quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Título longe, Libertadores talvez

O Palmeiras na noite de ontem enfrentou o Grêmio, no Olímpico, perdeu por 2x0 e ficou, praticamente, sem chances do título brasileiro

A dinâmica do primeiro tempo foi o time gaúcho agredindo e o Palmeiras tentando criar contra-ataques, porém o gol gremista no final da etapa inicial desencandeou um fato desagradável na ida do vestiário palmeirense: Os jogadores Obina e Maurício se agrediram quando caminhavam para o túnel e foram expulsos pelo árbitro.

O time alviverde ficou a segunda etapa inteira com nove jogadores. O Grêmio, por sua vez, já não parecia inspirado e fez um gol chorado com Max López.

Para o time do Parque Antártica resta a Libertadores, já que o líder, São Paulo, pode abrir seis pontos de vantagem.

Aos brigões ficou o exemplo de serem dispensados do clube após a má conduta.

Isso me lembrar que no jogo São Paulo x Vitória, André Dias e Hugo tiveram um lance parecido, porém não houve socos como os palmeirenses, contudo, empurrões e bate bocas marcaram a partida.

O que está acontecendo com os times paulistas, afinal?

domingo, 15 de novembro de 2009

De modelos e modelos

Sinceramente, acho muito pobre ficar, aqui, tecendo comentários a respeito de amareladas do Palmeiras, ou sobre como mais um Brasileiro vai caindo no colo do São Paulo. O futebol em nosso país virou isso aí, essa pasmaceira.
Em virtude disso, gostaria de traçar algumas reflexões sobre o que fez o São Paulo atingir tal hegemonia. O que leva o tricolor paulista a tanta força e estabilidade?
Sem querer apelar para jogos de bastidores e outros piripaques conspiratórios, destaco dois pontos, a meu ver principais:

– Elenco: o São Paulo não tem craques. Hernanes é uma pérola oriunda das categorias de base, assim como foi Robinho, no Santos: é um a cada vinte anos. O tricolor investiu, mesmo, pesado, em um bom conjunto de jogadores razoáveis – alguns especialistas (como Jorge Wagner e suas bolas paradas), outros apenas voluntariosos, como Zé Luís. Qual a vantagem disso? É um grupo sem desníveis. No São Paulo, sai um razoável, e entra outro. No Corinthians, Santos e Palmeiras, quando sai um razoável (ou, pior, um jogador bom, ou craque) não há substituição. Responda, palmeirense: quem substitui a altura Diego Souza e Cleiton Xavier? E você, flamenguista: quem substitui Adriano, ou Petkovic? Alguém pode chegar e dizer: o São Paulo não sentiu falta do Hernanes. Não sentiu porque o elenco é grande, e permite variações táticas, assim, mesmo com razoáveis, é possível manter um padrão forte.

– Padrão tático: talvez o São Paulo seja o único time com esta vantagem, aqui no Brasil. O São Paulo joga com uma zaga forte, e dois volantes fazendo a cobertura desde, pelo menos, 2005. A jogada aérea data mais ou menos daí também. Os suspiros de criatividade de Hernanes só vieram acrescentar um algo a mais. Qualquer jogador que entre, hoje, no São Paulo sabe exatamente o que fazer. O time é frio, não empolga, é robótico. De todos os quatro primeiros, o São Paulo é o único cujo aproveitamento nunca passou dos 57%; ou seja, nunca foi um time brilhante, e sempre exageradamente matemático.

A que conclusão eu chego? Ora, leitor, realmente penso que devemos imitar o São Paulo, porém, no primeiro ponto indicado, jamais no segundo.