quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Explode coração!

Pois é, realmente nada é fácil para o Corinthians.
Ontem, no Pacaembu, num jogo que, todos apostavam, seria fácil, o Corinthians conseguiu sair atrás no placar logo aos 56 segundos de jogo! Numa falha imperdoável para zagueiros como William e Chicão.
Haja coração. Pipocavam na mente de todos os corinthianos todas as lendas de que Libertadores e Corinthians não combinam, não foram feitos um para o outro.
O time, porém, aos poucos colocou ordem na casa, e fez valer seu melhor toque de bola.
Mesmo assim, o jogo não saía do toque de bola. Faltavam jogadas pelas laterais. Defederico, assustado com a estreia, parecia lento, e a bola não chegava no Ronaldo. No meio de campo, o melhor setor do time ontem, Jorge Henrique preenchia espaços no ataque e na defesa, enquanto Tcheco, pelo meio, tentava organizar as jogadas. E foi justo com Tcheco, o melhor jogador em campo ontem, que saiu a jogada de empate. Ronaldo saiu da área, para arrumar jogadas, tocou para Tcheco que, de letra, tocou para Elias fuzilar o goleiro. Genial.
Depois do gol, porém, as falhas continuaram. O time detinha a bola, mas não furava a defesa dos uruguaios.
Sabendo que vitória em casa é essencial, no segundo tempo Mano Menezes entrou com Souza no lugar de Defederico. Com ele no time, Ronaldo teria liberdade para flutuar ao redor da área, ao passo que o time teria alguém para fazer o pivô. E foi assim que, novamente com bola metida por Ronaldo, Souza deu o passe para Elias repetir a dose: 2 x 1!
No mais, o jogo foi bom como estreia, pois é preciso melhorar. A equipe não apresentou jogadas pelas laterais, e demonstrou ter baixo poder de penetração. Ronaldo saiu reclamando de que recebeu poucas bolas. Talvez se o time tivesse jogado pelo menos uma vez junto antes de estrear na Libertadores, a coisa teria sido menos sofrida.

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Enquanto isso, o Santos, contra o desconhecido Naviraiense, estreou ontem na Copa do Brasil de um jeitinho meio xoxo. A vitória veio apenas aos 37 do segundo tempo. Dorival Junior esquivou-se, reclamando de "desgaste". Balela. Era obrigação do Santos eliminar o jogo de volta, jogando contra um time muito mais fraco; sem contar que estamos em início de temporada.
Meu palpite: com Robinho no time, Neymar está jogando muito longe do gol...

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E hoje há dois outros jogos. Palmeiras, no Parque, pega o inexpressivo Flamengo de Piauí, ao passo que o Tricolor viajou para a Colômbia, para pegar o Once Caldas.
O primeiro jogo tem tudo para ser horrível: o Palmeiras tem a obrigação de vencer, mas jogará com máxima cautela, para não sopa para o azar.
Já o segundo jogo tem mais chances de ser interessante. Os times da Libertadores costumam fazer jogos duros em casa, e o Once Caldas não vai querer perder pontos em seu território.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

E começa a escalada

O título mais esperado pelos torcedores alvinegros, a obsessão corintiana, começa hoje. Contra o Racing, do Uruguai, o time da marginal aos gritos do "Vai Corinthians!", começa a sua saga rumo ao inédito titulo da libertadores.
No entanto, corintiano, tenha paciência, tamanha expectativa em torno de uma campeonato pode não ser benéfica para o clube e jogadores. No ano do centenário, podemos dizer que, houve duas decepções: a Copa São Paulo Juniores e o desfile no carnaval de São Paulo, não deixem um ano de festas virar um pesadelo. Por isso, jogadores e torcedores, cautela.

O meninos da vila, em busca de um título inédito, vão enfrentar o Naviraiense, do Mato Grosso do Sul, pela Copa do Brasil. Com uma ótima campanha no Campeonato Paulista, o peixe vem embalado e não deve ter dificuldades para golear.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Uma ponta de dúvida

Quando o Palmeiras tomou aquela traulitada do São Caetano dentro do Parque Antártica, a primeira coisa que me veio à mente foi: "Poxa, o Palmeiras pode até não ter lá um grande elenco, mas seus onze titulares estão a altura dos demais grandes de São Paulo, não era pra estar tomando essa porrada!". É claro que a imprensa, desejosa de calamidades, berrou de cima a baixo que o Palmeiras não teria nem mesmo um time titular decente, incapaz, portanto, de travar um duelo de igual para igual com os outros grandes.
Pois é, ontem esta mesma imprensa percebeu que terá de se retratar: o Palmeiras venceu, e bem, o São Paulo, passando o trator em cima de um time que tem uma boa equipe titular, e um grande elenco.
O time verde não deu espaço ao rival desde o início, sufocando-o, e dominando o meio de campo. As mudanças de Zago também surtiram efeito, e a dupla Cleiton Xavier e Diego Souza estava mais solta, sem tanta obrigação de marcar. O São Paulo parecia inoperante, com um meio de campo lento, e um ataque por demais estático. As coisas pioraram com a expulsão boba de Xandão.
É claro que o Palmeiras precisa de reforços, porém o resultado de ontem nos faz pensar se o resultado de quarta passada foi ou não um "acidente"...

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Enquanto isso, o Santos continua nadando de braçada. Ontem, mesmo com desfalques, o time conseguiu uma razoável vitória fora de casa. Atenção, porém, com a aparente letargia do ataque, que sentiu as ausências de Neymar e Ganso.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A TV joga com o destino...

Dedico esta crônica a um protesto. Já é pra lá de comum, nos últimos anos, uma certa configuração na transmissão dos jogos em TV aberta. Nesta configuração, os jogos no interior são transmitidos, e os jogos realizados em São Paulo, não. Dessa forma, é dada, ao torcedor incapacitado de viajar, a oportunidade de acompanhar o time, ao mesmo tempo em que os times que jogam em casa não são prejudicados pela "concorrência" da TV, que poderia diminuir o número de torcedores no estádio, e, por conseguinte, a renda dos clubes. Esta regra, bem formulada, tem apenas uma exceção: os clássico. Quando há clássico, este tem a preferência.
Pois bem, podem chorar são-paulinos e periquitos, pois hoje vocês verão o jogo do Santos contra o poderoso Mirassol! Sim, é mais importante ver o Robinho jogando do que observar a atitude do São Paulo, montando o time para a Liberta, diante de um adversário tradicional. É mais importante uma pedalada do que observar o comportamento do Palmeiras, em crise e com novo técnico, diante de um adversário pra lá de qualificado. É mais importante mostrar um jogo que já começa definido (alguém acredita em vitória do Mirassol?), do que um jogo que tem tudo para ser épico, disputado palmo a palmo. O São Paulo não quer perder para um time em crise, e o Palmeiras quer dar sinal de vida. O enredo está pronto, o roteiro está para ser escrito, mas, sabe-se lá o porquê, faltam as câmeras.
Venus Platinada, por favor, pare de brincar com as legendas do futebol.

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Ontem o Corinthians fez feio, de novo. E há quem diga que o clube tem elenco. Não digam depois que não avisei.