Os grandes em crise

Não adianta disfarçar, os três maiores clubes de São Paulo estão mal das pernas. Enquanto os patrocínios batem recordes atrás de recordes, os elencos apresentam um futebol burocrático e limitado, com essas particularidades o Corinthians enfrentou o Botafogo.
Numa partida chata e pouco inspirada os corintianos fizeram um e tomaram outro, resultado: a má impressão apresentada contra o Santos é ratificada, e o time, ao contrário do que se dizia, não parece mais um dos candidatos a conquista da taça libertadores. Por outro lado, o modesto Botafogo de Ribeirão Preto caminha a passos largos rumo as semifinais do Paulista.

O Santos, que enfrentou o Paulista de Jundiaí, não deu show, contudo, Robinho entrou e resolveu. Com isso, o peixe chegou a 10ª vitória consecutiva.

Se por um lado, o time que menos apostavam é a sensação do campeonato, o Santos. Do outro, os times que mais contrataram são a grande decepção desse início de ano, a desculpa de entrosamento não cola mais a essa altura do campeonato. Acredito num planejamento falho e estupido por parte de cartolas e treinadores. É hora de mudanças, gigantes acordem!

Tédio e decepção

Assim podemos definir as partidas de São Paulo e Palmeiras nesta última quarta-feira

Se por um lado o Palmeiras jogou mal, o time do São Paulo mostrou qualquer coisa em campo menos futebol. Numa partida chata, sem jogadas de criatividade e pouca vontade dos jogadores o Tricolor ficou no empate com o modesto Oeste, que diga-se de passagem merecia a vitória.
Não quero me aprofundar no jogo, esta partida não merece tanto comentário. No entanto, a falta de vontade dos jogadores do São Paulo é algo a se ressaltar. O lance durante a partida em Itapolis em que Alex Silva - o Pirulito -, dá uma bronca no time mostra o quanto o São Paulo precisa acordar, afinal o clube está disputando a taça libertadores, com esse futebolzinho o time não chega a lugar nenhum. Abre o olho diretoria.

O Palmeiras? bom, o que dizer... Foi massacrado pelo Santo André, que jogou muito bem. Tem o artilheiro do Campeonato Paulista e um time bem montado. Ao time do Parque Antártica chega a hora, realmente, de arrumar o time, seja dispensando jogadores medianos e contratando estrelas. Afinal, o Palmeiras tem tradição não é um clube qualquer.

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Seguindo...

Os meninos da vila encaram o Paulista, às 21h, em Jundiaí. Embalados pela vitória no último domingo, o peixe tem tudo para dar show, no entanto, vai encarar a equipe que mais teve jogadores expulsos, até agora, no campeonato regional. É aguardar!

O Corinthians, que vem mordido pela derrota sofrida no domingo contra o Santos, busca a reabilitação contra o Botafogo de Ribeirão Preto - uma das sensações do campeonato-, às 17h, no Pacaembu. A partida promete ser bem disputada, porém Ronaldo fará a diferença? Geralmente, ele faz.
Ps: Belo horário de jogo hein, Federação Paulista!

Quase totalmente opostos

Já muito se falou sobre o fato de que São Paulo e Palmeiras quase dividem os centros de treinamento; separados, apenas, por um simples muro. É um dado curioso, sempre salientado pela mídia, quando esta quer tecer comparações, ou apenas destacar a proximidade entre os clubes.
Hoje, não vou fazer diferente. Os dois vizinhos não poderiam gozar de sorte mais diversa.
De um lado, o Palmeiras, em crise há pelo menos um ano, não consegue montar um elenco, não consegue manter técnicos (e, em consequência, ter padrão de jogo), e está longe de conseguir apagar os incêndios internos. Para completar, depois de uma inesperada derrota, o time receberá hoje, no Palestra, a sensação do campeonato, o vice-líder Santo André. Pedreira à vista, ainda mais se o time do Palmeiras tiver pego trauma da cor azul...
Do outro lado, o São Paulo, um time que, mesmo quando não é brilhante, consegue fazer seus resultados, e muito em virtude de ter uma diretoria em paz (só o Juvenal manda, e pronto), um elenco bom e variável, e ausência de vaidades internas. Enfim, para observarmos o quanto a situação é oposta à do Palmeiras, o Tricolor vem de goleada, e hoje pega, fora de casa, o Oeste, time relativamente fácil.
Eita, vida estranha...

Visões de um domingo chuvoso...

O clássico de ontem, envolvendo Corinthians e Santos, tem dois lados, duas vertentes que precisam ser analisadas.
A primeira é oriunda de uma questão que há muito o presente escrevinhador vem criticando: o tal do rodízio de jogadores, aplicado pelo técnico Mano Meneses. Não vou aqui, até mesmo por incapacidade, entrar em detalhes a respeito de estafa físico, porém, é fato, comprovado ontem e no jogo contra o Racing, que o time do Corinthians é um catado de luxo. Possui jogadores de alguma qualidade, com algum prestígio, mas nenhum padrão de jogo, nenhuma jogada típica de treino e entrosamento.
Neste sentido, o jogo foi o de um time pronto, ou quase, contra um time que nem ao menos é um esboço! Tudo graças à competência de quem dirige o Corinthians.
O primeiro tempo foi todo do Santos, e o Timão só fez se defender. Sem força de ataque, reduzido aos lampejos de Dentinho (!!!), na defesa o alvinegro do Parque São Jorge também não se encontrava, e por mais de uma vez foi vítima de bolas alçadas na área, enganando a linha de impedimento formada. Tomamos o gol e, loas à Felipe, o primeiro tempo virou apenas 1 x 0.
No segundo, com a entrada de Moacir e Jucilei, o time ficou mais forte fisicamente, e mais veloz no meio. Porém, justamente quando as coisas pareciam se equilibrar, o Corinthians tomou o segundo tento, em bela jogada de Marquinhos.
Depois, disso, vieram as expulsões, e o jogo virou uma covardia só. E as ditas expulsões estão ligadas à segunda vertente do jogo, que quero analisar; a atuação do árbitro, que, de tão ruim, pode até esconder a incompetência do time do Corinthians.
Faltas foram invertidas, jogadores do Corinthians foram bestamente amarelados, o pênalty não seria dado nem em pelada de rua, apito caseiro, e expulsões que nem analisadas de perto poderiam ser entendidas. O Corinthians foi assaltado, o que, aliás, já havia acontecido no clássico contra o Palmeiras. Muito provavelmente, em virtude do ano comemorativo, não querem deixar o time ganhar nada.
E, apenas para constar, esse mesmo técnico prejudicou o Corinthians outras duas vezes: em 2008, em partida contra o Guaratinguetá, amarelou o jogador Magal duas vezes, e não o expulsou. Em 2009, contra o São Paulo, expulsou Túlio, em jogada normal no meio de campo. Agora, em 2010, expulsa Roberto Carlos por simulação (André, do Santos, também simulou pênalty, e nem amarelo tomou, e Neymar, por duas vezes, ouviu apito de impedimento e continuou a jogada), e Moacir por um carrinho que até pode ter sido forte, mas foi na bola; sem contar que o primeiro amarelo do lateral foi por ter apenas encostado no Neymar.
Salvem o Corinthians...

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O São Paulo fez o que dele se esperava: pegou um time fraco e meteu uma sacola. Sacola esta que em muito se deve ao atacante Fernandinho, autor de quatro gols! Outro dia, aqui, falei da importância de se ter reserva técnica. Com Hernanes e Fernandinho, o São Paulo pode ter encontrado a sua.

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E o Palmeiras fez tudo ao contrário. Pegou um time fraco, e conseguiu perder! Mesmo tomando um gol no fim do primeiro tempo, e tendo todo o segundo para tentar mudar o panorama, o Palmeiras voltou a mostrar deficiência técnica, e pouca capacidade de recuperação.
A vaga vai ficando longe...

Para disparar

Hoje, as 17h, na Vila Belmiro, o jogo mais importante da rodada, o peixe encara o Corinthians pretendendo disparar na ponta do campeonato. Atualmente, o time da baixada está quatro pontos a frente do segundo colocado, Santo André. O time não contará com Robinho, que está servindo a selação brasileira.
O Corinthians, por sua vez, tenta a consolidação no G4 e caça ao líder, Santos. A equipe da marginal sem numero vem com o time completo.
O clássico de hoje tem tudo para ser uma das melhores partidas do Campeonato Paulista, de um lado Ronaldo e o desencontrado time do Corinthians, o centroavante tem o péssimo hábito de infernizar qualquer defesa; do outro lado Neymar, Ganso e Cia vem se apresentar ao Corinthians, qual será o resultado desse embate?

O Palmeiras vai ao interior encarar o Rio Claro, time que está na zona de rebaixamento. O jogo deve ser relativamente tranquilo para o verdão, que vem de duas vitórias consecutivas. Parece que a filosofia de Antonio Carlos vem sendo bem aceita no Parque Antártica.

O São Paulo, cambaleando e tropeçando, tenta a reabilitação contra o Monte Azul, ainda com o auxiliar Milton Cruz comandando a equipe. O tricolor, que não vence a duas partidas, vem a campo com um time misto e deve promover a estreia dos jogadores Alex Silva, Fernandinho e Thiago Carleto.
Não sei se o São Paulo vence essa, talvez em algumas jogadas individuais possam surgir oportunidades, já que taticamente o time não vem correspondendo.