sábado, 18 de julho de 2009

Embalo de sábado à tarde

Hoje, às 18:30h, no Palestra Itália, o Palmeiras dá o pontapé inicial da décima segunda rodada do Brasileirão para os paulistas, pegando o surpreendente time de velhinhos do Santo André.
Para quem não acredita na máxima de que "panela velha é que faz comida boa", basta prestar atenção em alguns números da "estrela" do time do ABC: Marcelinho Carioca. Mesmo próximo do bico do corvo, perto da derrocada profissional, o incansável atleta de 37 anos é capaz de ditar o ritmo do time, sendo o principal articulador de meio de campo, mediante passes e lançamentos precisos. Levando em conta a mescla entre jogadores experientes e jovens voluntariosos, feita pela Santo André, é bom o "Parmera" botar as barbas de molho. Afinal de contas, quase tudo é motivo para que um técnico caia no Brasil, imagine, então, se este técnico for um "interino-efetivado", como o Jorginho...

O "mistério" Luxemburgo



Artigo do colaborador Rafael Costa Oliveira

Luxa, pessoalmente, fico bastante feliz em saber que um técnico de pulso forte, um estrategista nato, estará mais uma vez no comando da equipe santista. Sempre que passou pela Vila, foram grandes as alegrias. Acredito realmente que, com um trabalho sério, essa equipe do Santos FC tem muito a melhorar e você tem tudo para recuperar o posto de melhor técnico do Brasil.
Infelizmente, lembro-me também de que em todas as oportunidades em que você saiu do time as tristezas foram quase proporcionais às conquistas, como, por exemplo, no ano passado, em que o time quase foi rebaixado no Campeonato Brasileiro, teve um péssimo desempenho na Libertadores e Paulistão e, em ano de eleição presidencial no time,você serviu de cabo eleitoral para eleger Marcelo Teixeira e depois abandonou o cargo a poucos dias do início da temporada.
Dessa vez, espero somente alegrias!!!

PS: Comentário realizado no blog de Wanderley Luxemburgo (http://luxemburgo.blog.uol.com.br/), em 17/07/2009:

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Atestado de fé: 23 anos com o coração na garganta



Levando em conta minha quase infinita ingenuidade, penso que os homens, de forma mais ou menos determinada, já nascem com seus signos na testa; e não falo aqui, leitor, de respeitáveis sinais do Zodíaco, seja este chinês, grego ou burundinês. Falo de um sinal mais profundo, marcado a fogo na alma em eras pré-placentárias, sulco que transcende a pele e não raro extrapola o sinal, torna-se sina. Irredutível à medicina ou a teorias psicanalíticas, a dita marca domina o indivíduo, que nela já não vê obstáculo, idiossincrasia a superar, mas signo de nobreza, distinção em meio à turba alienada.
É neste sentido que entendo o impulso apaixonado de uma nação que abafou seu grito por longos 23 anos, que por longas duas décadas viu rivais refocilarem em suas chagas, e tornou-se motivos de chacotas, de piadas. Esta nação, porém, suportou; aguentou a provação com a certeza de que honra o fado quem carrega o fardo; apesar da aspereza do mundo, a coragem de continuar é possível.
Este simples texto é escrito no intuito de tentar criar, com as palavras, o mesmo sentimento suscitado quando vi o filme “23 anos em 7 segundos”, que conta a história do martírio corinthiano dos 23 anos sem títulos. Como já devem ter percebido, gostei do resultado final. O filme tem por intuito apresentar, de forma sucinta, o que se passa durante o período de seca, para, depois, fechar a questão, como num close, na final contra a Ponte Preta. O recheio do bolo fica por conta dos estudos acerca do corinthianismo, elevado ao status de religião pelos entrevistados.
A tensão, os personagens, e todo o enredo mítico a envolver o fato nos são apresentados com bastante competência e precisão; por alguns momentos, me senti dentro da história. Aqui, é preciso apontar a eficiência dos relatos de Juca Kfouri, uma verdadeira enciclopédia, e dos ex-jogadores, sempre pontuais e emocionados, com destaque para Basílio (óbvio) e Wladmir.
Porém, nem tudo é um jardim de flores... O filme possui algumas falhas consideráveis, relacionadas aos entrevistados. Não dá para entender, por exemplo, o motivo de terem convidado a Sabrina Sato; não viveu a época, e nem é tão torcedora. Está mais para celebridade de segunda linha que se aproveita da torcida do Timão, do que para torcedora propriamente dita. Quase o mesmo pode ser dito de Rappin Hood, com a exceção de que o carisma do rapper é infinitamente superior ao dela, e de que seu corinthianismo é comprovado. Defensores incontestes do filme podem rebater meus argumentos, dizendo que os convidados lá estão, pois um dos objetivos é construir um atestado do “ser corinthiano”. Concordo apenas em parte com tal proposição, dado que há formas e formas de cumprir tal tarefa; se Sabrina Sato e Rappin Hood pouco acrescentam, Hortência, a Rainha do basquete, formulou, de forma natural, a frase que resume o filme, e digna de fechar este texto: “Corinthiano, corinthiano é quem aguenta!”.

Fim da 11ª rodada

Os times paulistas fecharam suas participações na rodada com a vitória do Corinthians, no Pacaembu e a derrota do São Paulo, no Mineirão.

O Corinthians enfrentou o perigoso Sport e sofreu para arrancar os três pontos. O gordinho Ronaldo desequilibrou, mais uma vez, e anotou duas vezes. E como Jeferson, o outro redator do blog, disse anteriormente: o Corinthians tem um bom time, mas falta peças de reposição a altura no elenco. Jucilei, que entrou no lugar de Elias, não correspondeu a altura, apesar de ser bom jogador. Alessandro e William também ficaram de fora.

Já o São Paulo, não há o que dizer, perdeu para o Galo de 2x0 por sorte, poderia ser mais. Citando o treinador do Sport, Emerson Leão, em um dos seus raros momentos de lucidez no comando do Santos: "Vocês tem que tomar vergonha na cara e agir como homens!", é isso que os jogadores do São Paulo precisam ouvir. Como torcedor não aceito tal situação e como redator, não entendo. No final quem vai pagar o pato é o treinador, Ricado Gomes. Abre o olho Ricardo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Grande Momento














Ele estremeceu o gramado!
Era jogado pouco mais de 20 minutos da primeira etapa, o time paulista pressionava o rubro negro no campo de ataque. Encolhido, o meio-campista recuou a bola ao zagueiro, que por sua vez estava marcado por um atacante e seus cachinhos. Na briga entre Davi e Golias não houve vencedores, a euforia da torcida da casa desaparece e uma minoria começa a vibrar. Nas arquibancadas, olhos espantados acompanham o lance, alguns se levantam. Com o companheiro e um adversário no chão, o caminho fica livre, a corrida em diagonal a passos largos toma outro sentido, a cabeça se levanta outro adversário surge, no trajeto a perna direita se levanta e desce ameaçando um movimento, a torcida anfitriã apreensiva fica na expectativa e alguns imaginam "Ainda existe uma barreira", porém o mais difícil foi feito, o rápido olhar encontrou um lugar perfeito para a redonda entrar. O cenário não poderia ser mais positivo, a campanha, o momento, a torcida, o gol... a bola a meia altura, o desespero da torcida adversária... gol... a tentativa do arqueiro, o olhar de um imperador, a bola na rede... gol...

Pós-quarta

O torcedor palmeirense acordou, nesta quinta-feira, com seu time na segunda colocação do campeonato, após uma excelente exibição da equipe, o Palmeiras caminha forte rumo ao topo. A pergunta que fica é "Jorginho será efetivado?"

Na Vila Belmiro, o Santos arrancou um empate do Barueri que vencia por 3 x 1. Com um time bem modificado, Serginho Chulapa conseguiu suavizar a crise que ronda a equipe da baixada. Acredito que o Santos só voltará a jogar bola quando esquecer dos sucessores de Robinho, Neymar que o diga.

E o Santo André conseguiu um placar magrinho contra o Atlético Paranaense, venceu por 1x0, gol do zagueiro Vínicius. Assim, O time do ABC assume, temporariamente, a 6ª posição e vai chegando perto da zona de classficação para a libertadores.

Quinta-feira brava...

Se na cidade de São Paulo o tempo não ajuda o peão, antes o maltrata, com um friozinho chato de ventos cortantes, torcedores de dois grandes times da capital terão motivo para, hoje, aquecerem pelo menos seus coraçõezinhos.
Em casa, às 21h, o Corinthians recebe seu "algoz", o Sport de Recife, protagonista da fatídica final da Copa do Brasil 2008. Será um jogo que terá por tônica a reação: o Corinthians precisa dar uma resposta à torcida depois do vareio sofrido junto ao Grêmio, e o Sport precisa mostrar que, definitivamente, saiu da ressaca daquela pinga braba chamada Libertadores.
No caso do Sport, o destaque fica por conta do técnico Leão (como de costume nos times que este dirige) que vem armando a equipe num 3-5-2 cauteloso. Do lado do Corinthians, o destaque é o desmanche; sim, o desmanche que vem sendo capitaneado pela diretoria, graças ao qual já perdemos bons reservas, como Otacílio Neto e Marcelo Oliveira, e ganharemos verdadeiros "craques", como Bill, do Bragantino. Se a coisa continuar como está, não sei não...
Em Minas, o São Paulo fará o jogo das inversões com o Atlético Mineiro: nos últimos anos, não haveria um louco sequer a dar o Atlético como favorito do jogo, caso atual. Se vencer, o Atlético retoma a liderança e confirma a boa fase; o destaque do time mineiro, a meu ver, vai para Celso Roth, o bom e azarado técnico. Rezem, são-paulinos, para que a zica do homem entre em ação. O São Paulo, por sua vez, lança os dados de sua crise branda; a mídia reluta em apontar o verdadeiro podre do Reino da Dinamarca. Seria por causa do projeto Copa do Mundo? Pois bem, o fato é que, em minha opinião, a má fase do São Paulo não se deve apenas aos jogadores: diretores e dirigentes da tão "competente" administração tricolor andam, no mínimo, relapsos; dizem por aí que até com um detalhe chamado salário...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Quarta de futebol

O palco é o Maracanã, o time paulista é o 4º colocado o carioca 7º, ambos são os melhores em seus respectivos estados. O time carioca tem um imperador - que já foi chamado de bobo da corte - tentando recuperar seu trono, perdido em meio a falta de gols e escândalos. O time alviverde tem como estrela seu comandante, ainda interino, Jorginho vai realizando o que Vanderlei Luxemburgo não conseguiu, fazer o Palmeiras jogar. Esses são os aperitivos de logo mais, às 21h50, o confronto entre Flamengo X Palmeiras. Um palpite? o Palmeiras vence... placar magro 2x1.

Na Vila Belmiro, o outro time Paulista, sem técnico, encara o perigoso e surpreendente Barueri. Hoje, o time mais novo da série A ocupa a 5ª posição no campeonato, no cangote do Palmeiras. O Barueri tem vantagem no confronto, apesar do jogo ser na casa do adversário, tem uma equipe estável e motivada. Em contrapartida, o Santos abre espaço para outro técnico interino, Serginho chulapa, que pode trilhar os caminhos de Jorginho - do Palmeiras -, e levar o time da baixada as vitórias. A bola rola às 21h. Palpite? Barueri vence... 3x1.

O outro paulista que se apresenta na noite, o Santo André, enfrenta o Atlético Paranaense, no Bruno José Daniel, às 21h, em Santo André. O time do ABC vem de uma vitória contra o horrível fluminense e não faz uma campanha boa nem ruim, está em 10º, acredito se alguns times mostrasse seu real futebol o Santo André certamente voltaria a disputar a série B. Quanto ao Atlético, o que posso dizer, esse time não é horrível como o Fluminense, mas sim tenebroso. Custa-me a aceitar a derrota do Internacional para o... furacão? ventania? ou brisa? Enfim, palpite? Santo André vence... 2x0.

O artilheiro beija-flor



Um cruzamento vem da esquerda, na velocidade exata, com a substância inexorável da matemática. Na área um homem, entre gigantes loiros, dínamo suave de técnica, flutua, e toca a bola como Deus tocou o homem para dar-lhe vida. Aprendi, então, a beleza plástica do voo, veloz e agudo: beija-flor.
É esta a memória que tenho do gol de Romário, contra a Holanda, na Copa de 1994. Arte em movimento, que jamais cineasta algum imaginou possível sem ensaio. É esta a memória que guardo do Baixinho, recusando-me a me render aos "fatos e fofocas" diários.
Rezo apenas para que este artista do instinto recupere sua saúde financeira, e tenha uma vida do tamanho que foi sua arte.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Onde termina o jogo e começa o culto

Artigo de colaborador convidado: Rafael Costa Oliveira

Confesso que, depois de assistir de forma despretensiosa à final da Copa das Confederações de 2009, a manifestação religiosa dos jogadores brasileiros (jogadores e integrantes da comissão técnica em círculo, ajoelhados e abraçados no meio do campo rezaram, fervorosamente, em alto e bom som) não me levou a grandes elucubrações. Sim, devo admitir também que senti certo desconforto com toda a situação, mas não passou disso, desconforto semelhante ao que senti na semifinal do campeonato paulista quando o time santista se comportou da mesma forma ao bater o Palmeiras, no mesmo ano. Ainda assim, algo que não me levou, ao menos, a comentar isso em alguma roda de bar.
Bem, dentre episódios tão semelhantes, ambos protagonizados por jogadores brasileiros, e não faltariam mais exemplos, podemos identificar algumas semelhanças e diferenças. Dentre elas, primeiramente, o alcance e repercussão que ambas as manifestações alcançaram. Assim como não levei o ocorrido na semifinal do paulistão a nenhuma mesa de bar, não me lembro de ter escutado de ninguém, ou mesmo de parte da imprensa, qualquer menção quanto ao ocorrido. Nenhuma manifestação da Federação Paulista de Futebol, CBF ou qualquer outra instituição.
Ora, parece que o mesmo não ocorreu com a seleção brasileira. Vale lembrar que estamos tratando de um jogo de repercussão mundial, nas terras da futura sede da Copa do Mundo, um jogo transmitido e acompanhado por diversas emissoras e meios de comunicação, que se ocupam com o esporte mais popular do mundo. Nesse caso, a manifestação ganhou outra importância, principalmente no continente Europeu, onde houve manifestações contrárias ao ocorrido. A Associação Dinamarquesa de Futebol se pronunciou oficialmente sobre o fato, se posicionando de forma contrária à manifestação: “A religião não tem lugar no futebol (...) Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora”.
A justificativa para a observação da Associação Dinamarquesa de Futebol é a preocupação de que os campos de futebol europeu, assim como na África em 2010, possam virar um cenário de disputa religiosa e de manifestações extremistas, ou mesmo que tais campos possam abrigar manifestações religiosas semelhantes por parte de mulçumanos que hoje atuam nos campeonatos europeus. De sua parte, a Fifa diz ter enviado um comunicado à CBF tratando do ocorrido e afirma estar acompanhando de perto a situação. Vale lembrar também que as regras da entidade que regulamenta o futebol internacional proíbem tais manifestações, tanto políticas como religiosas, mas a mesma afirma que o ocorrido se deu após o fim da partida.
Chegando às vias de fato, é de conhecimento de todos que tais questões religiosas, que acabam por atravessar o campo político, são preocupantes em diversas partes do mundo e acredito que não devo me prolongar em tal aspecto da discussão, tratar de questões que envolvem o Oriente Médio em que assistimos a manifestações extremistas de parte a parte, a questão aqui não é essa, ou não somente.

Acredito ser válida a preocupação demonstrada por algumas entidades européias, à medida que uma competição esportiva acaba se tornando palco de um ritual religioso que sugere mais que a simples demonstração de fé, ainda que cada qual deva ter liberdade para demonstrá-la. Fato semelhante, que me vem à mente neste momento, foi a “demonstração” de fé dada por Kaká, reconhecido craque mundial do futebol brasileiro, quando, ao ganhar a premiação de melhor jogador do mundo, cedeu seu troféu à Igreja Neopentecostal de origem brasileira à qual tem associada sua crença. Parte do mesmo atleta a insistência incomum em manter sempre por baixo da camisa das equipes que defende a mensagem Belong to Jesus, para, sempre que oportuno, mostrar aos holofotes da imprensa. O que é preocupante em tais casos relatados é que, mais que uma demonstração de fé pessoal, tais atos acabam por servir de bandeira a uma ideologia.
É triste, mas infelizmente não surpreende, o fato de que os cultos da mesma Igreja Neopentecostal à qual o jogador Kaká tem atrelada sua fé, transmitidos por televisão e rádio, citarem o próprio jogador como uma prova de que pertence ao “ministério de Jesus” o “trono dos esportes” (“tronos”, segundo a instituição, compostos, ainda, pela política, pelos meios de comunicação, pelos espetáculos artísticos etc.). Esse “trono” deve ser utilizado para evangelização de fiéis, e qualquer manifestação contrária ou divergente a essa doutrina deve ser combatida, por ser reconhecidamente “demoníaca”, como assim considera tal instituição.
Acredito que deva causar estranheza em alguns leitores, ou um mero “que me importa” em outros, o fato de tais idéias estarem sendo veiculadas em terras tupiniquins, de habitantes reconhecidamente cordiais, em que política e futebol não se discutem. O que é problemático em tais discursos é o fato das ideologias veiculadas serem intolerantes, excludentes e pouco democráticas.
No alto deste 12 de julho, duas semanas após o 28 de junho, final da Copa das Confederações, acredito ter encontrado a chave para entender o tal desconforto que senti ao ver o que já foi relatado. Seja por meio das reclamações da Associação de Futebol Dinamarquesa, com as quais tive contato por meio de Carta Capital, ou por meio do programa televisivo da Igreja Neopentecostal** citada, o qual tive a oportunidade de ver ‘zapeando’ despretensiosamente a TV na madrugada, cheguei à conclusão de que realmente é correta a conclusão dada pela mencionada revista ao caso: “quando um ritual religioso é imposto ao público como parte do espetáculo é hora de repensar onde termina o jogo e começa o culto”.***

* e *** - Carta Capital. Ano XV, nº 553. 08 de julho de 2009.
** - Rede Gospel - Programa exibido 11/07/2009 – UHF 53 / Net 28

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Lições pós-rodada

Postado originalmente 12/07

Por Jeferson Ferreira

E em Porto Alegre, jogando pelas laterais, o Grêmio só precisou de um tempo para acabar com o Corinthians. A lição que resta, assim, é a de que, se o Timão possui o time titular mais azeitado do país, se houver a troca de uma única peça que seja, a vaca vai para o brejo. Talvez apenas no meio de campo exista um jogador a altura dos titulares, o Jucilei; nem mesmo Jorge Henrique possui quem o faça sombra. Preocupante, pois quem ganha Brasileirão não é um time titular, mas um elenco.

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No Morumbi, vimos quase o oposto: um time que possui elenco, mas no qual não tem sido possível encontrar peças de encaixe boas o suficiente para formar um time. O São Paulo ressente-se, para começar, da má fase de alguns de seus jogadores, como Hernanes, e da aparente falta de capacidade técnica de outros, como Jean. Em segundo lugar, se a dupla Whashington e Borges é inadmissível, por ser lenta e ocupar espaços semelhantes, e Dagoberto é improdutivo, isolar Borges no ataque, como ontem, será uma boa saída se, e apenas se, Arouca, Hugo e J. Wagner, no meio de campo, decidirem em qual momento quem ataca e quem defende.

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Em post anterior, havia classificado a crise do Santos de "estranha", por não explodir, mas ainda assim manter o clima de tensão e desgaste. Espero que o torcedor do Peixe não me recrimine por minha boca santa, mas é difícil de aceitar o fato de que tomar quatro gols em meia hora seria fruto apenas de "falta de atenção". Há algo de podre na Vila Belmiro, e que parece se agravar a cada dia, devido ao recente "fator Luxemburgo"...

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E o time paulista melhor colocado é justamente o que não "possui" técnico. Lembremos, pois, os palestrinos: Avaí e Náutico são adversários que se prezem?

Futebol das 16h

Postado originalmente em 12/07

Por Reginaldo Lopes

As duas partidas que terminaram às 18h, deste domingo, foi no mínimo antagonicas para as torcidas.
O Corinthians, que vinha de um momento eufórico após a conquista da Copa do Brasil, teve sua faixa carimbada pelo Grêmio perdendo por 3 x 0, em Porto Alegre. Alex Mineiro, Jonas e Rafael Marques balançaram as redes no sul.
Já o São Paulo, jogando no Morumbi, tomou sufoco do Flamengo e ficou sempre atrás no placar, e viu sua vida complicada após a expulsão de Renato Silva, no fim da primeira etapa. Depois de um péssimo primeiro tempo, o tricolor se acertou e buscou o empate com Jorge Wagner de pênalti. Final da partida 2 x 2.
Resumindo, é melhor o São Paulo com 10. E outra, o Corinthians não precisa do Douglas.

F1: A história se repete?

Postado originalmente em 12/07

Por Reginaldo Lopes


Novamente Rubinho ficou no quase, Massa terminou em terceiro e Nelsinho Piquet, como de costume, amargou a 13ª posição (normal). Mas, como quase se terminou a corrida em sexto? Ué, estava em segundo até a segunda parada, aí o fator Rubinho entrou em ação: não conseguiu ultrapassar Felipe Massa, que estava em primeiro, e teve problemas no reabastecimento. No final da corrida teve a posição de prova invertida pela equipe, antecipando seu Pit Stop, claramente um auxílio a Jenson Button que estava logo atrás. Ou seja, zica! A sina do Rubinho se repete.

E o Mark Webber? Andou muito! teve uma penalização por ter jogado o carro em cima do Rubinho, ainda sim, venceu a corrida. Sua primeira vitória. O companheiro Sebastian Vettel não brilhou tanto, apesar de ter chego em segundo.

Agora o Massa arrepiou, fez uma bela largada, com um carro inferior aos concorrentes se manteve a frente de Brawn e RBR, se tivesse um carro melhor, certamente, seria lider do campeonato.

Treino classificatório de F-1 da GP da Alemanha

Postado originalmente em 11/07

Por Reginaldo Lopes

Quase Rubinho Barrichello fez a pole (de novo!), dessa vez não foi Sebastian Vettel que conseguiu a pole e sim seu companheiro, Mark Webber, o australiano voador. Felipe Massa segue penando, larga em 9º e Nelsinho Piquet em 10º (segundo rumores não estará na Renault na próxima etapa na Hungria).

O treino foi no mínimo meio maluco, com a previsão de chuva na primeira parte do treino todos saíram rapidamente para marcar tempo, mas foi na segunda qualificação que Rubinho fez a diferença, quando todos estavam com pneu intermediário ele veio a pista com pneu slick e fez a melhor volta. No mesmo embalo, Nelsinho fez o segundo tempo e Alonso ficou fora (ahhh! se fudeu)...

Com a expectativa de reviravoltas no clima, o Grande Prêmio da Alemanha promete. A largada é amanhã, às 9h, é aguardar e conferir.

Primeirão

Postado originalmente em 09/07

Meu primeiro contato mais sério com a leitura deu-se com os jornais. Com três anos de idade, aproximadamente, era louco por gibis da Turma da Mônica; minha mãe os lia para mim quase sempre depois do jantar. Dominados os mistérios da palavra, aos seis, sete anos já dava conta dos meus gibis, e, num misto de identificação paterna e busca por algo mais complexo, comecei a prestar atenção nas coisas que meu pai lia, o caderno de esportes do jornal entre eles. Nunca fui uma pessoa muito atlética, e, talvez por isto mesmo, no suplemento de esportes do jornal entrei em contato com uma espécie de miniatura de um mundo até então desconhecido pela criança que fui, ou, quiçá, por qualquer criança: o esporte é o espetáculo da vida, no qual uma decisão errada pode pôr tudo a perder, ou um lance de sorte sacramentar o destino vitorioso. Graças às crônicas e às informações veiculadas pelos periódicos, aprendi a vibrar, a torcer, a raciocinar. Aprendi, principalmente, que é possível ser torcedor e gostar de tal forma de um assunto que discuti-lo, mesmo quando seu time não está envolvido, é sempre um prazer.

Desta forma, com esta breve introdução, creio que já consegui sugerir ao leitor qual será a tônica deste blog: este espaço será reservado à discussão de tudo o que toca ao esporte; sem a frieza dos “especialistas”, e sem o fanatismo cego de muitos torcedores. Espaço de relevo será concedido ao futebol – para mim, o único esporte capaz de imitar a vida à perfeição – mas também haverá espaço para outras modalidades esportivas, como a Fórmula 1, com suas mil e uma polêmicas, para as seleções de vôlei brasileiro, dignas de méritos, para a cartolagem, e suas artimanhas, etc.

Para terminar a primeira postagem, nada melhor do que conhecer quem vai tratar de tais assuntos com você, leitor. Assim, começo por quem agora vos fala: meu nome é Jeferson Ferreira, sou graduado em Letras – Francês/Português, e faço mestrado em Literatura Francesa. Minhas principais ocupações são meu trabalho, como preparador de textos free-lancer, e o Corinthians, time do meu coração. O outro “dono” deste espaço, e meu amigo desde tenra infância, chama-se Reginaldo Lopes, jornalista graduado, que já trabalhou com assessoria de imprensa e, atualmente, colabora em periódicos na Internet. Seu único defeito é ser são-paulino.

Encerro, então, este primeiro texto, fazendo votos de que muitos outros venham, e de que nossos leitores curtam muito o que está por vir. Tenho certeza de que nós curtiremos...