sábado, 10 de outubro de 2009

Prova de força

É isso o que o jogo de hoje, contra o Flamengo, no Rio, representa para o São Paulo. Apesar de o Palmeiras não ter aproveitado a derrapada de quarta-feira, é notório que o empate não desceu bem lá pros lados da Vila Sônia. O resultado revelou rachaduras na nau tricolor. Mostrou que o time precisa de um toque a mais no momento de decidir, pois é difícil depender, sempre, de uma jogada do Hernanes, ou de uma bola aérea.
Claro que não há time perfeito. O próprio Flamengo sente demais a falta de Adriano; sem contar que o que meio de campo rubro-negro ganha em técnica, com a presença de Petkovic, o que perde em força e em marcação.
Nenhum time é perfeito, mas o São Paulo não está acostumado a ter expostas suas falhas.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

E o esporte preferido do blogueiro que vos fala é o erro. Pois, no post de ontem, colocou dúvida sobre o desempenho santista em Recife, e deu como certa a vitória tricolor no Morumbi. Resultado: com boa atuação do goleiro Felipe (que já é melhor que Fábio Costa) o Santos venceu o Sport, e o São Paulo... deu uma derrapada que pode ser fatal, mesmo faltando ainda muitos pontos a disputar.
No entanto, se errei, não errei em todos os pontos. Disse que a principal dificuldade do time santista era a defesa, e, no jogo em Recife, tal questão mais uma vez se fez presente. Se não fosse Felipe, o Santos não comemoraria os três pontos.
Quanto ao vice-líder, aí sim o erro foi crasso: confesso que não botava a mínima fé no time do Coritiba. Ainda assim, o torcedor são-paulino esclarecido sabe que o tropeço de ontem, na verdade, demorou para acontecer com o São Paulo. O São Paulo, sem contar Hernanes, é um time de grupo, com jogadores bons, sem craques, cuja principal qualidade é o padrão tático. Para que tal esquema dê certo, porém, é preciso uma defesa quase intransponível; com segurança na retaguarda, o ataque vai lá, e faz um, ou dois. Agora, quando esse time toma gols, sente dificuldade de fazer, de correr atrás. A equipe já está nesta toada faz tempo, não consertou adequadamente, e o preço pode sair caro.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Perseguições

Assim como a vida dá a indivíduos diferentes o quinhão que cada um merece, de acordo com a porção de trabalho e esforço empenhado, Santos e São Paulo, hoje, perseguem objetivos diversos, mesuráveis de acordo com o trabalho e a capacidade administrativa de cada clube.
O Santos, contra o desesperado Sport, em Recife, tenta manter viva a chama de uma vaga na Libertadores que, hoje, seria inusitada. O time tem bons valores, aqui já apontados, mas não dá liga, sobretudo pela falta de equilíbrio entre defesa e ataque. No jogo contra o Palmeiras, tornou-se óbvio o quão falha é a defesa santista quando o time adversário resolve jogar. Se pensarmos mais um pouco, para analisar um sistema defensivo, no ataque santista o único que ajuda a defesa é Madson: Neymar não tem corpo, nem muita consciência tática, e Kléber Pereira não consegue voltar. Problemas para Luxemburgo em Recife.
O São Paulo, por sua vez, trava lutas mais nobres. Enfrenta o Coritiba, em casa, para mais uma vez tentar colar no líder Palmeiras. O incansável time tricolor, com o time desfalcado e com dois a menos, não deu sinais de cansaço/desânimo contra o Náutico. Em virtude disso, creio que os quatro desfalques de hoje não serão problema contra o ajustado, mas fraco, Coxa. A favor, ainda há o fato de Rogério Ceni voltar ao time, funcionando como referência e liderança.
Amanhã, o Palmeiras entra pressionado contra o Avaí. De novo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O sentimento e a planilha

Há quem erre por ofício, porém, dói mesmo o caso de quem erra por vontade de acertar. Este é o caso, meus amigos, do Internacional, que, ao insistir com Tite, praticamente enterrou suas chances no Brasileiro.
E tudo porque o Inter ajoelhou e rezou de acordo com o credo bom-mocista das atuais práticas futebolísticas, que pregam a manutenção do técnico, custe o que custar. Porém, como, apesar de paulista, devo ter em meu DNA alguma poeira mineira, sempre desconfiei desse dogma. Aliás, desconfiar de dogmas, leitor, é atitude deveras salutar quase 90% das vezes.
Futebol, já disse aqui em algum lugar, é o mais humano dos esportes. Regulado cada vez mais, admito, pelo dinheiro e pela tecnocracia, mas mesmo assim ainda não conseguiram arrancar-lhe a alma. Como humano que é, o futebol está submetido a infindas variáveis; variáveis estas que só os mais sábios mestres, dirigentes e técnicos são capazes de desvendar. Os incautos dominados pela opinião pública podem tecer, aí, suas loas ao dirigente tecnocrata, mas este cortaria um dobrado frente a um dirigente das antigas, aquele que decodificava o clima no vestiário como uma onça fareja o medo da presa, como um Don Juan fareja a intenção da cabrocha. Como exemplos, não precisamos ir muito longe, nós os temos aqui mesmo, neste Campeonato Brasileiro.
Primeiro o caso que rezou segundo a cartilha, o Avaí, que andava cambaleando, sem vencer, apanhando mais que cão de bêbado. Manteve o técnico, no que agiu bem: os dirigentes sentiram que não era momento de precipitação, era preciso acostumar os jogadores à Série A, dar-lhes gana de vencer. Lembro que muitos dos jogadores do Avaí são os chamados losers do futebol, por não terem dado certo em times grandes. É desse tipo de time que eu gosto, pois, se bem motivado, os ditos losers correm como verdadeiros alazões no turfe da bola; cães de raça na caçada de suas vidas, eles comem a carne, roem o osso e chupam o tutano.
O outro caso é o cantado, louvado, elogiado São Paulo. Exemplo de "administração", "segurança", "planejamento" e "organização", por três anos, pelo menos, o time reina praticamente sozinho quando o assunto é a racionalidade aplicada ao bate-bola. E não é que este mesmo São Paulo surpreende a todos quando esquece a razão e adere às leis da Futebolística, ciência milenar e quase esquecida nos labirintos da hermenêutica do esporte bretão? E, mais uma surpresa, não é que o time reagiu? Elementar, caro leitor; os dirigentes são-paulinos descobriram algo que os jornalistas e boa parte do público já sabiam há algum tempo: o Muricy é dose! Bom técnico, mas com um temperamento de cavalo xucro. Visivelmente, sua relação com o elenco estava gasta. Para completar, a diretoria tricolor contratou um poste, o Ricardo Gomes, que, tão somente, trata seus jogadores com firmeza, mas sem perder a ternura. E o elenco é bom, oras, não é preciso muito mais do que isso.
Para entender de futebol, uma planilha do Excel não basta.

domingo, 4 de outubro de 2009

Corinthians, ladeira abaixo?

Torcedores, imprensa e adversários devem se perguntar "O que aconteceu com aquele Corinthians do primeiro semestre?" Eu digo: Era um ótimo time e, agora, estão tentando formar um elenco.

Na minha opinião os grandes curingas do time da marginal era André Santos juntamente com Elias. Hoje, só existe Elias e, geralmente, esta bem marcado. Assim, o Corinthians se torna um time previsivel.

Os últimos resultados não deixa dúvida da queda de produção do time: perdeu para o Goiás, empatou com São Paulo e perdeu, ontem, para o Atlético Paranaense.

O clube está no lucro neste ano, ganhou dois campeonatos de três, porém é preciso formar um time competitivo para a disputa da Copa Libertadores, caso contrário a festa do centenário se tornará o pesadelo de cem anos.

O burocrático GP do Japão

Sem emoções e disputas, corrida foi vencida por Sebastian Vettel da Red Bull

Não tenho muito o que dizer, o GP do Japão foi chato! Rubinho não fez uma grande corrida e terminou em sétimo, Button foi oitavo. Com isso, basta um terceiro lugar em Interlagos para o inglês se sagrar campeão da temporada 2009. Vettel chegou mais perto, agora está 16 pontos atrás de Button e apenas dois de Barrichello.

Não vou me aprofundar, pois fiquei acordado de madrugada para acompanhar uma corrida "tosca"! Lamentável...

O passado bate à porta?

O ano é 2009. Semi-finais do Paulistão. O Palmeiras, então sob comando de Luxemburgo, era favorito no duelo com o Peixe. Foi o primeiro colocado da fase classificatória, mostrando um futebol muitas vezes convincente.
O resultado todos sabemos: a armada verde caiu diante da velocidade e empenho santistas, o que gerou a primeira rachadura no trono luxemburguino, que viria a arrebentar pouco tempo depois.
Apesar de um elemento importante dessa razão ter trocado de lado (Luxemburgo, hoje, é o técnico santista), é impossível não tecer nenhuma comparação: novamente, o Palmeiras, em melhor fase e num momento decisivo, enfrenta o Santos, aparentemente mais frágil. O Santos precisa vencer, se não para buscar a Libertadores, ao menos para dar uma resposta à torcida. Ao passo que uma derrota para o time da Baixada empolgaria sobremaneira o principal perseguidor do Palmeiras, o São Paulo. Há todos os motivos para um bom jogo, hoje, na Vila.
E todos os motivos para muita choradeira e preocupação na segunda-feira.