sábado, 3 de outubro de 2009

No Grande Prêmio da Madrugada

Alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, faz a pole em treino cheio de acidentes

As corridas de F-1 mais difíceis acontece na madugada, pelo menos para nós aficcionados por velocidade. Acordar no meio da noite para assistir não é dos melhores programas. Bem, vamos ao treino.

No GP do Japão, a pole foi do alemão Vettel, seguido por Jarno Trulli - Toyota - e Lewis Hamilton - Mclaren. Rubens Barrichello - Brawn -, que anotou o quinto tempo, perdeu cinco posições por andar em alta velocidade durante uma bandeira amarela, seu companheiro Jenson Button também foi punido, assim largam respectivamente em 9º e 11º posições.

Acidentes

Começou nos treinos livres, Mark Webber foi a primeira vitima a ficar fora da pista de Suzuka, não treinou, entretanto, participará da corrida. Jaime Alguersuari - Toro Rosso -, não conseguiu a classificação para o Q2 depois de escapar da pista, participará normalmente da corrida. Sébastien Buemi - Toro Rosso - bateu o recorde da pista escapando duas vezes. Heikki Kovailainen - Mclaren - perdeu o controle do carro, mas é presença garantida no GP.

Agora o caso mais sério, Timo Glock - Toyota -, seu carro colidiu com violência na barreira de pneus, as notícias dizem que ele está bem, entretanto dores nas costas e pequenos arranhões nas pernas podem impossibilitar o piloto de participar do GP.

Vai Rubinho!

A situação na largada é semelhante a corrida anterior, Button larga atrás de Rubinho. Álias, o inglês vem seguindo os passos de Barrichello, sendo uma sombra do brasileiro. E dizem ainda que ele é bom! Eu apenas o classificaria como um Jean Alesi piorado, mas com sorte. Vencer aquelas seis corridas iniciais não foi graças ao seu talento, e sim, da falta de concorrência.

Lembrando a corrida começa as duas da madrugada, do sábado para o domingo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Olímpicas

E o inesperado, pelo menos aos de pouca fé (ou muito juízo), aconteceu: o Rio de Janeiro representará o Brasil nas Olímpiadas de 2016.
Apesar do geral clima de contentamento, este blogueiro que vous tecla não consegue proferir a frase anterior sem acento de velório. O Brasil não merecia receber uma Olimpíada.
Explico-me.
O Brasil, não por acaso, vive um bom momento, sinal não apenas de uma firme postura econômica, mas, sobretudo, de políticas governamentais de cunho social que tentam visar ao todo da população. Porém, este bom momento, levando em conta as décadas de mazelas que nos solaparam, ainda não ecoaram de forma a mudar estruturalmente nosso país. E, por estrutura, entendo:

– Base social: o Brasil precisa aproveitar o bom momento e atrair investimentos para a criação de escolas, hospitais, e para a promoção de justiça social. Estamos em 2009. Provavelmente, nos sete anos que restam, haverá um boom de construções e projetos. O andar de baixo ficará feliz com a alta da empregabilidade, mas, e depois de 2016? Uma Copa, uma Olimpíada, e o povo continuará burro e doente? É preciso perguntar o que podemos fazer para que os investimentos não fiquem limitados a prédios e construções que pouco importam para o brasileiro típico.

– Estrutura política: funcionamos, ainda, na base da camaradagem e das indicações. Como garantir um trabalho profissional se o QI (Quem Indica) impera? Basta observar no que o Pan-07 se transformou: obras inacabadas, sem conexão com a realidade e com o povo, superfaturamento, elefantes brancos de última hora, e muito, mas muito dinheiro público rolando de cima a baixo. O Pan foi um dos maiores fracassos de nossa história recente devido aos vampiros do dinheiro público que dele se aproveitaram. Nuzman é um câncer, que nada deve a Ricardo Teixeira.

– Base esportiva: o Brasil é um país de tradição pífia nos esporte. Gostamos de futebol, e só. Nossas escolas não são orientadas a fomentar a prática esportiva como forma de promoção da saúde, e, para completar, nossos atletas de alto rendimento não têm apoio algum, sofrem com a falta de projetos e apoios.

Em vista destes pontos, creio que nós, homens de muito juízo, devemos cumprir o papel de fiscalizadores; ainda que seja quase impossível alguém ouvir nossos apelos no meio do samba da carência, da festa da carestia.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A batalha nos aflitos - O retorno

Pênalti perdido, expulsões, pressão e derrota do Náutico, ingredientes necessários para a luta em Recife

Antes de mais nada pedimos desculpas pela falta do pré-jogo, algumas atribulações da vida profissional nos impediram de fazer o ritual de todas as quartas-feiras. Sem mais lenga-lenga vamos ao jogo.

Ontem, nos estádio dos Aflitos, Náutico e São Paulo apresentaram um dos melhores jogos deste campeonato, com emoção do começo ao fim. O São Paulo precisava da vitória para não deixar o Palmeiras escapar, o Náutico, por sua vez, precisava se distanciar da zona de rebaixamento, resultado: jogão.

O São Paulo nos primeiros 20 minutos foi encurralado, o Náutico botava correria e próximo dos 14 minutos, Jr. César fez pênalti, Bosco defendeu. Pouco tempo depois, o mesmo Jr. César foi expulso por reclamação.

A reação tricolor surgiu no segundo tempo, em falta cobrada por Hernanes que desviou na barreira, empate 1 x1. Próximo dos 25 minutos, Richarlyson foi expulso, as coisas que estavam complicadas com 10 ficaram ainda pior com nove jogadores.

Ainda em desvantagem numérica, com as entradas de Hugo e Oscar, o time do Morumbi buscou a virada. Ele - o jason do Morumbi- apareceu, Hugo, em boa jogada do jovem promissor Oscar fez um golaço. Fim de jogo 1 x 2 Sampa. O time pernambucano, próximo do fim da partida, teve dois jogadores expulsos.

Méritos para as alterações de Ricardo Gomes, tirando um zagueiro - Renato Silva - e colocando um atacante - Hugo -, e partidaça de Jean, que fechava a ala direita e meiocampo, a equipe toda demonstrou vontade de ser tetracampeão.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Globo mata-mata os pontos corridos

Em 1995, na final do Campeonato Brasileiro, ocorreu uma das maiores injustiças de que o futebol já teve notícia. Na ocasião, o bom e aguerrido time do Santos perdeu para o time do Botafogo em virtude, sobretudo, de duas falhas capitais da arbitragem: validou um gol irregular do Botafogo, e anulou, erroneamente, um gol legal do Santos.
Assisti ao jogo na casa de um amigo santista, jovem como eu, e, creio, poucas vezes o vi tão triste. Naquele momento, pensei: "Não quero passar por isso. Injusto esse tal de mata-mata!".
Pois bem, recorro a essa lembrança perdida para comentar uma nota que surgiu, ao que tudo indica segunda-feira, na seção Painel, do caderno de esportes da Folha de São Paulo. De acordo com a nota, a Globo enviou à CBF e aos clubes um projeto, segundo o qual a forma de disputa por mata-mata voltaria à tona.
Em primeiro lugar, tendo em vista o tal projeto, seria uma falha não lamentar a desproporcional força da Globo, em comparação aos clubes, e mesmo com a CBF. Há pouco tempo atrás, por exemplo, a emissora já havia se oposto à adequação do calendário brasileiro ao europeu. Parecia que, finalmente, o assunto seria decentemente discutido, mas bastou a toda poderosa se comunicar e... silêncio. O dinheiro sempre fala mais alto. No caso do modelo de campeonato, a toada é a mesma. Ao que tudo indica, a audiência vem caindo.
Ainda que os motivos de uma possível mudança sejam obtusos, creio que a questão mereça debate e reflexão. Os ditos pontos-corridos seriam o modelo mais justo de campeonato pelo simples fato de premiar a equipe mais regular, mais planejada; sem contar o quesito arbitragem: nos pontos-corridos também ocorrem erros, mas estes seriam, teoricamente, "diluídos" no decorrer do certame. Tudo muito bom, tudo muito legal, porém...
Apesar de ter aplaudido quando os campeonatos começaram a ser disputados no atual modelo, no decorrer das temporadas, percebi um certo desnível, que, para falar a verdade, desconsidera a variedade do nosso futebol: o Brasileirão virou quintal de meia dúzia de times, dos quais apenas três disputam, para valer, o campeonato. Vide o tricampeonato tricolor.
Os entusiastas dos pontos-corridos rebatem com dois argumentos. O primeiro (voltar ao mata-mata é um retrocesso, na Europa não é assim, e cousas, lousas e maripousas), creio, sofre de um certo complexo de vira-latas. O futebol brasileiro é legal por sua complexidade, por suas cores, e o modelo atual não privilegia isso. O segundo argumento é ainda mais fácil de derrubar que o primeiro: os times, sem a obrigação de se planejarem, voltariam a ficar nas mãos da Globo. Oras, não me venham com xurumelas. Quando os times saíram das mãos da Globo? Quando tiveram dinheiro? Quando se planejaram? Me desculpem, mas pensar que os clubes vão se planejar muito mais apenas porque o modelo de disputa é outro não passa de sonho. Os dirigentes, via de regra, olham para si, e nos pontos-corridos assim continuaram; azar do torcedor. Os clubes brasileiros não ficaram nem mais, nem menos submissos com os pontos corridos.
Enfim, se hoje pudesse escolher entre os dois tipos de disputa, meu coração, com um pouco de receio (admito), penderia para o primeiro. O futebol brasileiro não pode se resumir a três times. E se alguém ainda levantar a questão da arbitragem, para retomar o ponto de início deste texto, digo que, não importa qual modelo, devemos lutar (isso sim, sem dúvidas) pelo uso de recursos eletrônicos. Giovanni e Cia., em 1995, teriam comemorado o título.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Folga na liderança

Em Minas, o Santos fez o básico e perdeu para o Atlético-MG, 3x1, sem grandes surpresas. Confesso que após o jogo contra o Corinthians imaginava que o Peixe teria time para reagir, ingenuidade minha. Sem um time e longe de ter elenco, o peixe faz uma campanha mediocre. O jeito é sentar, pensar, planejar e "não cagar" para próxima temporada.

Agora sim, tentarei desenvolver o clássico Corinthians x São Paulo com o mínimo de equilibrio, me esforçando para controlar o lado de torcedor. Álias farei uma observação primeiramente, os meios de comunicação - a TV Globo, em especial e jornais impressos - vem apimentando mais os clássicos entre os três grandes paulistas, algo que acho extremamente saudável para o esporte.

Sem mais delongas vamos ao clássico, bem a dinâmica do jogo foi o tricolor atacando e o time da marginal pronto para o bote. O São Paulo tinha mais volume de jogo, e o Corinthians tinha um contra-ataque extremamente veloz, mas foi no oportunismo que surgiu o primeiro gol do jogo, após falha...hã...como posso dizer... "bisonha" de André Dias e Bosco, Ronaldo agradeceu. O empate aconteceu no 2º tempo, após bola alçada à area Washington em posição duvidosa trouxe a igualdade ao placar. No decorrer do jogo segui essa dinâmica volume do São Paulo e espera do Corinthians.

No jogo Corinthians x São Paulo o grande vencedor, Palmeiras. Agora são cinco pontos de diferença.

domingo, 27 de setembro de 2009

Título mais distante

Não foi em Cingapura que Barrichello diminuiu a distância para Jenson Button, álias aconteceu o contrário, o inglês abriu 1 ponto de vantagem com sua 5ª colocação. Rubinho, que até andou bem, não foi feliz na estratégia e chegou em 6º. A vitória foi de Lewis Hamilton, da Mclaren. Completam o pódio Timo Glock, 2º e Fernando Alonso 3º.
A corrida foi muito movimentada, ganhou um ingrediente a mais com a entrada do carro de segurança. Nico Rosberg, que fazia boa corrida na 2ª colocação, fez uma barbeiragem e teve uma penalidade - passar pelo pit lane - e ficou postado no pelotão do fundo.
Para o título, Barrichello tem que andar muito na próxima etapa e torcer demais para seu companheiro não marcar ponto, só assim terá chances reais de título, lembrando a briga é com seu companheiro de equipe. Abre o olho Rubinho!

E o Verdão cortou o queijo!

De forma irrepreensível, ontem, no Parque Antártica, o Palmeiras bateu o Atlético Paranaense, demonstrando uma força da qual até o blogueiro que vos escreve, leitor, duvidava.
Irrepreensível, pois o time entrou com vontade de decidir, jogando de forma séria e sisuda (como seu técnico), e sem dar margem, na maior parte do jogo, às investidas do time paranaense. Mesmo quando tomou o gol, o alviverde paulista mostrou-se calmo, sabendo que poderia matar o jogo a qualquer momento. Parece que a derrota para o Vitória despertou no Palmeiras a sensação, necessária em pontos corridos, de que cada ponto, falta, dividida, e centímetro de terra é importante.
Méritos também para a diretoria verde, que acertou ao pagar a multa e escalar Danilo, autor de um gol, de uma assistência, e que tirou uma bola na linha.
Na quarta-feira, Beluzzo reclamou da arbitragem, e ao menos dois pênaltis não foram marcados para o Cruzeiro. Quando até a diretoria começa a acertar, é difícil parar um time.

***

No Mineirão, às 18:30h, o Santos encara o Atlético.
O jogo tem tudo para ser interessante, pois, do lado mineiro, o trio Evandro, Diego Tardelli e Éder Luís parecem estar se acertando novamente, ao passo que (faça-se justiça) a zaga do Santos parece ter encontrado, enfim, o equilíbrio; ainda que o equilíbrio da zaga custe ao Santos o equilíbrio do time: o ataque parou de marcar.
O panorama do jogo está cheirando a jogo de ataque contra defesa. Será que rola um contra-ataque puxado por Madson, e um gol do Kléber Pereira, o vice-rei da Vila?

***

O blogueiro não comentará o jogo São Paulo x Corinthians, por motivos explicitados em post feito na semana que passou.