas reclamações dos alvinegros, que acusaram o juiz de inverter várias faltas e marcar um pênalti inexistente, tanto que o goleiro Felipe nem tentou agarrar a bola em protesto ao juiz. Final de partida 2x0 Flamengo.

Ao meu ver, esse campeonato deveria ser sempre assim, todos os jogos no mesmo dia e horário, a emoção de acompanhar 10 jogos ao mesmo tempo é incomparável. Diga não aos mata-matas, viva os pontos corridos!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Tudo como dantes...

O Campeonato Brasileiro chega a seu fim, arrastando-se, e creio já ser possível tecer algumas considerações sobre o mais importante certame do país:

– O jornalismo continua moralista. Vide, por exemplo, o caso recente, envolvendo o presidente do Palmeiras, o senhor Beluzzo. O dileto homem estourou? Sim. Não poderia tê-lo feito? Não. Porém, é perfeitamente humana sua reação. Ele havia acabado de presenciar seu time ser assaltado, em pleno Maracanã! Noves fora a amarelada palmeirense, é algo a se revoltar. Assistimos, antes de tudo, a uma manifestação de amor de um coração verde em chamas. Acho tudo muito digno. O resto é controle de caixa das emoções humanas.

– O futebol brasileiro continua limitado. Ganha, no final, quem faz mais faltas e quem consegue ter melhor aproveitamento pelo alto. Os gols, via de regra, não saem de jogadas trabalhadas, mediante toques e dribles. Na defesa é bumba-meu-boi, e no ataque, aquela ducha esperta. Como disse Xico Sá, mudem logo o nome do esporte para "sururu na área"!

– Os jornalistas corporativos continuam, por meio de seus sofismas comprados, a querer comparar o futebol de outrora com o atual. Tecendo raciocínios que levam o relativismo às raias da imbecilidade, defendem o "produto" que vendem, e jamais tocam nas chagas abertas do esporte: falta de dinheiro, visões táticas embotadas e gastas, primazia do resultado. Quando querem dar uma de "modernos", repetem o mantra "Organização e Planejamento".

– O São Paulo, time modelo da razão ilustrada, nos moldes do pensamento empresarial (ainda que com tintas tupiniquins), será, mais uma vez, campeão. Assim será enquanto for o único a ter um elenco decente, o único a ter jeitão de bom-moço midiático, e o único a vender a imagem de que não faz jogo de bastidores.

– O Corinthians continua dependendo de jogadores isolados, sem visão futebolística a longo prazo.

– O Santos continua se preparando para ser comprado pelo Vanderlei Luxemburgo.

– O Palmeiras e o Internacional continuam disputando o Troféu Pipoca.

– O Flamengo continua fazendo festa antes da hora.

– Alguns jornalistas, inteligentes e íntegros, mas com opiniões eurocêntricas, vão continuar a defender os pontos corridos, modelo de disputa que será responsável por matar a variedade do futebol brasileiro.

Pronto. Agora vou descer para tomar um anti-ácido.

domingo, 22 de novembro de 2009

Briga de cachorro grande

Complementando a 36ª rodada, São Paulo encara o Botafogo, no Engenhão. Já no Maracanã, o Flamengo tenta chegar a liderança enfrentando o Goiás

O tricolor, que busca o tetra-hepta, precisa vencer o Botafogo para se manter na ponta do campeonato, é seguido de perto pelo Flamengo. O time carioca ficou em evidência pelo futebol apresentado e algumas punições do STJD para com os adversários diretos do Rubro-negro. Nesta última semana quem sofreu foi o São Paulo, com a perda do mando de campo e ganchos de Borges, Dagoberto e Jean, três jogos cada um.

É aguardar para definir o futuro do título brasileiro 2009, pelo que tudo indica os dois times brigaram até o fim pela taça.

Fechando a participação paulista, o Santos pega o Coritiba, na Vila Belmiro. O Santos, em eleição, joga para se livrar de qualquer chance de rebaixamento, falta apenas 1 ponto para equipe ficar tranquila.

Enquanto isso no Pacaembu...

Ontem, o Corinthians, com time misto, perdeu de virada para o Náutico, 3x2. Com isso, o Timbu encosta no Fluminense e tenta fugir do rebaixamento. Já o Corinthians anda cumprindo tabela, esperando só o clássico contra o Flamengo para jogar sua última partida importante do ano.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Título longe, Libertadores talvez

O Palmeiras na noite de ontem enfrentou o Grêmio, no Olímpico, perdeu por 2x0 e ficou, praticamente, sem chances do título brasileiro

A dinâmica do primeiro tempo foi o time gaúcho agredindo e o Palmeiras tentando criar contra-ataques, porém o gol gremista no final da etapa inicial desencandeou um fato desagradável na ida do vestiário palmeirense: Os jogadores Obina e Maurício se agrediram quando caminhavam para o túnel e foram expulsos pelo árbitro.

O time alviverde ficou a segunda etapa inteira com nove jogadores. O Grêmio, por sua vez, já não parecia inspirado e fez um gol chorado com Max López.

Para o time do Parque Antártica resta a Libertadores, já que o líder, São Paulo, pode abrir seis pontos de vantagem.

Aos brigões ficou o exemplo de serem dispensados do clube após a má conduta.

Isso me lembrar que no jogo São Paulo x Vitória, André Dias e Hugo tiveram um lance parecido, porém não houve socos como os palmeirenses, contudo, empurrões e bate bocas marcaram a partida.

O que está acontecendo com os times paulistas, afinal?

domingo, 15 de novembro de 2009

De modelos e modelos

Sinceramente, acho muito pobre ficar, aqui, tecendo comentários a respeito de amareladas do Palmeiras, ou sobre como mais um Brasileiro vai caindo no colo do São Paulo. O futebol em nosso país virou isso aí, essa pasmaceira.
Em virtude disso, gostaria de traçar algumas reflexões sobre o que fez o São Paulo atingir tal hegemonia. O que leva o tricolor paulista a tanta força e estabilidade?
Sem querer apelar para jogos de bastidores e outros piripaques conspiratórios, destaco dois pontos, a meu ver principais:

– Elenco: o São Paulo não tem craques. Hernanes é uma pérola oriunda das categorias de base, assim como foi Robinho, no Santos: é um a cada vinte anos. O tricolor investiu, mesmo, pesado, em um bom conjunto de jogadores razoáveis – alguns especialistas (como Jorge Wagner e suas bolas paradas), outros apenas voluntariosos, como Zé Luís. Qual a vantagem disso? É um grupo sem desníveis. No São Paulo, sai um razoável, e entra outro. No Corinthians, Santos e Palmeiras, quando sai um razoável (ou, pior, um jogador bom, ou craque) não há substituição. Responda, palmeirense: quem substitui a altura Diego Souza e Cleiton Xavier? E você, flamenguista: quem substitui Adriano, ou Petkovic? Alguém pode chegar e dizer: o São Paulo não sentiu falta do Hernanes. Não sentiu porque o elenco é grande, e permite variações táticas, assim, mesmo com razoáveis, é possível manter um padrão forte.

– Padrão tático: talvez o São Paulo seja o único time com esta vantagem, aqui no Brasil. O São Paulo joga com uma zaga forte, e dois volantes fazendo a cobertura desde, pelo menos, 2005. A jogada aérea data mais ou menos daí também. Os suspiros de criatividade de Hernanes só vieram acrescentar um algo a mais. Qualquer jogador que entre, hoje, no São Paulo sabe exatamente o que fazer. O time é frio, não empolga, é robótico. De todos os quatro primeiros, o São Paulo é o único cujo aproveitamento nunca passou dos 57%; ou seja, nunca foi um time brilhante, e sempre exageradamente matemático.

A que conclusão eu chego? Ora, leitor, realmente penso que devemos imitar o São Paulo, porém, no primeiro ponto indicado, jamais no segundo.

sábado, 14 de novembro de 2009

Para disparar

Hoje, no Morumbi, o São Paulo enfrenta o Vitória para assegurar a ponta do campeonato. Ameaçado por Palmeiras, Flamengo e Atlético MG; O clube paulista luta pelo quarto título consecutivo do nacional.

Com todas as adversidades, o tricolor caminha a vagarosamente para mais uma conquista. Se não haver decisões esquisitas - do STJD e árbitros, e os jogadores em fim de contrato mostrarem o mínimo de vontade, o tetra-hepta está assegurado, mas este ano anda bem difícil.

2 medidas, 1 peso!

O julgamento de STJD, que puniu o São Paulo com perda de um mando de jogo por conta da invasão de um torcedor no jogo São Paulo x Internacional, pode mudar os rumos do BR-2009

A hegemonia paulista no campeonato brasileiro dura cinco edições - Santos, Corinthians e São Paulo - neste campeonato, em especial, algumas decisões, dos árbitros ou STJD, têm tornado a vida dos paulistas mais dificeís. Por exemplo, o gol mal anulado de Obina por Carlos Eugênio Simon no jogo Palmeiras x Fluminense, e agora, na última sexta-feira, a perda do mando de jogo do São Paulo - líder do campeonato - no jogo contra o Sport. O leitor atento me diria " Você é um torcedor fanático, como pode achar errada a decisão contra o São Paulo, só pode estar louco!", explico: no jogo Atlético x Fluminense, no Mineirão, houve invasão de campo, o torcedor foi identificado e detido, assim como no caso do Tricolor Paulista. No entanto, o Atlético MG foi absolvido. Ora, se o caso é parecido porque para duas medidas é usado pesos diferentes?

Sabe o que é mais engraçado, caro leitor? É saber que dois times paulistas estão na ponta e, provavelmente, um deles seria campeão. E o mais engraçado ainda? O principal beneficiado é um time carioca que tem a tabela mais suave dentre os que disputam o título. Não quero criar uma "teoria da conspiração", mais...aí tem! Fluminense beneficiado, agora Flamengo? Isso não cheira bem...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Vingança

Infelizmente, devido a motivos quase totalmente mercadológicos/midiáticos, a Libertadores, hoje, tornou-se não um projeto, mas uma obsessão para a maioria dos times brasileiros. Obsessão na qual o até então eficiente e aparentemente bem planejado Sport caiu, como pato. Antes de disputar o torneio sul-americano, o Sport limitava-se à paixão de seus torcedores e a sua secura financeira; e mantinha-se, bem, no Campeonato Brasileiro. Dava até para apostar que, em alguns anos, poderia montar um time para ser campeão. Até que, como disse, veio a Libertadores com seu canto de sereia, a eliminação, e a depressão, que, num campeonato como o Brasileiro, pode significar a morte.
O Sport, porém, tem uma chance de se vingar de seu maior algoz, o Palmeiras, hoje, no Palestra. O Verdinho vem ficando maduro, amarelando mais, a cada rodada. Se o Sport entrar com garra, assustando o time de verde, pode surpreender; os jogadores do Palmeiras estão com uma baita vontade de jogar a toalha... Com uma vitória, o Sport daria pelo menos uma grande alegria para sua torcida esse ano: melar o projeto de seu grande carrasco em 2009.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Tropeço de um, alegria do outro

Assim podemos definir a tabela do campeonato brasileiro. Enfim, o São Paulo chega a liderança e o Palmeiras - depois de tantos tropeços -, amarga a vice-liderança. Em um jogo chato, porém importantissímo, no Maracanã, o tricolor carioca bateu o verdão por 1x0, gol do novo herói das laranjeiras, Fred. Cartolas do Palmeiras reclamam da arbitragem, o motivo: um gol de Obina anulado erradamente.

Outro jogo chave que vale a pena ser comentado, o embate entre Atlético MG e Flamengo, no Mineirão, vitória do time carioca por 3x1. Com isso, o Rubro Negro fica apenas dois pontos do líder e entra pra valer na briga pelo título.

Completando a tarde dos paulistas na rodada, o Corinthians venceu por 2x0 o Santo André em tarde inspirada de Ronaldo. O time alvinegro joga apenas para cumprir tabela, já que não luta pelo título.


Observações

O Flamengo chegou. O Atlético continua na briga. O Cruzeiro espera alguém bobear. O Internacional está cercando, mas nada faz. O Palmeiras pode ficar abalado com a perda da liderança. E, por fim, o São Paulo pode fazer o que fez nos últimos três anos, disparar.

As últimas quatro rodadas serão eletrizantes.

domingo, 8 de novembro de 2009

A cada minuto que passa, os postulantes ao título do Brasileiro, assim como os ameaçados pelo rebaixamento, jogam um pouco mais suas vidas em campo. Sei que a metáfora do "coração na ponta da chuteira" está gasta, porém, é inegável que a cada segundo, a cada chute, ou dividida um pouco do sangue de cada boleiro é derramado no campo de batalha. E é isto o que veremos, hoje, no Maracanã.
De um lado, um Fluminense babando sangue para evitar mais um rebaixamento em sua história, e que faz o torcedor sonhar com esta possibilidade, pois, desde a (boa) volta de Fred, há cinco jogos, o time não sabe o que é perder.
De outro, o Palmeiras, ultrapassado em um ponto pelo time do São Paulo, precisa entrar em campo e mostrar que tem futebol para continuar preocupando o tricolor paulista, que, comparativamente, teve jogo mais fácil na quarta-feira (mesmo sendo forte em seu campo, o Grêmio já não luta por nada no campeonato).
A arena vai ferver hoje no Rio.

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Ontem o Santos venceu, facilmente, o Náutico, por 3 x 1, no Pacaembu.
De valor mesmo, é preciso ressaltar a ótima exibição de Neymar, rápido e finalizador, e a volta do bom futebol de Mádson. O Santos tem bom time, e precisa, apenas, de tempo e alguns ajustes.

Nota extra-jogo: torcedor santista, não se deixe levar pela politicalha. Luxemburgo tem sido, como foi em outra oportunidade, o cabo eleitoral mais caro de Marcelo Teixeira. Há vida além Luxemburgo, e o atual cotidiano do futebol tem mostrado isso, com seus Manos, Muricys, Ricardos Gomes, e, até, Celsos Roths.
Na vida e no esporte, ninguém é detentor exclusivo do caminho da vitória.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O melhor meio-campo – Corinthians, 98/99



A cultura militarista do futebol, presente especialmente na Província de São Pedro, dá conta de que todo jogador tem que ser um soldado em busca de um ideal único e intransferível, o da vitória – e para isso, os 11 homens em campo e os 7 do banco têm de ser machos sem vontades, sem quereres, sem picuinhas, sem ciúmes e sem todos os defeitos comuns ao homo sapiens. A tal história do “grupo unido”, que todos valorizam – e que o melhor meio campo que vi jogar mandou para as cucuias no nada longínquo ano de 1999.

Há dez anos o Brasil tinha um campeão, que repetiria a dose em dezembro do mesmo ano, um campeão incontestável apesar do tempo de mata-matas e outros desvios da sorte. O Corinthians liderado por Oswaldo de Oliveira, herdeiro de Vanderlei Luxemburgo, que começava a acossar manicures em busca do sonho da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. É evidente, porém, que não será ele o assunto – mas sim o grupo de cobras criadas que tinha o seu time, especialmente no meio campo, onde desfilavam Vampeta, Rincón, Ricardinho e Marcelinho Carioca.

Era um meio campo rico, caro e reluzente, sem dúvidas. Isso olhando de fora, ou com os dez anos passados. Apesar do Corinthians ter a parceria com um banco americano que levava quatro sobrenomes, nenhum dos atletas era realmente caro quando chegou no Corinthians. Vampeta e Ricardinho estavam perdidos na Europa – em PSV e Bordeaux, respectivamente – no ano de 1998, quando acertaram suas transferências para o Parque São Jorge. Rincón pertencia ao Palmeiras, em uma segunda passagem menos brilhante que a primeira, entre 1993 e 1994, e foi o jogador mais caro. Marcelinho já era ídolo no clube, saiu para afundar no Valencia e foi comprado pelos TELEFONES da FIEL, através do DISQUE-MARCELINHO, configurando uma das transferências mais bizarras da história do futebol brasileiro – a Placar disse na época que foi uma farsa, mas a história é um espetáculo.
A questão é que o perfil de nenhum deles cabia na figura do “grupo unido”. Vampeta, polêmico, deixou uma frase sua nos anais do futebol brasileiro quando referia-se ao atraso de salários no Flamengo de 2000: “Eles fingiam que me pagavam, eu fingia que jogava”. No ano referido de 1999, ele fazia com o atacante Edílson uma dupla de baianos que fechava uma senhora panela, recheada com shows horrorosos de axé e viagens espertas a Salvador nos dias de folga. Conta Edílson que a grande amizade nasceu na delegacia, quando ele estava preso por desacato e Vampeta ficou do seu lado por toda a madrugada, esperando a solução. Feio pra cacete, ainda posou de pau duro para uma revista gay, disse que gostava “de outra fruta” e doou o cachê inteiro para um cinema em Nazaré das Farinhas. Esse era só o camisa 5.
Com a 8, Freddy Rincón, que hoje fala português e lidera um time da base alvinegra. Quando vestiu a alvinegra pela primeira vez, disse aos jornalistas que pediam um beijinho na camiseta, um deboche com o recém deixado Palmeiras: “Só beijaria a camisa do meu Deportivo Cáli”. Nunca negou que jogava por dinheiro – por isso mesmo, deixava os pudores e fingimentos no vestiário, entrando no campo disposto a patrolar os adversários na bola e na porrada. Isso inclui até mesmo cuspes na cara de Paulo Nunes.
Na época, Ricardinho, número 11, era louvado como o bom moço da turminha. Rapaz humilde, saído do interior do Paraná, jogado aos leões na difícil França, era o queridinho de alguns setores da imprensa que não convivem muito bem com opiniões próprias. Reportagens da época já davam a entender que ele era também um formador de bolinhos. Até uma pauleira entre ele e Marcelinho que estourou mesmo em 2001, com direito a agressões físicas, acusações de deduragem e ligações para jornalistas.
E Marcelinho, camisa 7. Que chamava Jesus Cristo fora do campo e entrava por cima dentro dele. Um dos jogadores mais odiados da sua época no futebol brasileiro, que correu de Edílson no vestiário – o baiano, armado com uma faca, queria “conversar” sobre uma acusação de trairagem – foi expulso da Seleção pelo próprio Luxemburgo, que oito anos depois lhe chamou de moleque safado em rede nacional.

Tudo isso afora o que não sabemos e nunca vamos saber. A questão toda é o que acontecia quando eles vestiam a 5, a 8, a 11 e a 7. Grandes jogadas, passes, dribles, gols, vitórias e taças. Poderiam não jantar juntos na festa da vitória, mas brigavam muito e esbanjavam qualidade técnica.

Vampeta era um 5 clássico, um dos últimos centromédios. Raramente errava passes e ganhava poucas jogadas na pura força física – tinha como principal recurso a velocidade, com e sem a bola, o que permitia sempre boa recuperação na hora de levar um come do meia. Rincón sim, era um tanque de guerra, que corria da área a área trombando com os adversários. Rincón era um volante quase completo na sua época, contemporâneo que foi de outros gênios da meia cancha como Redondo, Verón e Davids – tinha força e também muita qualidade técnica, batia bem de fora da área e chegava bem dentro da área.

Ricardinho sempre foi o meia esquerda cerebral que ainda comanda as ações quando está jogando pelo Atlético Mineiro, lembrando um pouco dos seus grandes tempos. Marcelinho, impulsivo, finalizador, meia-atacante, um dos maiores mestres da história do futebol nacional em bolas paradas. Talvez o último expoente da guilda de privilegiados que metem a bola onde querem, como se usassem as mãos.

Quase todos os leitores do Impedimento têm muito viva ainda a memória desse grande time. Nem cabe, então, estender muito todas as devidas loas que esse timaço merece; aqui, porém, está uma singela resposta ao Prestes. Esse foi o melhor meio campo que eu vi jogar. Pelo simples fato de que tinha quatro atletas que tinham capacidade de decidir partidas, versáteis, habilidosos, não fugiam da porrada e não só tinham opiniões próprias, como levaram ao gramado o hoje tão combatido atributo da personalidade.

Tinha tudo para dar errado e deu muito certo, por dois anos.

Até a vitória,
Luís Felipe dos Santos

PS: texto retirado do blog http://impedimento.wordpress.com/

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Será nervosismo?

No primeiro tempo do importante embate, ontem, entre São Paulo e Grêmio, de importante, mesmo, ocorreram apenas os dois gols: bola na área do São Paulo, falha na defesa, gol do Grêmio, e depois, bola na área do Grêmio, falha da defesa, domínio de bola, gol do São Paulo. Dois gols típicos de nossos tempos em que ter um pescoço longo vale mais do que ter técnica. Agora, é justo destacar: ainda que tenham ocorrido apenas esses dois gols, o domínio do primeiro tempo foi do tricolor paulista, domínio este não convertido em chances de tento.
O segundo tempo, porém, foi outro. Com a entrada de Fábio Santos no lugar de Lúcio, o Grêmio ganhou maior mobilidade na passagem do meio de campo ao ataque, e passou a aterrorizar a defesa são-paulina. Finalmente, o jogo ganhava emoção. Rogério Ceni, em boa forma, fez pelo menos duas grandes defesas. E foi nesse clima que entrou em jogo o "Fator São Paulo" desse Brasileirão, um certo nervosismo, ou falta de companheirismo, que leva os atletas a fazerem besteiras: Borges, que entrou no lugar de Washington, pegou Túlio por trás, e foi merecidamente expulso; um minuto depois, Dagoberto, querendo desnecessariamente mostrar raça, pegou o mesmo Túlio numa entrada criminosa, e o árbitro não amarelou.
Com dois a menos, a única opção do São Paulo era recuar, e o fez bem, dando pouca oportunidades para o Grêmio. No fim, ainda, em outra entrada por trás, Jean foi expulso. Agonizante, o jogo caminhou para o empate.
Agora, esperamos, ansiosos, pelo jogo do Palmeiras...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A batalha no Sul

Hoje, no Olímpico, Grêmio e São Paulo se enfrentam pela 34ª rodada do Brasileirão. Um confronto, no mínimo, interessante, pois: o time gaúcho está invicto no seu estádio desde o ano passado. O São Paulo, por sua vez, tem os mesmos pontos que o líder Palmeiras e só perde em saldo de gols, em tese não depende de ninguém para sangra-se tetracampeão brasileiro.

Com apoio da fanática torcida gremista e liderados por Souza - ex-São Paulo -, o time gaúcho parece ser a pedra no sapato do tricolor paulista nesta reta final, porém, não devemos esquecer o poder de decisão do time do Morumbi, aposto numa grande partida, mas sem prognóstico.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Questões de mala

Entra ano, sai ano, e a tal da mala é, sempre, assunto. Dessa vez, os times no centro da questão são Cruzeiro e Barueri. Segundo entendidos, os jogadores deste teriam recebido daquele uma "ajudinha" para superar o Flamengo.
A meu ver, a prática da mala é espúria, pois configura-se como suborno. Um atleta precisa ter um desejo inato de vencer, sem precisar de incentivos, ou ajudinhas.
Porém, apesar deste último suspiro da mala ter ganho praticamente todos os noticiários, sendo amplamente noticiado, há outra questão, desdobrada a partir desta, frente à qual impera o silêncio: Val Baiano e René, dois bons jogadores do Barueri, não jogaram contra o São Paulo, pelo fato de terem (o que não ocorreu, pontualmente) "confessado" o suborno.
O leitor acaciano pode dizer "Ora, eles foram punidos pelo time do Barueri, e o São Paulo nada tem a ver com isso". Não é bem assim, leitor. Façamos algumas questões:

– Se os jogadores foram afastados para facilitar uma possível investigação, por que eles voltarão contra o Inter, mesmo que nada tenha sido esclarecido?

– Não é estranho poupar dois de seus bons jogadores contra o time que pagou uma fortuna pelo seu melhor jogador?

– E, a bomba: não é estranho o São Paulo acenar com a possibilidade de utilizar a Arena Barueri enquanto o Morumbi estiver fechado para reformas?

Antes de qualquer coisa, digo que levanto tais questões não por inveja, mas por desejo de ver, na imprensa, equilíbrio no trato com os clubes. Por que quando se trata do São Paulo, o silêncio é, sempre, soberano?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A empolgação contra o apadrinhamento

Ontem, foram expotas, em Presidente Prudente, duas linhas de trabalho, duas filosofias, duas formas de treinar. Como pano de fundo, também houve o embate entre a bunda-molice corinthiana e a raça (pasmem!) palmeirense.
Pois bem, o bem informado leitor, a essa hora do dia, já deve saber de cór e salteado o que aconteceu no jogo. Assim, vamos aos questionamentos que azedaram meu humor:

– Como um time, com um a mais, joga todo um segundo tempo e consegue perdê-lo por dois a um?

– Como um treinador, em sã consciência, tira os dois melhores jogadores do time, JH e Defederico, para colocar, respectivamente, Souza, o Poste, jogador sem mobilidade alguma, e Edno, típico jogador de time pequeno, que até agora não mostrou a que veio? Como este mesmo treinador mantém Boquita na equipe?

– Como um time pode sonhar em enfrentar uma equipe treinada por Muricy Ramalho sem treinar posicionamento em jogadas de bola parada?

– Como esperar vitórias se tudo, tudo mesmo, no time depende dos jogadores? Não há jogadas ensaiadas, movimentação, toque de bola, nada.

Todas estas questões podem ser esclarecidas com um simples apontamento, a meu ver: o Corinthians é um time dominado pelo apadrinhamento, maquinado por Carlos Leite, empresário do Anta Meneses. Muricy Ramalho, treinador sério, jamais se submeteria a este tipo de coisa.
Apesar de o time do Palmeiras estar muito mais motivado do que o Corinthians, e apesar, também, de ter demonstrado muita raça, não dá para deixar certas coisas passarem em branco.
Salvem o Corinthians...

Fim de temporada

Ontem, em Abu-Dhabi, os fãs de F-1 tiveram a última corrida da temporada que sagrou Sebatian Vettel - RBR - como vice-campeão

Uma corrida chata. O autódromo tem ótima estrutura, no entanto, uma pista mal projetada, sem desafios. Assim não houve muitas disputas. Um fim de temporada amargo para o ano de 2009, que marcou o ano das revoluções na categoria.

O GP dos Emirados Arábes foi vencido por Sebastian Vettel seguido por Mark Webber - RBR -, em terceiro o campeão do mundo, Jenson Button; na quarta colocação Rubens Barrichello - Brawn.

Agora é aguardar a temporada de 2010 que vai contar com outros brasileiros, não é Bruno Senna?

domingo, 1 de novembro de 2009

A cereja do bolo

Eu teria mil motivos, como corinthiano, para não assistir ao Palmeiras x Corinthians de hoje, todos estes motivos, aliás, ligados à bunda-molice perpetrada, neste segundo semestre, por dirigentes e jogadores alvinegros.
Porém, este jogo, em particular, será um deleite para quem gosta de futebol. Teremos, de um lado, um Palmeiras pra lá de motivado, louco para mandar mais um recado ao sortudo time tricolor, e, do outro, um Corinthians calmo, até demais, e desejando a vitória apenas para quebrar um chato tabu e conseguir... mais calma.
Esta partida tem cara de Palmeiras atacando com tudo, e Corinthians levando perigo em contra-ataques.
Meu palpite? Se levarmos em conta que o alvinegro paulista não se encontra em campo, e que anda deveras desmotivado, O Coringa toma goleada hoje...

sábado, 31 de outubro de 2009

Na cola do verdão

Jogando no Morumbi, o São Paulo "jogou pro gasto" e venceu o Barueri por 1x0, gol de Jorge Wagner. Com isso, o Tricolor Paulista assume temporariamente a ponta do campeonato. Agora são-paulinos torcem por um tropeço do time verde contra o clube da marginal s/ nº.

Outro confronto da rodada, Flamengo x Santos, o time rubro-negro bateu o peixe por 1x0. O Santos poderia ter ganho caso Paulo Henrique Ganso não tivesse perdido dois pênaltis.


Lições

1 - O São Paulo vai precisar mostrar um futebol mais agressivo para vencer o Grêmio no Olímpico, próximo compromisso. Deixou o Barueri jogar demais, caso faça isso contra o time gaúcho será goleado.

2 - É preciso por o Ganso para treinar pênalti, perder dois no mesmo jogo é dureza.

Último treino oficial da temporada

Em Abu-Dhabi, nos Emirados Arábes, acontece a última etapa do mundial de F-1, com o campeão já definido, Jenson Button, resta saber quem será o vice. A disputa é entre Sebastian Vettel e Rubens Barrichello.

No treino, a pole position foi de Lewis Hamilton - Mclaren - seguido de Sebastian Vettel e Mark Webber - RBR. Rubinho larga em quarto.

Não há muito o que dizer sobre esse GP, torcer para o Barrichello ser vice-campeão é ...hã... chato, já que não conseguiu ser campeão. A corrida vale para marcar a despedida da equipe BMW e várias mudanças nos cock-pits em 2010.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Precisando vencer e venceu!

O verdão estava ameaçado pelo Tricolor Paulista e precisava de uma vitória urgente, o confronto de vida ou morte contra o Goiás resultou numa goleada do time paulista. Obina - melhor que Eto`o - marcou três gols e tirou a corda do pescoço.

O Palmeiras respira temporariamente. No domingo tem um jogo dificilímo contra o Corinthians. Não acredito no fôlego do verdão, o time já deu mostras de cansaço e a pressão é forte. Além disso, tem mais um fator, o principal concorrente, no momento, vem de três títulos brasileiros e não tem responsabilidade de vencer um quarto. É hora de planejar, Muricy!

Enquanto isso, nas Laranjeiras, o Atlético-MG era derrotado pelo Fluminense por 2x1. O que dizer sobre este jogo... Atlético - Cavalo Paraguaio.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Com a corda no pescoço

Hoje, às 21h, no Palestra Itália, o Palmeiras enfrenta o Goiás com a faca na garganta, com a corda no pescoço, com a espada na cabeça, com... Bem, utilize a expressão que desejar, o fato é que o Parmera, hoje, entra realmente pressionado por um bom resultado.
Hoje é o dia de saber se os jogadores do alvi-verde paulista estão mesmo com vontade de ganhar o campeonato, ou se vão dar sinais de uma derrocada que assombra o Palestra já há algumas eras; já faz um tempo que o clube não ganha um título de expressão, e a ansiedade, presente na diretoria e na torcida, parece tomar conta, aos poucos, de todos os jogadores que por lá passam. Somadas a possíveis desavenças no elenco, esta talvez seja a melhor explicação para a queda de rendimento nos últimos jogos.
Para vencer mais este obstáculo, o Palmeiras enfrentará um Goiás que promete sede de sangue, pois está há cinco partidas sem vencer. Num time que possui um trio ofensivo com Fernadão, Felipe e Iarley, isto é um sinal de alerta, ainda mais se considerarmos a lentidão apresentada pela zaga palmeirense nos últimos jogos; Marcão à frente, marcando o compasso.
De qualquer forma, a principal mensagem que o Palmeiras precisa dar à torcida, e ao São Paulo, é a de que este time é feito de bravos.

Resumo parcial da obra

Ontem, no Morumbi, o São Paulo enfrentou o Internacional pela 31ª rodada do Brasileirão, em uma espécie de "final antecipada" e venceu por 1x0, gol de Washington

Num jogo truncado no primeiro tempo, com gol aos 47 e movimentado no segundo, o Tricolor Paulista assume a liderança temporária do BR-2009, aguardando o resultado de Palmeiras x Goiás e Fluminense x Atlético MG, em caso de tropeços dos clubes paulista e mineiro, o São Paulo assume a ponta do campeonato.

Costumam a falar sempre da sorte do São Paulo, ontem não foi diferente. Com um gol aos 47 do primeiro tempo - em uma falha da zaga colorada -, e uma defesa forte na etapa final; o tricolor fatura os três pontos benefiado, ainda, pela derrota do Flamengo. Contudo, é cedo para confirmar o título para o São Paulo, o campeonato continua embolado.


No Barradão

O Corinthians, que há muito tempo não vencia, venceu por 1 x 0 a equipe do Vitória, gol do argentino Defederico. Num jogo chato e sem muita importância.


Mais cedo

Em Curitiba, acontecia Atlético PR x Santo, jogo sem muitas emoções que terminou 1x1. O Peixe sem muitas pretensões no campeonato viu Kléber Pereira voltar a marcar e se tornar o maior goleador do Santos em Campeonatos Brasileiros. O time da vila já esta com a cabeça em 2010.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Breves notas

Na rodada do fim de semana, ocorreu o que deveria ter ocorrido há tempos: o Palmeiras, finalmente, vê-se ameaçado. Atlético, São Paulo, Internacional e Flamengo já fungam no cangote verde.

***

Dos times que ameaçam a liderança palestrina, vejo, por incrível que possa parecer ao leitor, no Atlético-MG a equipe mais equilibrada. Eles têm um meia que cadencia o jogo, um centroavante matador, e uma defesa que, se não é badalada, corre e se esfola o jogo inteiro.

***

O São Paulo não é a ameaça mais óbvia, mas, sem dúvida, é a mais respeitada, em virtude dos campeonatos anteriores. É preciso apontar, no entanto: o time "achou" dois gols de falta contra o Santos. Quando o São Paulo começa a dar sorte... ninguém segura. Continua, entretanto, a dificuldade em criar chances claras de gol, sem contar que o fantasma da vaidade e da prepotência começam a rondar, novamente, a Vila Sônia.

***

Quanto ao Inter, reafirmo uma tese anterior: os jogadores são bons, bem pagos, e precisam chamar a responsabilidade. É preciso ter a gana de conquistar um título que o torcedor não vê há 30 anos.

***

O Flamengo é o time que mais tem me dado gosto ao assistir. Joga com leveza e equilíbrio, verticalmente, sem medo do adversário. Possui o tal do meia, e tem também o matador. No entanto, do meio de campo para trás, o Mengo é o time que mais tem jogadores diferenciados, com Zé Roberto, Juan e Léo Moura, algo essencial em momentos de decisão; e isso sem contar a força da massa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

E agora, embala?

No jogo de ontem, na Vila Belmiro, Santos e São Paulo proporcionaram um jogo interessantíssimo as torcidas. Na partida de sete gols, o Tricolor paulista bateu o peixe por 4 x 3 e embolou ainda mais o campeonato

O futebol exibido por Santos e São Paulo foi, até certo ponto, surpreendente com chances de ambos os lados e muitos gols. O Peixe partiu para cima disposto a não ceder os três pontos com facilidade. No entanto, a equipe santista sofreu mais uma vez o "mal da virada", sina que acompanha o time nos últimos jogos. Com isso, só dois pontos separam o time do Morumbi do líder Palmeiras.

Na partida do outro paulista, o Corinthians - que o blogueiro Jeferson insisti em não comentar -, houve nova derrota desta vez para o Cruzeiro, 1 x 0. Detalhes preocupantes da derrota: primeiro, o time alvinegro jogou em casa; segundo, Ronaldo estava em campo.

Existe um obsessão pela conquista da Libertadores 2010 no Parque São Jorge, uma forma de homenagear o time no centenário. Entretanto, vale ressaltar, que essa "loucura" pelo título pode ser prejudicial, uma vez que falta mais de cinco meses para a disputa do torneio e o time esta em reformulação. Lembremos, o Corinthians embalou em 2009 durante o CampeoantoPaulista. Uma dica: "não pressione tanto torcedor corintiano, o tiro pode sair pela culatra".

domingo, 25 de outubro de 2009

Vai ou não vai?

Na Vila Belmiro, hoje, às 16h, o São Paulo encara o Santos com objetivos pra lá de dignos: vencer um clássico, apagar o fogo das últimas derrotas, e manter-se vivo no campeonato. A inesperada derrota do Palmeiras para o Santo André e a vitória do Galo sobre o Vitória tornam um triunfo sobre o Santos uma questão capital.
Do lado do Santos, temos um time motivado mais pela possibilidade de vencer um clássico, do que, propriamente, pela possibilidade de alçar voos mais altos no campeonato; o G4 está longe, e o time não dá sinais de "arrancada".
Os dois times, sem dúvida, devem entrar com o tal "espírito de decisão". No entanto, é preciso frisar que o dito espírito nem sempre tem lhes valido.
Que o diga o Atlético Mineiro.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Título do Brasileiro 2009, pra quê?

Muitos torcedores e comentaristas vem declarando "Ninguém que ser campeão", pensamento esse que confesso passar pela minha cabeça também. No jogo de ontem, Santo André x Palmeiras, a declaração do goleiro Marcos reforçou essa teoria "Quem tiver que ser campeão será, se formos nós ou outro time, mas vamos continuar trabalhando", disse ele.

A zaga do Palmeiras está mais perdida que cego em tiroteio, e ontem, o time do ABC se aproveitou dos momentos de pane da equipe alviverde. Resultado: 2 x 0 Santo André.

O Palmeiras está abatido, e parece que a síndrome do cavalo paraguaio chegou ao Parque Antártica. Alguns dos principais jogadores estão mal: Diego Souza, Edmilson e, para ajudar, Cleiton Xavier saiu machucado.

Existe a oportunidade de Atlético MG, Flamengo e Internacional encostarem no líder; não coloco o São Paulo na briga, pois muitos jogadores parecem fazer corpo mole em campo, com isso fica difícil pensar em Hepta. A pergunta que fica é "Quem quer ser campeão?"

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Hoje é dia

Não tem como escapar. Depois de ter feito apenas um ponto nos últimos três jogos, e de, num lance de sorte, ter visto sua liderança cair de cinco para apenas quatro ponto de vantagem, o Palmeiras precisa mostrar as garras hoje, contra o Santo André, e voltar a ditar o ritmo da competição.
Uma vitória hoje, é claro, não apaga as más atuações anteriores, porém, confere três pontos preciosos. Não se pode esquecer, também, que o Ramalhão, além de ser um time na zona do rabaixamento, é composto por velhinhos. É para passar por cima, sem dó.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Tropeça aqui, que eu derrapo ali...

Esta parece ter sido a combinação adotada entre os dois principais candidatos ao título, São Paulo e Palmeiras, pois, quando um joga mal, o outro vai lá e... joga pior ainda.
Foi o que ocorreu ontem no Parque Antártica. Numa atuação irreconhecível, o Palmeiras mal conseguiu arranhar a bem montada defesa do Flamengo. Para não colocar todo peso em cima dos periquitos, é preciso dar méritos a Willians, médio rubro-negro, campeão em desarmes, e verdadeiro cão de guarda da defesa; Zé Roberto, incansável, que atacava com eficiência, e ajudava a defesa, e, sem dúvida, ao vovô eterno Petkovic, jogador de excelência na proteção à bola, no passe e no chute; o verdadeiro meia, que tantos procuram, e que realmente faz a diferença.
Do lado do Palmeiras, só decepções. No lance do gol, Edmílson deixou Petkovic passar com extrema facilidade. Diego Souza, o craque do time, pouco fez, sumindo ante a marcação do Urubu, e Vágner Love, bem, perdeu até pênalti... Cá entre nós, só os palmeirenses, e a mídia, acham que ele é craque. Sou mais o Washington, que está no São Paulo, e tem menos publicidade.
Resta saber se o Parmera está jogando mal por simples má fase, ou, como apregoam as más línguas, se é racha no elenco, devido às influências nefastas da Traffic.

O velho Rubinho voltou

Em 2008, um inglês e um brasileiro decidiam o título mundial em Interlagos, a definição aconteceu na última. Ontem, em Interlagos, a diferença do britânico para o brasileiro era de 14 pontos, e o Brasileiro tentava diminuir a diferença para faturar o título. A missão de Rubens Barrichello era arduamente difícil se comparada com Felipe Massa, porém existia a esperança.

Infelizmente, o velho Rubinho voltou. O Barrichello sem sorte que a equipe insiste em atrapalhar. Seu carro pouco rendia na corrida, resultado: "Jenson Button campeão mundial".

Insisto que Rubens Barrichello é um ótimo piloto, no entanto, falta sorte. Digo mais, se tivesse uma equipe trabalhando exclusivamente a ele conseguiria brigar pelo campeonato. Barrichello é excepcional para acertar carros, outro piloto que pode ser comparado a ele nesse quesito é Fernando Alonso, mas fica longe. Caso seja confirmada sua transferência a Willians terá tudo para disputar o título de 2010 com Felipe Massa, torço para isso.

Em tempo: Mark Webber faturou o GP do Brasil seguido por Robert Kubica e Lewis Hamilton. Jenson Button chegou em quarto e Rubinho Barrichello em oitavo.

domingo, 18 de outubro de 2009

É preciso pensar

Ontem, no primeiro minuto do primeiro tempo, o São Paulo tomou um gol do Atlético Mineiro, no Morumbi. O torcedor fanático irá pasmar, porém, o torcedor mais esclarecido concordará: o Atlético tem bons jogadores, e não é nada de mais tomar um gol de um bom time, bem montado. O cruzamento foi de Ricardinho, jogador extremamente técnico, e o toque para a rede foi dado por Tardelli, atacante de qualidade que vem recuperando sua melhor forma.
A análise do jogo, portanto, deve centrar-se em outro ponto, e não nas mil e uma desculpas dadas pelo gol sofrido. Como disse, o Tricolor tomou o gol no primeiro minuto. A equipe tinha 89 para reverter o placar, um jogo inteiro. E não o fez. As jogadas aéreas estão marcadas, já não entram com a mesma facilidade. Isto posto, se o time adversário marcar bem Dagoberto e Hernanes, o São Paulo fica sem alternativas.
É preciso pensar, rapidamente, nelas.

***

O Santos vive a Síndrome do Cobertor de Pobre, aquele cobertor curto, com o qual se o mendigo cobre a cabeça, toma frio nos pés, e, se cobre os pés, deixa a cabeça no sereno. Ao atuar com três volantes, ou segurando mais um dos meias, resguarda-se, e não toma gols, mas também não faz.
Detalhe: se Kléber Pereira continuar "ajudando" como ontem, não fará gols mesmo se o ataque se acertar.

***

O jogo do domingão será, sem dúvida, o do Palmeiras contra o Flamengo, no Parque Antártica. O Palmeiras entrará em campo com sua força máxima, Diego Souza e Vagner Love; do lado do Flamengo estará "apenas" o artilheiro do Brasileirão, Adriano.
Não há dúvidas de que o Rubro-negro virá babando para cima do Palmeiras, que, depois da derrota humilhante que sofreu para o Náutico, sabe que uma vitória sobre um concorrente direto, e depois de novo tropeço do São Paulo, acalmaria os ânimos da torcida, e deixaria mais verde a possibilidade do título.
É preciso pensar no sucesso.

sábado, 17 de outubro de 2009

Rubinho é pole no Brasil

Debaixo de muita chuva, o brasileiro Rubens Barrichello cravou o melhor tempo no treino oficial para o Grande Prêmio do Brasil. Um treino atipico que teve duração de 2h40 por conta da chuva. Completam as três primeiras posições Mark Webber - RBR - e Adrian Sutil - Force India.

O favorito ao título, Jenson Button, amargou a 14ª posição e Sebatian Vettel, 15ª, que ainda tem chances de no campeonato.

Podemos dizer que essa é a grande chance de Barrichello chegar a última corrida com plenas condições de assegurar o título, é só ganhar amanhã e torcer para Button não entrar na zona de pontuação.

Enquanto isso, em Interlagos, ecoa os gritos "Rubinho...Rubinho..."

A corrida é amanhã as 14h.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ridículo

Não pensava escrever sobre o vexame que o Brasil deu hoje, contra Gana. Não pensava, pois seleção raramente é um assunto neste blog, muito menos a sub-20.
No entanto, perdi boa parte da minha tarde de sexta-feira assistindo ao dito jogo, e o fiz, apenas, porque esperava uma grande partida. E o que vi, em troca? Uma seleção ruim, a de Gana, que se defendeu o tempo inteiro, inclusive quando o jogo estava onze contra onze, e, pelo nível dos jogadores, não merecia ganhar nem torneio de bocha, e uma seleção de pés moles, formada por jogadores que não souberam converter o domínio de jogo em decisão.
A partida em si foi lenta. Como já disse, Gana estava com um medo danado de atacar, e o Brasil, tocando bolinha sem agudeza, sem penetração. No primeiro tempo, de interessante, só mesmo a expulsão do ganense; que alguns vão taxar de injusta. No segundo, o técnico brasileiro fez modificações, tentou mudar o espírito do time, mas de bom mesmo, apenas duas estocadas brasileiras, horripilantemente desperdiçadas por Alan Kardec. Para mandar o Corinthians para a Segundona o cramulhão srviu... E Gana, bem, o que dizer? Continuava batendo, até na mãe, e para todo o sempre recuada.
Na prorrogação, mesmo com a entrada de dois homens de fôlego renovado, Gana continuou defendendo, apesar de ter incomodado mais, só um pouquinho mais. Kardec perdeu mais um gol, para não perder o costume. No mais, o Brasil continuava no jogo de totó, sem verticalidade, sem um fulano que chamasse a responsabilidade. A impressão era a de que tinham medo de chutar a gol.
Nos penais, veio a confirmação da incompetência. Mesmo com o goleiro Rafael pegando duas cobranças, o Brasil teve a capacidade de não conseguir decidir: perdeu três pênaltis seguidos. Gana campeã. Espero que essa seleção não seja a base para 2014.

PS: segundo o blog do Paulinho (http://blogdopaulinho.wordpress.com/), Niltinho, ex-Palmeiras, cobrava de empresários 30 mil por atleta. Tá explicado o porquê da incompetência.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dúvidas, dúvidas...

E mais dúvidas! Esta é a sensação que ficou depois da pífia partida do Brasil contra a Venezuela, ontem. Não é segredo para ninguém que este blogueiro já elogiou Dunga, sobretudo por ter recuperado um certo respeito dos jogadores em relação à seleção brasileira. No entanto, ainda que ele tenha tal ponto a favor, o zangado técnico não consegue, digamos, nem ao menos disfarçar seu calcanhar de Aquiles: o Brasil sofre contra times marcadores!
Um time marcador possui uma única filosofia, impedir os gols do adversário; cabe ao time mais técnico possuir jogadas e organização boas o suficiente para superar a muralha defensiva. E isso, infelizmente, falta ao Brasil. Até o Galvão já percebeu que nossa seleção não tem uma filosofia ofensiva, mas, por ser bocó, cala-se diante dos "resultados". Para marcar gol de contra-ataque, basta aproveitar o espaço deixado pelo adversário; o gol de uma vera filosofia ofensiva cria esse espaço.
Sinceramente, leitor, você acha que, numa Copa do Mundo, alguém vai dar espaço ao Brasil?

***

O Maradona mostrou-se um mau técnico. Com a defesa que tem, não pode expor tanto o time. Porém, por seus craques, a Argentina não merecia ficar fora da Copa.
Se nossos amigos platinos não arrumarem a defesa, podem preparar as câmeras, pois vão à África apenas para fazer turismo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Jogo treino

Hoje, o Brasil entra em campo apenas para cumprir tabela e assegurar o primeiro lugar nas eliminatórias contra a Venezuela. Uma seleção que, no início, despertou a desconfiança de muitos brasileiros, as piadas com referência à "seleçãozinho do anão cabeçudo" era rogada pelos técnicos de esquina.

A renovação que o ex-jogador Dunga trouxe, deu uma nova cara a seleção. Um equilíbrio entre ataque e defesa, apostando na variação de jogadas com os laterais. O novo Brasil encantou muitos, e acendeu a possibilidade de mais um título mundial. Antes o técnico que era ridicularizado, hoje é exaltado.

Aquele desabafo em 1997, do técnico Mario Jorge Lobo Zagallo cabe ao Dunga " Vocês vão ter que me engolir!"


O drama

Não irei me alongar falando dos "Hermanos", a situação dos caras é dramática. Se perder do Uruguai e o Equador ganhar, estão fora da copa. Gostaria que o Brasil eliminasse a Argentina, na Africa do Sul, mas não acredito em vitória argentina sobre o Uruguai, e pior, o Equador não é tão ruim. Logo, bye...bye milongueiros.

Breves notas

Lamentáveis as partidas protagonizadas, no fim de semana, pelos três maiores candidatos ao título: Palmeiras, São Paulo e Inter. A impressão é a de que ninguém quer ficar com o título.
Os jogadores do Inter não assumem a responsabilidade, os do Palmeiras a cada jogo sentem mais a pressão, e os do São Paulo apresentam sinais de cansaço.
Não creio, mas o Mengão tá chegando...

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Incrível como todo tipo de disputa de ideias, no Brasil, vira Fla-Flu intelectual. É como se uma pessoa não pudesse ter uma visão diferente sem "participar" de "interesses obtusos", ou sem ser um completo idiota. Refiro-me a dois posts meus, recentes.

– Sobre Rio-2016: não tenho nada contra o Rio de Janeiro, e, sim, considero-me nacionalista. Estes dois fatores, porém, não me tornam cego ao fato de que, no Brasil, um tal evento pode virar uma farra da pipoca.

– Sobre a volta do mata-mata: odeio, como qualquer pessoa sensata, a ingerência da Globo nos assuntos sobre futebol. Porém, admito que estou em dúvidas: até que ponto o mata-mata não abarca de forma mais positiva o caso brasileiro? Nos pontos corridos, os times de pouca expressão serão, sempre, pequenos.

***

Escrota e ridícula. É assim que merece ser qualificada a atitude de Andrés Sanchez, infelizmente presidente do Corinthians, que destratou, e praticamente intimidou, um torcedor que o interpelou, no estádio do Pacaembu, a respeito do estado dos banheiros do local. O "presidente" respondeu pedindo para que o torcedor não mais voltasse ao estádio. Quando o pobre coitado resolveu discutir, foi cercado por brutamontes que o intimidaram durante toda a partida. O leitor pode acompanhar o caso no Blog do Juca.
O desrespeito e despreparo do senhor Sanchez não são de hoje. Ele já ficou conhecido no Pânico por andar, em festas oficiais, quase sempre bêbado. Alarmante mesmo, no entanto, é o fato de boa parte da torcida corinthiana ter se vendido ao nefasto dirigente. Na torcida, por exemplo, já não é possível xingar jogadores e dirigentes. Somos obrigados a "apoiar". Tópicos contrários, no Orkut, são apagados. Jornalistas chapa-branca, comprados.
Enquanto isso, ninguém apura porque trouxeram o no máximo razoável Souza por preço de ouro, e o mala Marcelo Matos, ambos atletas de Carlos Leite. Ninguém apura o arroubou de paixão de Sanchez pelos vampiros Nesi Curi e Whad Elou; além de várias outras irregularidades e superfaturamentos.
Vou morrer sem ver meu clube limpo e decente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Assim como...

Jenson Button está para Rubens Barrichello, Palmeiras está para São Paulo

No embate entre Náutico x Palmeiras, vitória do time Pernambucano por 3 x 0. Nas últimas duas rodadas, o verdão vem sendo a sombra do tricolor. Na penúltima rodada quando o São Paulo empatou, o Palmeiras empatou também. Nesta última quando o São Paulo perdeu, o Palmeiras seguiu os mesmos passos. Estaria o time do Parque Antartica adotando a mesma estratégia do inglês Jenson Button contra Rubinho Barrichello na disputa do título da F-1?

O campeonato de F-1 termina primeiro, vamos ver se a estratégia funciona.

domingo, 11 de outubro de 2009

Escândalo no futebol

Gostaria de chamar a atenção do leitor para uma notícia veículada na Folha Online hoje (11/10) sobre um esquema de corrupção, que será divulgado pela Uefa. A reportagem menciona que mais de 40 jogos foram manipulados nos últimos quatro anos, envolvendo eliminatórias da Copa dos Campeões e campeonatos nacionais.

Sendo confirmada a notícia será o episódio mais lamentável "de todos os tempos" no mundo do futebol. Como torcedor e apaixonado pelo esporte, desejo de coração que não haja tal ação. Atos como esse acabam com a magia do futebol e desanima torcedores.

No Brasil teve um caso em 2005, que o árbitro Edilson de Carvalho manipulou 10 jogos do brasileiro, até onde foi revelado, foi um caso isolado. No entanto, como torcedor e crítico achei a atitude, do meliante Edilson, um desrespeito com torcedores e o próprio esporte.

O No Ângulo continuará acompanhando o caso e brevemente comentaremos mais a respeito.

Enquanto um ri, o outro chora

Essa foi a reação dos torcedores nos confrontos de Corinthians x Grêmio e Flamengo x São Paulo, os times da casa fizeram prevalecer o mando de campo, ambas partidas terminadas em 2x1.

Com o resultado negativo, o tricolor paulista fica mais longe do título, e o Palmeiras tem a oportunidade de avançar, ainda mais, rumo ao penta.

Pois é, este ano o Jason será enterrado.

Já o Corinthians tenta arrumar a casa. Alguns dizem que o Corinthians da Copa do Brasil "voltou", acredito que seja cedo para afirmar, até porque ganhou do Grêmio que nunca ganha fora de casa.

sábado, 10 de outubro de 2009

Prova de força

É isso o que o jogo de hoje, contra o Flamengo, no Rio, representa para o São Paulo. Apesar de o Palmeiras não ter aproveitado a derrapada de quarta-feira, é notório que o empate não desceu bem lá pros lados da Vila Sônia. O resultado revelou rachaduras na nau tricolor. Mostrou que o time precisa de um toque a mais no momento de decidir, pois é difícil depender, sempre, de uma jogada do Hernanes, ou de uma bola aérea.
Claro que não há time perfeito. O próprio Flamengo sente demais a falta de Adriano; sem contar que o que meio de campo rubro-negro ganha em técnica, com a presença de Petkovic, o que perde em força e em marcação.
Nenhum time é perfeito, mas o São Paulo não está acostumado a ter expostas suas falhas.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

E o esporte preferido do blogueiro que vos fala é o erro. Pois, no post de ontem, colocou dúvida sobre o desempenho santista em Recife, e deu como certa a vitória tricolor no Morumbi. Resultado: com boa atuação do goleiro Felipe (que já é melhor que Fábio Costa) o Santos venceu o Sport, e o São Paulo... deu uma derrapada que pode ser fatal, mesmo faltando ainda muitos pontos a disputar.
No entanto, se errei, não errei em todos os pontos. Disse que a principal dificuldade do time santista era a defesa, e, no jogo em Recife, tal questão mais uma vez se fez presente. Se não fosse Felipe, o Santos não comemoraria os três pontos.
Quanto ao vice-líder, aí sim o erro foi crasso: confesso que não botava a mínima fé no time do Coritiba. Ainda assim, o torcedor são-paulino esclarecido sabe que o tropeço de ontem, na verdade, demorou para acontecer com o São Paulo. O São Paulo, sem contar Hernanes, é um time de grupo, com jogadores bons, sem craques, cuja principal qualidade é o padrão tático. Para que tal esquema dê certo, porém, é preciso uma defesa quase intransponível; com segurança na retaguarda, o ataque vai lá, e faz um, ou dois. Agora, quando esse time toma gols, sente dificuldade de fazer, de correr atrás. A equipe já está nesta toada faz tempo, não consertou adequadamente, e o preço pode sair caro.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Perseguições

Assim como a vida dá a indivíduos diferentes o quinhão que cada um merece, de acordo com a porção de trabalho e esforço empenhado, Santos e São Paulo, hoje, perseguem objetivos diversos, mesuráveis de acordo com o trabalho e a capacidade administrativa de cada clube.
O Santos, contra o desesperado Sport, em Recife, tenta manter viva a chama de uma vaga na Libertadores que, hoje, seria inusitada. O time tem bons valores, aqui já apontados, mas não dá liga, sobretudo pela falta de equilíbrio entre defesa e ataque. No jogo contra o Palmeiras, tornou-se óbvio o quão falha é a defesa santista quando o time adversário resolve jogar. Se pensarmos mais um pouco, para analisar um sistema defensivo, no ataque santista o único que ajuda a defesa é Madson: Neymar não tem corpo, nem muita consciência tática, e Kléber Pereira não consegue voltar. Problemas para Luxemburgo em Recife.
O São Paulo, por sua vez, trava lutas mais nobres. Enfrenta o Coritiba, em casa, para mais uma vez tentar colar no líder Palmeiras. O incansável time tricolor, com o time desfalcado e com dois a menos, não deu sinais de cansaço/desânimo contra o Náutico. Em virtude disso, creio que os quatro desfalques de hoje não serão problema contra o ajustado, mas fraco, Coxa. A favor, ainda há o fato de Rogério Ceni voltar ao time, funcionando como referência e liderança.
Amanhã, o Palmeiras entra pressionado contra o Avaí. De novo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O sentimento e a planilha

Há quem erre por ofício, porém, dói mesmo o caso de quem erra por vontade de acertar. Este é o caso, meus amigos, do Internacional, que, ao insistir com Tite, praticamente enterrou suas chances no Brasileiro.
E tudo porque o Inter ajoelhou e rezou de acordo com o credo bom-mocista das atuais práticas futebolísticas, que pregam a manutenção do técnico, custe o que custar. Porém, como, apesar de paulista, devo ter em meu DNA alguma poeira mineira, sempre desconfiei desse dogma. Aliás, desconfiar de dogmas, leitor, é atitude deveras salutar quase 90% das vezes.
Futebol, já disse aqui em algum lugar, é o mais humano dos esportes. Regulado cada vez mais, admito, pelo dinheiro e pela tecnocracia, mas mesmo assim ainda não conseguiram arrancar-lhe a alma. Como humano que é, o futebol está submetido a infindas variáveis; variáveis estas que só os mais sábios mestres, dirigentes e técnicos são capazes de desvendar. Os incautos dominados pela opinião pública podem tecer, aí, suas loas ao dirigente tecnocrata, mas este cortaria um dobrado frente a um dirigente das antigas, aquele que decodificava o clima no vestiário como uma onça fareja o medo da presa, como um Don Juan fareja a intenção da cabrocha. Como exemplos, não precisamos ir muito longe, nós os temos aqui mesmo, neste Campeonato Brasileiro.
Primeiro o caso que rezou segundo a cartilha, o Avaí, que andava cambaleando, sem vencer, apanhando mais que cão de bêbado. Manteve o técnico, no que agiu bem: os dirigentes sentiram que não era momento de precipitação, era preciso acostumar os jogadores à Série A, dar-lhes gana de vencer. Lembro que muitos dos jogadores do Avaí são os chamados losers do futebol, por não terem dado certo em times grandes. É desse tipo de time que eu gosto, pois, se bem motivado, os ditos losers correm como verdadeiros alazões no turfe da bola; cães de raça na caçada de suas vidas, eles comem a carne, roem o osso e chupam o tutano.
O outro caso é o cantado, louvado, elogiado São Paulo. Exemplo de "administração", "segurança", "planejamento" e "organização", por três anos, pelo menos, o time reina praticamente sozinho quando o assunto é a racionalidade aplicada ao bate-bola. E não é que este mesmo São Paulo surpreende a todos quando esquece a razão e adere às leis da Futebolística, ciência milenar e quase esquecida nos labirintos da hermenêutica do esporte bretão? E, mais uma surpresa, não é que o time reagiu? Elementar, caro leitor; os dirigentes são-paulinos descobriram algo que os jornalistas e boa parte do público já sabiam há algum tempo: o Muricy é dose! Bom técnico, mas com um temperamento de cavalo xucro. Visivelmente, sua relação com o elenco estava gasta. Para completar, a diretoria tricolor contratou um poste, o Ricardo Gomes, que, tão somente, trata seus jogadores com firmeza, mas sem perder a ternura. E o elenco é bom, oras, não é preciso muito mais do que isso.
Para entender de futebol, uma planilha do Excel não basta.

domingo, 4 de outubro de 2009

Corinthians, ladeira abaixo?

Torcedores, imprensa e adversários devem se perguntar "O que aconteceu com aquele Corinthians do primeiro semestre?" Eu digo: Era um ótimo time e, agora, estão tentando formar um elenco.

Na minha opinião os grandes curingas do time da marginal era André Santos juntamente com Elias. Hoje, só existe Elias e, geralmente, esta bem marcado. Assim, o Corinthians se torna um time previsivel.

Os últimos resultados não deixa dúvida da queda de produção do time: perdeu para o Goiás, empatou com São Paulo e perdeu, ontem, para o Atlético Paranaense.

O clube está no lucro neste ano, ganhou dois campeonatos de três, porém é preciso formar um time competitivo para a disputa da Copa Libertadores, caso contrário a festa do centenário se tornará o pesadelo de cem anos.

O burocrático GP do Japão

Sem emoções e disputas, corrida foi vencida por Sebastian Vettel da Red Bull

Não tenho muito o que dizer, o GP do Japão foi chato! Rubinho não fez uma grande corrida e terminou em sétimo, Button foi oitavo. Com isso, basta um terceiro lugar em Interlagos para o inglês se sagrar campeão da temporada 2009. Vettel chegou mais perto, agora está 16 pontos atrás de Button e apenas dois de Barrichello.

Não vou me aprofundar, pois fiquei acordado de madrugada para acompanhar uma corrida "tosca"! Lamentável...

O passado bate à porta?

O ano é 2009. Semi-finais do Paulistão. O Palmeiras, então sob comando de Luxemburgo, era favorito no duelo com o Peixe. Foi o primeiro colocado da fase classificatória, mostrando um futebol muitas vezes convincente.
O resultado todos sabemos: a armada verde caiu diante da velocidade e empenho santistas, o que gerou a primeira rachadura no trono luxemburguino, que viria a arrebentar pouco tempo depois.
Apesar de um elemento importante dessa razão ter trocado de lado (Luxemburgo, hoje, é o técnico santista), é impossível não tecer nenhuma comparação: novamente, o Palmeiras, em melhor fase e num momento decisivo, enfrenta o Santos, aparentemente mais frágil. O Santos precisa vencer, se não para buscar a Libertadores, ao menos para dar uma resposta à torcida. Ao passo que uma derrota para o time da Baixada empolgaria sobremaneira o principal perseguidor do Palmeiras, o São Paulo. Há todos os motivos para um bom jogo, hoje, na Vila.
E todos os motivos para muita choradeira e preocupação na segunda-feira.

sábado, 3 de outubro de 2009

No Grande Prêmio da Madrugada

Alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, faz a pole em treino cheio de acidentes

As corridas de F-1 mais difíceis acontece na madugada, pelo menos para nós aficcionados por velocidade. Acordar no meio da noite para assistir não é dos melhores programas. Bem, vamos ao treino.

No GP do Japão, a pole foi do alemão Vettel, seguido por Jarno Trulli - Toyota - e Lewis Hamilton - Mclaren. Rubens Barrichello - Brawn -, que anotou o quinto tempo, perdeu cinco posições por andar em alta velocidade durante uma bandeira amarela, seu companheiro Jenson Button também foi punido, assim largam respectivamente em 9º e 11º posições.

Acidentes

Começou nos treinos livres, Mark Webber foi a primeira vitima a ficar fora da pista de Suzuka, não treinou, entretanto, participará da corrida. Jaime Alguersuari - Toro Rosso -, não conseguiu a classificação para o Q2 depois de escapar da pista, participará normalmente da corrida. Sébastien Buemi - Toro Rosso - bateu o recorde da pista escapando duas vezes. Heikki Kovailainen - Mclaren - perdeu o controle do carro, mas é presença garantida no GP.

Agora o caso mais sério, Timo Glock - Toyota -, seu carro colidiu com violência na barreira de pneus, as notícias dizem que ele está bem, entretanto dores nas costas e pequenos arranhões nas pernas podem impossibilitar o piloto de participar do GP.

Vai Rubinho!

A situação na largada é semelhante a corrida anterior, Button larga atrás de Rubinho. Álias, o inglês vem seguindo os passos de Barrichello, sendo uma sombra do brasileiro. E dizem ainda que ele é bom! Eu apenas o classificaria como um Jean Alesi piorado, mas com sorte. Vencer aquelas seis corridas iniciais não foi graças ao seu talento, e sim, da falta de concorrência.

Lembrando a corrida começa as duas da madrugada, do sábado para o domingo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Olímpicas

E o inesperado, pelo menos aos de pouca fé (ou muito juízo), aconteceu: o Rio de Janeiro representará o Brasil nas Olímpiadas de 2016.
Apesar do geral clima de contentamento, este blogueiro que vous tecla não consegue proferir a frase anterior sem acento de velório. O Brasil não merecia receber uma Olimpíada.
Explico-me.
O Brasil, não por acaso, vive um bom momento, sinal não apenas de uma firme postura econômica, mas, sobretudo, de políticas governamentais de cunho social que tentam visar ao todo da população. Porém, este bom momento, levando em conta as décadas de mazelas que nos solaparam, ainda não ecoaram de forma a mudar estruturalmente nosso país. E, por estrutura, entendo:

– Base social: o Brasil precisa aproveitar o bom momento e atrair investimentos para a criação de escolas, hospitais, e para a promoção de justiça social. Estamos em 2009. Provavelmente, nos sete anos que restam, haverá um boom de construções e projetos. O andar de baixo ficará feliz com a alta da empregabilidade, mas, e depois de 2016? Uma Copa, uma Olimpíada, e o povo continuará burro e doente? É preciso perguntar o que podemos fazer para que os investimentos não fiquem limitados a prédios e construções que pouco importam para o brasileiro típico.

– Estrutura política: funcionamos, ainda, na base da camaradagem e das indicações. Como garantir um trabalho profissional se o QI (Quem Indica) impera? Basta observar no que o Pan-07 se transformou: obras inacabadas, sem conexão com a realidade e com o povo, superfaturamento, elefantes brancos de última hora, e muito, mas muito dinheiro público rolando de cima a baixo. O Pan foi um dos maiores fracassos de nossa história recente devido aos vampiros do dinheiro público que dele se aproveitaram. Nuzman é um câncer, que nada deve a Ricardo Teixeira.

– Base esportiva: o Brasil é um país de tradição pífia nos esporte. Gostamos de futebol, e só. Nossas escolas não são orientadas a fomentar a prática esportiva como forma de promoção da saúde, e, para completar, nossos atletas de alto rendimento não têm apoio algum, sofrem com a falta de projetos e apoios.

Em vista destes pontos, creio que nós, homens de muito juízo, devemos cumprir o papel de fiscalizadores; ainda que seja quase impossível alguém ouvir nossos apelos no meio do samba da carência, da festa da carestia.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A batalha nos aflitos - O retorno

Pênalti perdido, expulsões, pressão e derrota do Náutico, ingredientes necessários para a luta em Recife

Antes de mais nada pedimos desculpas pela falta do pré-jogo, algumas atribulações da vida profissional nos impediram de fazer o ritual de todas as quartas-feiras. Sem mais lenga-lenga vamos ao jogo.

Ontem, nos estádio dos Aflitos, Náutico e São Paulo apresentaram um dos melhores jogos deste campeonato, com emoção do começo ao fim. O São Paulo precisava da vitória para não deixar o Palmeiras escapar, o Náutico, por sua vez, precisava se distanciar da zona de rebaixamento, resultado: jogão.

O São Paulo nos primeiros 20 minutos foi encurralado, o Náutico botava correria e próximo dos 14 minutos, Jr. César fez pênalti, Bosco defendeu. Pouco tempo depois, o mesmo Jr. César foi expulso por reclamação.

A reação tricolor surgiu no segundo tempo, em falta cobrada por Hernanes que desviou na barreira, empate 1 x1. Próximo dos 25 minutos, Richarlyson foi expulso, as coisas que estavam complicadas com 10 ficaram ainda pior com nove jogadores.

Ainda em desvantagem numérica, com as entradas de Hugo e Oscar, o time do Morumbi buscou a virada. Ele - o jason do Morumbi- apareceu, Hugo, em boa jogada do jovem promissor Oscar fez um golaço. Fim de jogo 1 x 2 Sampa. O time pernambucano, próximo do fim da partida, teve dois jogadores expulsos.

Méritos para as alterações de Ricardo Gomes, tirando um zagueiro - Renato Silva - e colocando um atacante - Hugo -, e partidaça de Jean, que fechava a ala direita e meiocampo, a equipe toda demonstrou vontade de ser tetracampeão.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Globo mata-mata os pontos corridos

Em 1995, na final do Campeonato Brasileiro, ocorreu uma das maiores injustiças de que o futebol já teve notícia. Na ocasião, o bom e aguerrido time do Santos perdeu para o time do Botafogo em virtude, sobretudo, de duas falhas capitais da arbitragem: validou um gol irregular do Botafogo, e anulou, erroneamente, um gol legal do Santos.
Assisti ao jogo na casa de um amigo santista, jovem como eu, e, creio, poucas vezes o vi tão triste. Naquele momento, pensei: "Não quero passar por isso. Injusto esse tal de mata-mata!".
Pois bem, recorro a essa lembrança perdida para comentar uma nota que surgiu, ao que tudo indica segunda-feira, na seção Painel, do caderno de esportes da Folha de São Paulo. De acordo com a nota, a Globo enviou à CBF e aos clubes um projeto, segundo o qual a forma de disputa por mata-mata voltaria à tona.
Em primeiro lugar, tendo em vista o tal projeto, seria uma falha não lamentar a desproporcional força da Globo, em comparação aos clubes, e mesmo com a CBF. Há pouco tempo atrás, por exemplo, a emissora já havia se oposto à adequação do calendário brasileiro ao europeu. Parecia que, finalmente, o assunto seria decentemente discutido, mas bastou a toda poderosa se comunicar e... silêncio. O dinheiro sempre fala mais alto. No caso do modelo de campeonato, a toada é a mesma. Ao que tudo indica, a audiência vem caindo.
Ainda que os motivos de uma possível mudança sejam obtusos, creio que a questão mereça debate e reflexão. Os ditos pontos-corridos seriam o modelo mais justo de campeonato pelo simples fato de premiar a equipe mais regular, mais planejada; sem contar o quesito arbitragem: nos pontos-corridos também ocorrem erros, mas estes seriam, teoricamente, "diluídos" no decorrer do certame. Tudo muito bom, tudo muito legal, porém...
Apesar de ter aplaudido quando os campeonatos começaram a ser disputados no atual modelo, no decorrer das temporadas, percebi um certo desnível, que, para falar a verdade, desconsidera a variedade do nosso futebol: o Brasileirão virou quintal de meia dúzia de times, dos quais apenas três disputam, para valer, o campeonato. Vide o tricampeonato tricolor.
Os entusiastas dos pontos-corridos rebatem com dois argumentos. O primeiro (voltar ao mata-mata é um retrocesso, na Europa não é assim, e cousas, lousas e maripousas), creio, sofre de um certo complexo de vira-latas. O futebol brasileiro é legal por sua complexidade, por suas cores, e o modelo atual não privilegia isso. O segundo argumento é ainda mais fácil de derrubar que o primeiro: os times, sem a obrigação de se planejarem, voltariam a ficar nas mãos da Globo. Oras, não me venham com xurumelas. Quando os times saíram das mãos da Globo? Quando tiveram dinheiro? Quando se planejaram? Me desculpem, mas pensar que os clubes vão se planejar muito mais apenas porque o modelo de disputa é outro não passa de sonho. Os dirigentes, via de regra, olham para si, e nos pontos-corridos assim continuaram; azar do torcedor. Os clubes brasileiros não ficaram nem mais, nem menos submissos com os pontos corridos.
Enfim, se hoje pudesse escolher entre os dois tipos de disputa, meu coração, com um pouco de receio (admito), penderia para o primeiro. O futebol brasileiro não pode se resumir a três times. E se alguém ainda levantar a questão da arbitragem, para retomar o ponto de início deste texto, digo que, não importa qual modelo, devemos lutar (isso sim, sem dúvidas) pelo uso de recursos eletrônicos. Giovanni e Cia., em 1995, teriam comemorado o título.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Folga na liderança

Em Minas, o Santos fez o básico e perdeu para o Atlético-MG, 3x1, sem grandes surpresas. Confesso que após o jogo contra o Corinthians imaginava que o Peixe teria time para reagir, ingenuidade minha. Sem um time e longe de ter elenco, o peixe faz uma campanha mediocre. O jeito é sentar, pensar, planejar e "não cagar" para próxima temporada.

Agora sim, tentarei desenvolver o clássico Corinthians x São Paulo com o mínimo de equilibrio, me esforçando para controlar o lado de torcedor. Álias farei uma observação primeiramente, os meios de comunicação - a TV Globo, em especial e jornais impressos - vem apimentando mais os clássicos entre os três grandes paulistas, algo que acho extremamente saudável para o esporte.

Sem mais delongas vamos ao clássico, bem a dinâmica do jogo foi o tricolor atacando e o time da marginal pronto para o bote. O São Paulo tinha mais volume de jogo, e o Corinthians tinha um contra-ataque extremamente veloz, mas foi no oportunismo que surgiu o primeiro gol do jogo, após falha...hã...como posso dizer... "bisonha" de André Dias e Bosco, Ronaldo agradeceu. O empate aconteceu no 2º tempo, após bola alçada à area Washington em posição duvidosa trouxe a igualdade ao placar. No decorrer do jogo segui essa dinâmica volume do São Paulo e espera do Corinthians.

No jogo Corinthians x São Paulo o grande vencedor, Palmeiras. Agora são cinco pontos de diferença.

domingo, 27 de setembro de 2009

Título mais distante

Não foi em Cingapura que Barrichello diminuiu a distância para Jenson Button, álias aconteceu o contrário, o inglês abriu 1 ponto de vantagem com sua 5ª colocação. Rubinho, que até andou bem, não foi feliz na estratégia e chegou em 6º. A vitória foi de Lewis Hamilton, da Mclaren. Completam o pódio Timo Glock, 2º e Fernando Alonso 3º.
A corrida foi muito movimentada, ganhou um ingrediente a mais com a entrada do carro de segurança. Nico Rosberg, que fazia boa corrida na 2ª colocação, fez uma barbeiragem e teve uma penalidade - passar pelo pit lane - e ficou postado no pelotão do fundo.
Para o título, Barrichello tem que andar muito na próxima etapa e torcer demais para seu companheiro não marcar ponto, só assim terá chances reais de título, lembrando a briga é com seu companheiro de equipe. Abre o olho Rubinho!

E o Verdão cortou o queijo!

De forma irrepreensível, ontem, no Parque Antártica, o Palmeiras bateu o Atlético Paranaense, demonstrando uma força da qual até o blogueiro que vos escreve, leitor, duvidava.
Irrepreensível, pois o time entrou com vontade de decidir, jogando de forma séria e sisuda (como seu técnico), e sem dar margem, na maior parte do jogo, às investidas do time paranaense. Mesmo quando tomou o gol, o alviverde paulista mostrou-se calmo, sabendo que poderia matar o jogo a qualquer momento. Parece que a derrota para o Vitória despertou no Palmeiras a sensação, necessária em pontos corridos, de que cada ponto, falta, dividida, e centímetro de terra é importante.
Méritos também para a diretoria verde, que acertou ao pagar a multa e escalar Danilo, autor de um gol, de uma assistência, e que tirou uma bola na linha.
Na quarta-feira, Beluzzo reclamou da arbitragem, e ao menos dois pênaltis não foram marcados para o Cruzeiro. Quando até a diretoria começa a acertar, é difícil parar um time.

***

No Mineirão, às 18:30h, o Santos encara o Atlético.
O jogo tem tudo para ser interessante, pois, do lado mineiro, o trio Evandro, Diego Tardelli e Éder Luís parecem estar se acertando novamente, ao passo que (faça-se justiça) a zaga do Santos parece ter encontrado, enfim, o equilíbrio; ainda que o equilíbrio da zaga custe ao Santos o equilíbrio do time: o ataque parou de marcar.
O panorama do jogo está cheirando a jogo de ataque contra defesa. Será que rola um contra-ataque puxado por Madson, e um gol do Kléber Pereira, o vice-rei da Vila?

***

O blogueiro não comentará o jogo São Paulo x Corinthians, por motivos explicitados em post feito na semana que passou.

sábado, 26 de setembro de 2009

Com a faca e o queijo

Uma oportunidade única apresenta-se ao líder do Brasileiro, o Palmeiras. A oportunidade de, ao mesmo tempo, pressionar seus rivais e manter-se na liderança por mais algumas rodadas.
O Verdão entra em campo contra o Atlético Paranaense sabendo que, em caso de vitória verde, o time do São Paulo, apesar de bom, pode sofrer severo baque: é difícil correr, correr, e não alcançar o líder, ver distante a primeira colocação, mesmo para um time experiente. Pesa, também, para o time tricolor o fato de amanhã disputar um clássico contra o Corinthians, equipe relapsa e desinteressada, mas sempre uma pedra no sapato. Se houver vitória verde, é provável que amanhã o São Paulo entre um pouco mais nervoso.
Basta, ao Palmeiras, fazer a lição de casa. Se marcar Paulo Baier de perto, e prestar atenção nas subidas do valente Márcio Azevedo, é muito difícil o time alviverde não cortar o queijo.

A batida de Barrichello, a pole de Hamilton

Assim pode ser definida a classificação para o Grande Prêmio de Cingapura. Depois de um heroico 7º tempo no Q2, Barrichello perde o controle do carro na luta pela pole

O Principal rival de Rubinho, seu companheiro Jenson Button, marcou o 12º. O brasileiro teve o assoalho do carro danificado numa saída de pista e teve trabalho em se classificar para o Q3. Por outro lado, Hamilton passeou, Fez o primeiro tempo no Q1 e Q3. As RBR também chegam forte, Sebastian Vettel marcou o 2º tempo e Mark Webber o 4º.

Para a corrida, Rubinho perderá cinco posições por conta de uma troca de câmbio, assim o 5º tempo anotado se transformará em 10º, ainda na frente de Button. Só esperamos que o Roman Grosjean não cause nenhum acidente...

Caso Nelsinho

Para falar a última vez desse assunto, que sujou a história da F-1. O relatório do caso apresentado pela Fia traz Nelsinho Piquet como o principal responsável pelo acidente em Cingapura. Realmente, só conseguiu absolvição por ter delatado a falcatrua, porém o mau carater da história é o brasileiro. Por incrível que pareça, o erro de Dick Briatore foi aceitar a trapaça proposta por Nelsinho e Pat Simons.

Esse fato só me fez ver uma coisa, ele não é um piloto. Espero que não tenha oportunidade em nenhuma escuderia, a F-1 não merece pessoas dessa índole.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Entre erros e acertos, a liderança

Concluindo a 25ª rodada, o Palmeiras venceu o Cruzeiro com dois lances polêmicos

No jogo de Ontem, apesar da arbitragem, o verdão mostrou que continua firme e forte na ponta, com um golaço de Diego Souza e oportunismo de Vágner Love, bateu o Cruzeiro por 2x1. Um belissímo jogo com muitas oportunidades para ambas as partes. O Palmeiras optou por jogar no contra-ataque e se deu muito bem, sempre levando perigo com Diego Souza e Vágner.

Já o Cruzeiro teve seu melhor jogador contundido, Fabrício, que saiu no início da segunda etapa. Kléber pouco fez e quase não apareceu, só serviu para nocautear Wendell, que sofreu traumatismo no maxilar, não é a toa que o apelidaram de Kléber Cotovelada.

E a arbitragem? Continua fazendo lambança. Dois pênaltis claros em favor da Raposa não marcado, os palmeirenses agradecem.

O Palmeiras respira, mas ainda está longe de ser a "gordurinha" para o título.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Quarta-feira quente

Hoje, às 21:50h, no Mineirão, o Palmeiras pega o Cruzeiro num jogo que tem tudo para esquentar os corações dos torcedores mais gélidos, céticos, ou frígidos.
O primeiro motivo para prestar atenção ao jogo encontra-se na racionalismo barato dos cálculos de tabela: uma vitória do Verdão concede à equipe uma folga respeitável, o que obrigaria o São Paulo a correr mais um pouco atrás do alviverde, e apagaria a má impressão deixada pelo time em jogos passados; vencer em Belo Horizonte é, sempre, uma conquista.
Porém, ninguém esconde, o que dará sabor ao jogo é o extra-campo. No meio da semana passada, o volante Fabrício, do Cruzeiro, repreendeu Diego Souza, insinuando que o meia palmeirense é jogador desleal e violento. Este, por sua vez, não deixou barato: em programa esportivo, na segunda-feira, Diego Souza disse, com todas as palavras, que não é "mocinha", e não vai mudar seu estilo de jogo.
Para completar, o atacante Kléber, do Cruzeiro, numa lambança no mínimo pouco diplomática, foi a uma "confraternização" com seus amigos torcedores do Palmeiras; numa atitude ao menos estranha, o jogador não cansa de destacar o quanto foi feliz nos verdes prados do Parque Antártica.
Para ele, hoje é dia de suar azul; para Diego, de suar verde.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Derrapadas

Ontem,para os paulistas, foi dia para ser esquecido.
Contra o Santo André, o São Paulo teve exposta uma de suas deficiências: possui domínio de meio de campo, boa roubada de bola, mas, para meter a redonda na rede, depende cada vez mais da velocidade de Dagoberto, e do oportunismo de seus bons atacantes. Jogadas agudas, triangulações e toque de bola ninguém vê. Resultado: o Santo André foi tomando terreno, tomando terreno, e achou um gol bobo, no melhor estilo dos times pequenos. Quando o São Paulo acordou, já era tarde para correr atrás do resultado.
Esse empate pode custar caro se o Palestra ganhar do Cruzeiro na quarta, o que este blogueiro não acredita que vá acontecer.
Na Vila Belmiro, o Santos manteve sua sina: quando se arma bem defensivamente, não toma gols, mas também não faz. Luxemburgo deveria ter alertado o time para o fato de que, se o Botafogo luta para não cair, aparenta já estar dando sinais de recuperação: parou de perder, começou a pontuar, e aos poucos mostra-se um time diferente, mais confiante, que não se amedrontaria com um estádio como a Vila.
Empate caro para as pretensões do Santos no Brasileiro.
Quanto ao jogo do Pacaembu, este blogueiro tem um recado: de hoje até o fim de 2009, não mais cobrirei jogos e resultados do Corinthians. Se a diretoria e boa parte dos jogadores já entraram em férias, eu não vou pagar de besta, tecendo análises e torcendo.

domingo, 20 de setembro de 2009

Para o alto, e avante!

Apesar do domingo cinza e ensimesmado de hoje, os paulistas terão motivos de sobra para vibrarem com seus times.
A começar pelo São Paulo, que, às 16h, pega o Santo André, em Ribeirão Preto, e que não tem nada a ver se os outros times perdem, ou sem complicam em jogos fáceis: vai para cima com o objetivo de se firmar na liderança do campeonato. Ainda que os tricolores adotem o discurso da cautela, é muito difícil o São Paulo sofrer algum revés, hoje, diante dos vovôs do Santo André. Para mim, São Paulo pega a liderança, e não larga mais.
Em situação diferente, o Corinthians tenta, às 18:30h, diante do Goiás, no Pacaembu, salvar o segundo semestre do time, e dar motivos para que sua torcida pare de pensar na Libertadores pelo menos até o fim do ano. Para o jogo de hoje, o Timão terá o retorno de Ronaldo, algo que, caso o jogador esteja bem, pode ser um grande ponto a favor. O time do Goiás é bom, e se o Corinthians não corrigir defeitos de marcação, sobretudo pelo alto, pode ser surpreendido.
Por último, temos o Santos e suas picuinhas de elenco, que entrarão na Vila, também às 18:30h, para enfrentar o cambaleante Botafogo. No último jogo, Kléber Pereira, que se sente o dono do time, saiu reclamando por, supostamente, não terem tocado a bola para ele; o recado, óbvio, era para Neymar. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, o experiente jogador deveria ter levado em conta a juventude de seu companheiro de ataque. Kléber Pereira se acha mais do que é, e com uma discussão boba, pode tumultuar um elenco que já parece uma fogueira de vaidades, mas que tem muito a crescer com a contratação de Edu Dracena.

sábado, 19 de setembro de 2009

A morte do camisa 10, a vez do camisa 8

Comentaristas, narradores e torcedores vivem comentando a ausência do camisa 10, no futebol brasileiro. De fato, o jogador "garçom" está em extinção, mas qual seria a causa disso? Acredito que seja essa nova dinâmica aplicada pelos treinadores, exigindo dos jogadores, a responsabilidade de marcar, armar e finalizar.

O atleta que utiliza a camisa 10, hoje, deve finalizar. Dar assistência caso não tenha espaço para chutar, mas, deve finalizar. Um exemplo claro disso é o jogador Amoroso, que passou por São Paulo, Corinthians, Grêmio e Guarani, no seu início de carreira no Bugre era meia, no entanto, quando convocado para a seleção brasileira já era atacante.

No futebol nacional só vejo um meia clássico, o verdadeiro meia, Cleiton Xavier, do Palmeiras. Joga a frente dos volantes, abrindo espaço e lançando para os laterais e atacantes. Os demais meias estão mais para atacantes. Tem um jogador que tem potencial para ser o camisa 10 clássico, porém vem sendo estragado pelo técnico, Andrézinho, do Internacional.

Nesse cenário, surge um jogador diferenciado que não é o responsável principal pelo combate nem pela armação, essa falta de responsabilidade eleva a qualidade do camisa 8. Veja os exemplos: Hernanes, Richarlyson, Elias, Martinez - ex Palmeiras -, Elano... O time que tem um ou alguns meio-campista se destaca, veja o exemplo do São Paulo que não tem volantes.

A variedade de jogadores com essas características é importante, entretanto, não há diferenças entre os clubes. Imagine ver um jogo que, Corinthians e São Paulo onde o confronto é entre um meio-campista revelação e um meia clássico, atletas com essas diferenças podem mudar a dinâmica do jogo em um lance. Há muito tempo não vejo isso. Na realidade só um jogador desequilibra seja pelo nome ou lances, Ronaldo.

Na minha opinião, o meio-campista é um jogador importantissímo, mas é preciso voltar a produção do camisa 10, trabalhar as categorias de base para surgir atletas com essas qualidades... Sem o camisa 10, o futebol fica previsível e chato.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Será o fim?, ou diálogo sobre como o Brasil virou a Escócia

Reproduzo, a seguir, conversa que travei, ontem, pelo G-Talk, com um amigo meu de longa data. Incrível como, em meia hora, de forma cristalina e civilizada, tocamos em diversos assuntos caríssimos ao futebol brasileiro atual de forma muito mais aguda e intensa do que a maioria dos programas "especializados" em esporte. Procurei reproduzir a conversa da maneira informal como ela ocorreu.

Rafael: e aí mano?

eu: opa blz?

Rafael: blz. tá revoltado com o dentinho... rsrsrs o edno vem aí...

eu: rsrsrs vai cagar, cisca, cisca, e nada faz

Rafael: eu não vi o jogo ontem, mano.
aqui em casa, que ironia do destino, no centro de são paulo, e a antena pega a globo do Rio!

eu: caraleo! que esquisito...

Rafael: só passa jogo do botafogo e do flamengo... foda né...

eu: ai caraleo! arruma essa porra aí!

Rafael: tem que contratar tv a cabo...
e aí? o que manda de novo?

eu: mas só assim funciona?

Rafael: só assim, a antena é só a globo do Rio...

eu: que lixo! incompreenssível!

Rafael: e é a atena comum do prédio... o globo esporte dos caras é uma tristesa só
rsrsrsrsrs; só rindo muito

eu: por que? o que rola?

Rafael: torcida pegando no pé dos caras, rebaixamento, crise... são as palavaras de ordem do noticiário

eu: caraleo, e o mengo, uma pasmaceira da porra

Rafael: pois é...

eu: já era mano, sp campeão; mesmo os times bons são normais perto do sp

Rafael: não fala isso, não mano; tem q torcer pra merda do inter ou a porra do verdinho fazer alguma coisa...

eu: já era velho... sempre fui defensor dos pontos corridos, mas, agora, tô repensando até isso... veja bem: o inter tropeçou no cruzeiro, e o parmera, no vitória, o corinthians empatou com o coritiba. todos esses resultados são comuns (talvez menos o do inter); não há nada demais em perder para o vitória lá, nem em empatar com o coritiba no paraná. a questão é q o sp NÃO perde esses jogos;
eles elevam o campeonato a um nível inimaginável de eficiência.
detalhe: o único time que ganhou do vitória lá foi o... sp

Rafael: olha... é triste, mas eu acho que uma coisa pesa muito a favor dos caras,
e essa coisa se chama conjunto; é complicado jogar contra um time que tem a mesma base de formação há muito tempo, aí não tem como o nível de eficiência não subir absurdamente. pega a base dos caras e tenta ver há quanto tempo a estrutura "meio de campo-ataque" joga junto.
e eles estão em um período muito bom de arrecadações; um exemplo claro disso é ver há quanto tempo, de forma consecutiva, eles disputam a libertadores, e, inclusive, levando alguns títulos. isso inevitavelmente acaba diminuindo a necessidade dos caras de vender jogador desesperadamente. Eles têm que vender, mas menos, podem se dar ao desfrute de aguardar mais meio ano, um, quem sabe, pra tentar uma negociação melhor

eu: bem, quanto a vender, discordo um pouco; acho que eles vendem bem porque lá há menos corruptos; e devemos destacar também que eles não contratam craques; os jogadores deles são bons para decidir, mas não são craques. dessa forma, não gastam muito, mas, quando um não está bem, além do grupo segurar (como você disse), aparece outro para fazer gol.

Rafael: não tem craque mesmo não... mas dá uma olhadinha em uma coisa: avalia há quanto tempo você vê alguns caras jogando e se destacando; hora sim hora não, isso é certo, mas mesmo assim se destacando no time dos caras, e não sendo vendidos

eu: exato; terrível isso cara. se eles forem tetra, será vergonhoso para todos os outros clubes brasileiros, além de matar com o dinamismo típico do nosso futebol; isso aqui tá virando a escócia! o último a ser campeão foi o corinthians, e porque eles estavam no mundial

Rafael: é foda isso. você acaba ficando cansado, e nem ligando mais.
meu time por exemplo, o santos, qualquer merda que começa a jogar um pouco de bola na porra do santos, os caras já querem vender

eu: exato; o wagner dinheiro já falou que o neymar sai no ano que vem...

Rafael: no coringa, você viu o que aconteceu porque o time ganhou só uma Copa do Brasil!!! se ganha o mundial, vendem até o presidente!!!!! rs

eu: exato!

Rafael: tô falando...

eu: e o pior é que tem gente que engole o discurso dos dirigentes direitinho, e não protesta, aí as coisas não mudam nunca...

Rafael: aí quando o cara começa a comer a bola lá fora, não adianta mais...

eu: o corinthians jogou o brasileirão no lixo... o time era lindo, jogava certinho... poderia ser uma dos maiores escretes que esse país já viu...

Rafael: pois é... com aquele time que ganhou a copa do brasil, queria ver se alguém segurava. isso é foda!

eu: tem nego que engole discurso pronto, discurso de dirigente pilantra. você quer conversar, já chega e fala: "ah, mas tá se preparando para o ano que vem, ah, mas o cristhian nao era nada antes de vir para o corinthians, ah, mas precisava de dinheiro..."

Rafael: pega aquele volante maldito do são paulo, que joga bola pra cacete, até foi pra seleção, aquele cara tá jogando lá há um tempão!

eu: hernanes?

Rafael: isso... que merda de cara do caralho que não é vendido!
ele já é destaque do time há muuuuiiito tempo...

eu: eu não discuto que um time precise de dinheiro... o coringa, por exemplo, precisava e precisa ainda. discuto que vendeu burramente, sem ter peça de reposição em vista, vendeu barato, portanto sem poder comprar gente do mesmo nível, e contesto ainda a venda do cristhian; dava para ter segurado pelo menos ele... trouxeram aí o marcelo mattos, que não é nem metade do que é o cristhian!

Rafael: pera aí velho, que tão tocando a campainha...

eu: blz, mano... vou sair agora para cortar o belo... falou...
Rafael: falou...

eu: outro dia a gente continua a falar sobre o fim do campeonato brasileiro rs

Rafael: pode crer! rs... quando os bambis estiverem comemorando o vigésimo título seguido, mas, ainda assim, com a globo fazendo chamadas do tipo: "um campeonato imprevisível, cheio de emoções!"

eu: só... terrível, e triste...