sábado, 1 de agosto de 2009

Páreo duro?

Hoje, às 18:30, o Palmeiras enfrenta o Sport Recife, num jogo em que é difícil arriscar qualquer pitaco. Apesar de o Leão do Norte encontrar-se na zona de rebaixamento, é notório que o embate entre os dois times tornou-se, devido à Libertadores, um clássico nacional de apegada rivalidade. Somando à dita rivalidade o fato de o Sport precisar dos três pontos, o clima no campo poderá ganhar ares de arena. Tendo isto em vista, também não podemos esquecer que os dirigentes do time de Pernanbuco sabem construir como ninguém o chamado "clima de guerra"; ainda mais contra times do Sul do país, mediante a propagação de ódios bairristas.
Enfim, o Palmeiras vem jogando bem, é o melhor time do Brasil no momento, e Diego Souza está comendo a bola, mas é bom botar as barbas de molho, pois o Sport não venderá barato uma derrota...

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Deixem Jesus em paz

Para terminar de vez com o assunto futebol e religião, abaixo apresento o belo texto de Juca Kfouri, publicado na Folha, e que extraí do Blog do Paulinho (http://blogdopaulinho.wordpress.com/). Incrível como ele supera, em elegância e direção crítica, qualquer coisa que já tenhamos publicado.

Da FOLHA DE SÃO PAULO

Por JUCA KFOURI


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Está ficando a cada dia mais insuportável o proselitismo religioso que invadiu o futebol brasileiro

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MEU PAI , na primeira vez em que me ouviu dizer que eu era ateu, me disse para mudar o discurso e dizer que eu era agnóstico: “Você não tem cultura para se dizer ateu”, sentenciou.

Confesso que fiquei meio sem entender. Até que, nem faz muito tempo, pude ler “Em que Creem os que Não Creem”, uma troca de cartas entre Umberto Eco e o cardeal Martini, de Milão, livro editado no Brasil pela editora Record.

De fato, o velho tinha razão, motivo pelo qual, ele mesmo, incomparavelmente mais culto, se dissesse agnóstico, embora fosse ateu.

Pois o embate entre Eco e Martini, principalmente pelos argumentos do brilhante cardeal milanês, não é coisa para qualquer um, tamanha a profundidade filosófica e teológica do religioso. Dele entendi, se tanto, uns 10%. E olhe lá.

Eco, não menos brilhante, é mais fácil de entender em seu ateísmo.

Até então, me bastava com o pensador marxista, também italiano, Antonio Gramsci, que evoluiu da clássica visão que tratava a religião como ópio do povo para vê-la inclusive com características revolucionárias, razão pela qual pregava a tolerância, a compreensão, principalmente com o catolicismo.

E negar o papel de resistência e de vanguarda de setores religiosos durante a ditadura brasileira equivaleria a um crime de falso testemunho, o que me levou, à época, a andar próximo da Igreja, sem deixar de fazer pequenas provocações, com todo respeito.



Respeito que preservo, apesar de, e com o perdão por tamanha digressão, me pareça pecado usar o nome em vão de quem nada tem a ver com futebol, coisa que, se bem me lembro de minhas aulas de catecismo, está no segundo mandamento das leis de Deus.

E como o santo nome anda sendo usado em vão por jogadores da seleção brasileira, de Kaká ao capitão Lúcio, passando por pretendentes a ela, como o goleiro Fábio, do Cruzeiro, e chegando aos apenas chatos, como Roberto Brum.

Ninguém, rigorosamente ninguém, mesmo que seja evangélico, protestante, católico, muçulmano, judeu, budista ou o que for, deveria fazer merchan religioso em jogos de futebol nem usar camisetas de propaganda demagógicas e até em inglês, além de repetir ameaças sobre o fogo eterno e baboseiras semelhantes, como as da enlouquecida pastora casada com Kaká, uma mocinha fanática, fundamentalista ou esperta demais para tentar nos convencer que foi Deus quem pôs dinheiro no Real Madrid para contratar seu jovem marido em plena crise mundial. Ora, há limites para tudo.

É um tal de jogador comemorar gol olhando e apontando para o céu como se tivesse alguém lá em cima responsável pela façanha, um despropósito, por exemplo, com os goleiros evangélicos, que deveriam olhar também para o alto e fazer um gesto obsceno a cada gol que levassem de seus irmãos…

Ora bolas!

Que cada um faça o que bem entender de suas crenças nos locais apropriados para tal, mas não queiram impingi-las nossas goelas abaixo, porque fazê-lo é uma invasão inadmissível e irritante.

Não é mesmo à toa que Deus prefere os ateus…

Embalouuu

Ao som da torcida " O campeão voltoooouuuu!", o São Paulo deixou o Morumbi, ontem, com mais três pontos. No duelo de tricolores, o Paulista venceu por 2x1, destaque para Hernanes e Dagoberto - marcando duas vezes - que apresentaram um ótimo futebol. O Grêmio pressionou no final, mas o clube paulista resistiu e garantiu a manutenção na tabela.
O próximo compromisso do São Paulo é contra o Vitória, no Barradão. Vitória, que foi derrotado pelo Avaí por 4 x 0. Uma ótima oportunidade para o Tricolor manter a recuperação e diminuir a distância do líder, que hoje são de 10 pontos.
A boa fase vivida no São Paulo é creditada ao treinador, Ricardo Gomes. Com muita conversa e um bom esquema tático, a equipe reagiu e chega forte, pensando no Hepta.
Enquanto o Hepta não vem, dá-lhe tricoollooorrr!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Em ritmo de recuperação

Depois de penar o ano inteiro, o São Paulo, aparentemente, vai apresentando um futebol regular. Hoje, contra o Grêmio, tenta consolidar a fase de recuperação. Os torcedores do Tricolor Paulista aguardam uma campanha semelhante ao ano passado, quando a equipe tinha apenas 1% de conquistar o sexto título brasileiro e conseguiu.

O Grêmio, por sua vez, tem uma equipe recheada de ex são-paulinos a começar pelo técnico, Paulo Autuori o meia, Souza o lateral, Joilson e o volante, Fábio Santos (vulgo Vida Loka). E, conhece bem o jeito de jogar do time paulista ( que álias não é segredo para ninguém).

O São Paulo tem tudo para engrenar se mostrar um bom futebol, vontade e raça. O time gaúcho não é ruim, mas está longe de ser sensacional, talvez o grande trunfo seja o meia Souza. Bem marcado, acredito, não trará grandes problemas.

Por enquanto, Ricardo Gomes não inventou, no entanto, surge o boato de querer manter Jorge Wagner na lateral tendo Junior César como especialista no ofício. A continuar com essa história vai seguir os passos do seu antecessor, Muricy Ramalho, no seus últimos dias... abre o olho, Ricardo!

Os times se enfrentam hoje, às 21h, no estádio do Morumbi.

Quarta-feira previsível

Previsível, sim, leitor, a começar por Náutico X Santos. Se, teoricamente, é difícil vencer o time pernanbucano no suor de seu estádio, a realidade do campeonato vem mostrando outra coisa, e o Náutico segura a lanterna. O Santos, mesmo em vias de reestruturação, só não venceria se Luxemburgo resolvesse "luxemburgar", ou seja, inventar para mostrar que manda, e jogar para a galera. E foi justo isso o que ele fez no primeiro tempo, quando deixou Neymar no banco para a entrada do "craque" Róbson. Um treinador que possui, entre seus comandados, um jogador voluntarioso, rápido e habilidoso, como Madson, e outro, não muito voluntarioso, mas extremamente técnico, como Neymar, não pode se dar ao luxo de desmembrar a dupla; eles se complementam, e se ajudam. A sorte do Santos depende disso.
Por sua vez, no Palestra Itália, o cometa Palmeiras pegou o quase lanterna Fluminense, e deu no que deu: vitória apertada, mas vitória, com gol de... Diego Souza (previsível, né?). A chuva atrapalhou mais que o time do Flu.
O Palmeiras é um time que funciona graças a dois jogadores: o autor do gol, supracitado, e Cleiton Xavier. O primeiro é o típico meia dos tempos atuais: forte, rápido e chuta bem; rompedor. O segundo é mais técnico, driblador, tem visão de jogo. O torcedor do Palmeiras deveria temer esta dependência se não tivesse, no banco, Muricy Ramalho; caso uma dessas peças não funcione, ele saberá fazer o time trabalhar a partir de uma defesa sólida, como ocorria no São Paulo.
Quanto ao jogo Santo André X Corinthians, evito fazer maiores comentários; o ódio emperra minha capacidade crítica. Aponto, apenas, algumas considerações:

– Quem é Marcinho? Como um cara que nem ao menos se destacou no Campeonato Paulista vem jogar no Corinthians? A bola queima no pé dele. É o tipo de contratação que nos faz pensar em falta de transparência...
– A mesma questão vale para Henrique. Ele fez 3 gols em 2008 pelo Guarani. Serve para time grande?
– As minhas esperanças concentram-se em: não perder Felipe, não perder Elias, e que Edu volte bem, assim como Marcelo Oliveira. Do contrário, salvem o Corinthians!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Futebol de quarta antecipado

O pré-jogo de quarta veio mais cedo, a rodada promete. O Palmeiras enfrenta o Fluminense em casa, o Corinthians vai até o ABC enfrentar o Santo André e o Santos, no estádio dos aflitos, tem o complicado Naútico pela frente.

O Verdão, embalado pela boa campanha no campeonato e de técnico novo, pega o Fluminense em péssima fase. O time carioca comandado por Renato Gaúcho não vence há nove jogos - hahaha - e tenta sair da zona de rebaixamento, porém não vai contar com seu principal atacante Fred. Não acho o Palmeiras um baita time, mas estão com uma confiança inabalável e, o meia, Diego Souza anda sempre inspirado. Aposto sem medo no Palmeiras, no mínimo vai atropelar os cariocas.

Já o Corinthians tem uma missão um pouco mais complicada, não por ser o Santo André o adversário, mas sim pela nova formação adotada 3-5-2, um time acostumado a ser rápido e agressivo, pelo novo esquema tático, tende a ser mais cauteloso e truncar o jogo. O Corinthians, campeão Paulista e da Copa do Brasil, é objetivo e fatal como uma cobra. Não aposto no time neste novo esquema. Além disso, o Santo André é uma equipe bem montada e muito eficiente em casa. Será surpresa se o Corinthians ganhar, porém seu saldo é positivo no ano.

O Peixe, em meio as confusões de jogador e técnico, joga contra o Náutico. Como já falei oportunidades, o time do Santos é menos que mediocre, agora, tem um técnico, na minha opinião, questionável. Na minha cabeça não foge o pensamento "Santos, cuidado com o rebaixamento"... Embora o próximo adversário seja o lanterna do campeonato, cito como exemplo o Avaí, que algumas rodadas atrás estava na última posição e passou a vencer e hoje é o 10º. Eu, simplesmente, não consigo ver bons jogadores no Santos, dizem que o Madson é bonzinho, mas acredito que ele foi um jogador ruim que teve uma boa fase e agora, realmente, está mostrando quem é...

Campeonato (in) definido?

Quem imaginava que Jenson Button seria o campeão da temporada 2009 teve uma agradável surpresa com a RBR, seus dois pilotos Mark Webber e Sebastian Vettel vem perseguindo a liderança do piloto da Brawn. O próprio Button admitiu que pode perder a liderança caso o carro não melhore.

No GP da Hungria, aparentemente, outra equipe passou a mostrar força. A Mclaren, com Lewi Hamilton, andou de ponta a ponta e se torna uma equipe que pode tirar pontos preciosos da Brawn, agora, todo o cuidado é pouco. Entretanto, a briga pelo campeonato mundial teve ficar entre os três primeiros pilotos na classificação. Rubinho corre por fora, nas últimas corridas, no entanto, parece um pouco desanimado.

Na Ferrari surgem rumores que Michael Schumacher poderia substiutuir Felipe Massa, alguns jornais gringos chegaram a falar de Nelsinho Piquet. Por enquanto, a responsabilidade ficaria entre os dois pilotos reservas Mark Gene e Luca Badoer.

O próximo Grande Prêmio é o da Europa, no dia 23 de agosto, é aguardar e conferir.

Futebol, religião e política...

... não se discutem. Assim, pelo menos, reza o credo do cordial homem brasileiro, homem sem tutano, que prefere o manso mundo do acordo ao debate de ideias. Como não sou deste tipo – pelo menos a maior parte do tempo, admito – volto a um assunto já debatido neste espaço (post Onde termina o jogo e começa o culto): futebol e religião, duplinha difícil de conciliar.
No momento, o que pôs o tema novamente à baila é o fato de Roberto Brum, jogador do Santos, e pastor evangélico, após ter brigado com o técnico Luxemburgo, aparecer na mídia insinuando que haveria um complô para retirá-lo da equipe praiana, devido a sua orientação religiosa. Como fato, temos apenas que o "guia espiritual" do dito técnico chegou a dizer que Brum sofria de "energia negativa", influenciando o time.
Não quero aqui, claro, fazer distinções de valor no campo da religião; do tipo "esta é melhor que aquela". Destaco, apenas, algumas situações no mínimo irônicas.
A primeira, que salta aos olhos, seria o fato de o "pôfixional" W. Luxemburgo fazer uso, desde priscas eras, de um "guia espiritual". Chamar pai de santo para resolver problema da equipe é coisa profissional? O problema do Santos é a defesa ruim, ou "energia negativa"? Eu não sou "pôfixional", mas, se fosse, ficaria com a primeira opção. Se o dito complô se confirmar, torna-se óbvio que Luxa precisa, apenas, de uma desculpa para afastar Roberto Brum; nem que esta desculpa venha do além.
Outra situação de interesse, e que vale ao menos ser mostrada, é a inversão de papéis a que assistimos. É de conhecimento público a perseguição vil, perpetrada por cultos evangélicos, a religiões espíritas, de origem afro ou não. Os fiéis, excitados por seus pastores, chegam a atacar templos, símbolos e adeptos das manifestações religiosas supracitadas. Para a pessoa que, ao menos minimamente, gosta de justiça histórica, como eu, é impossível esconder o sorriso no rosto. É ridículo e injusto o que fazem com Brum, mas também é ridículo e injusto o que fazem os evangélicos, em nome da fé, com outros religiosos. É claro que um erro não justifica o outro, porém creio que a situação pode levar a reflexões valorosas; sobretudo quanto ao principal envolvido. É conhecida a voracidade de Brum pelos holofotes, e o fato de, estando neles, não perder a oportunidade de tocar em assuntos de fé. Será que finalmente ele entenderá que nem todos querem ouvir?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cadê o planejamento?

O assunto já é um tanto passado, mas, infelizmente, devido a um ritmo de trabalho insano, não pude fazer nenhum post a respeito, semana passada. Trata-se do baixo insulto, dirigido pelo "Seu" Delegado, Dr. Mário Gobbi – diretor de futebol do Corinthians – às pessoas qur ele mais deveria amar e servir: os torcedores do Corinthians. Indignados com o rápido processo de desmanche do time – que, ao que tudo indica, terá parada apenas quando o último jogador fechar a porta do vestiário – os torcedores, com a autoridade de quem paga uma fortuna por ingressos, e procura apoiar o time de todas as maneiras, com a autoridade de quem acreditou nas promessas faraônicas da atual administração, protestou. E qual a resposta do "ilustre" diretor corinthiano? Com a soberba natural dos doutores, típico do país da carteirada, o "Seu" Delegado Mário Gobbi insultou os torcedores, chamando-os de pessoas "sem cultura". Inculta, portanto, nos dizeres do "Seu" Delegado, é a pessoa que questiona o mantra do "bizinês", dos negócios como fins e meios do futebol. É a pessoa que se sente lesada por ter acreditado que o aumento dos ingressos ajudaria a segurar o time. É a pessoa que vê a camisa que ama virar um macacão de píloto de Fórmula 1, e aguenta, pois são os "patrocinadores". Inculta é a pessoa que ama, apóia, mas que não consegue engolir seco. Inculta, dessa forma, é a pessoa crítica; equação possível apenas no Brasil.
Ora, "Seu Dotô" Gobbi, são tantos os erros, tantos os cálculos mal feitos, tantas as promessas não cumpridas, que mal consigo enumerá-los. Por isso, a seguir, apresento o texto de uma corinthiana de coração sofrido, combalido, que mesmo com as armas de Jorge quase já não aguenta a guerra. Ela disse tudo o que eu queria dizer, mas estou triste demais para enunciar.

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” (BARBOSA, Rui, 1914, p. 86).


Despedida

Este blog, desde o seu surgimento, seguiu um ideal, mas como a maioria dos ideais, este também foi um tanto utópico. O propósito deste espaço era servir como um veículo de reflexão sobre as questões que envolvem o Sport Club Corinthians Paulista, porém, como a maioria já não está disposta a refletir, como não se observa uma mobilização no sentido de fiscalizar, como muitos querem confiar em cartola, acreditar em desculpas e balões de ensaio de dirigentes, como se fosse atitude admissível no Brasil ou no mundo do futebol como um todo, o blog perdeu a sua função, sem função passa a ser descartável. Melhor admitir que se perdeu a batalha e seguir em frente, buscar outros caminhos.

É impossível continuar e a frase de Rui Barbosa, que abre o post, diz tudo. A situação está tão absurda que eu sinto vergonha e medo de publicar as verdades que necessito, pois sei que ao invés de alguns acordarem para o mundo real, preferirão me acusar de qualquer coisa indigna e mentirosa.

Contudo, o amor pelo Corinthians é eterno, sempre permanecerá. Não estou abandonado o meu time, nunca vou abandona-lo. Este é só o fim de uma parte de mim que teve um sonho e “embora acabe eu, a minha fé não acabará; porque é a fé na verdade, que se libra acima dos interesses caducos, a fé invencível.”

Nos últimos anos, a minha vida se pautou pelo Corinthians, alguns nem acreditariam o quanto! Neste 2009, foram R$100 de ingresso por partida investidos no Pacaembu, na esperança de estar contribuindo para a manutenção do time, conforme me foi prometido. Isto fora o Fiel-Torcedor, que fiz para ajudar o meu clube e que agora é mais um motivo para cartola pisar na minha paixão e vender jogos para outros estados, jogos estes que já estavam prometidos para os 35 mil idiotas que, como eu, aderiram ao plano de fidelidade, aliás, este nome hoje me parece bastante irônico.

E uma maioria esmagadora, que ainda busca se iludir com o sonho de que as coisas mudaram, que não há mais crise, nem falcatruas no Corinthians, blá blá blá, acha tudo isso normal, fecha os olhos para não ver que, embora em ritmo diferente, tudo continua acontecendo exatamente igual! Pois bem, eu não acho normal, não consigo achar. Eu não tenho vocação para massa de manobra, tampouco sou tão sonhadora quanto era aos 15 anos.

Eu não engoli o rebaixamento e nem acho que foi bom para o clube. Grandes clubes não necessitam de uma mancha na história para se reestruturarem, isto poderia ser feito antes e embora os cartolas utilizem este argumento para diminuir a sua culpa, não me iludem mais.

Não engoli a negociata da venda do atleta Jô, que provavelmente se repetirá nas futuras vendas de Cristian e André Santos para times de ponta da Europa, pelos valores que realmente valem. Não engoli as alíneas que colocaram na renovação do estatuto, que venderam como democrático e moderno. Nem engoli ou aceitei a manutenção da máfia nas categorias de base, nem a relação promíscua com os empresários sanguessugas do futebol, que reinam no Parque.

Eu não engoli a transparência não-transparente que me venderam, também não engoli a suposta renovação. Que renovação? Se o presidente está no clube há 14 anos e entrou pelas mãos do “ex”-facínora Nesi Curi? Eu não engoli, como também não digeri a oposição, que só existe no mundo da fantasia ou da internet, mas que de fato e efetivo nunca fez nada.

Eu não engoli o engodo da renovação do contrato com a Nike, uma pena que poucos tenham se dado conta do que significou, talvez daqui há 5 anos fique claro (ou não também). Eu não engoli a majoração extorsiva dos ingressos ou a prostituição do manto alvinegro sob promessa de manter um time forte e competitivo para o centenário e que agora já se desmancha.

Eu não engoli o aumento da dívida e os milhões de empréstimos adquiridos a juros bancários, quando a promessa era justamente o inverso disso. E como poderia engolir, quando o clube é o que mais arrecada em bilheteria, cotas de TV, vende milhões em produtos licenciados, planos de fidelidade e tem o maior patrocínio do Brasil? Se há receita e se dizem que o clube não pode contratar ou manter o elenco por que o dinheiro que entra nos cofres do é destinado ao pagamento da dívida, como é que a mesma jamais diminui?

Enfim, eu não engoli, pois nada disso é mesmo digerível, portanto, este blog sem função, depois de um ano e cinco meses no ar, entrará em recesso por tempo indeterminado. Recesso é o termo que considerei mais adequado dentro das minhas crenças, uma vez que não aprecio decisões definitivas, afinal, todos tem o direito de mudar de opinião quando vale a pena muda-la, então, quem sabe um dia…

Encerro meus escritos por aqui agradecendo do fundo do meu coração pela confiança que em mim depositaram, pelo carinho, pela presença, pela compreensão, especialmente dos que sempre souberam quem sou e que o meu intuito foi sempre apenas ver o Corinthians cada vez maior.

Agradeço também pelos debates, pela franqueza dos que de mim discordaram, pelas informações e por tudo que aprendi através dos comentários, emails, etc… Sem vocês este blog nunca teria significado tanto para mim, por isso, além de agradecer, também peço desculpas por decepcionar os que esperavam um pouco mais de mim. Espero que nunca me compreendam, é, nunca me compreendam mesmo, pois o que estou sentindo, esta desilusão, eu não desejo para nenhum corinthiano no mundo. Mas espero, sim, que possam me desculpar. Que aqueles que não ficarão felizes ou darão de ombros para esta decisão me perdoem, que sigam confiantes e, acima de tudo, tenham estômago forte, pois isto é o principal e foi isto o que, em 2007, pensei ter, mas descobri que não tenho.

Talvez eu devesse ter dito, feito e escrito mais, porém agora já não faz tanta diferença assim e, oxalá, outros ainda falarão por mim.

Até qualquer dia e…

Vai Corinthians, eternamente!

Larissa Beppler (http://larissabeppler.wordpress.com/)

domingo, 26 de julho de 2009

De bonanças e tempestades...

Parece que, no futebol brasileiro, as coisas tendem mesmo a ciclos, de tempestades a bonanças, e de bonanças a tempestades. De certo, apenas, duas coisas: o dinamismo do processo e o fato de que times menos endividados parecem ser os que menos sofrem. Esta última rodada do Brasileirão parece confirmar esta teoria.
Como bom corinthiano, sinto o cheiro da tempestade chegando no Parque São Jorge. Saravá, me acuda, meu pai! No jogo de hoje, finalmente, contra um time mais organizado taticamente, o Corinthians sentiu a falta de suas peças; ainda mais depois que perdeu Ronaldo e tomou o gol. O Time não conseguia reagir, espremer o Palmeiras na defesa, impor seu meio de campo. Claramente, faltou a saída de bola da defesa, arremates de meia distância, e calma, o que só vem com tempo e entrosamento. O Palmeiras foi tão bem, ou o Corinthians foi tão mal que o Obina, artilheiro de várzea, que se sustenta apenas com o carisma, marcou os três gols verdes. Vejo que precisarei ter muita, mas muita, paciência.
Na Vila Belmiro, a meu ver, ocorreu o impensável: o Santos perdeu do cambaleante time do Flamengo, o que demonstra, talvez, que o time precise de mais reforços do que se pensava. Porém, são apenas dois jogos com Luxa, e ele ainda não teve tempo de "acertar" totalmente o time. Veremos as próximas rodadas, até porque o segundo gol do Fla foi contra.
Po último, no sufoco, o São Paulo confirmou sua reação, mostrando que ainda tem muito para dar neste Brasileiro. Se não perder muito com a janela, torna-se candidato ao título, mesmo com Ricardo Gomes no banco.

Domingueira

Num domingo frio e feio como o de hoje, só o futebol mesmo para esquentar o clima; e os torcedores dos times de São Paulo têm todos os motivos para esquentarem as mãos. Não há um jogo que não mereça atenção especial.
A começar por Barueri X São Paulo; se o tricolor paulista vencer, confirma a reação, e bem, pois o Barueri é time bem montado, e que costuma dificultar em casa. O destaque do jogo, para mim, será a repetição da dupla Dagoberto e Washington. Os dois jogadores funcionam bem juntos, complementam-se. Palmas também para Ricardo Gomes, por suportar a pressão que vem sofrendo: há setores do Morumbi que desejam ver o time jogando com três atacantes, o que apaziaguaria as brigas no elenco.
Na Vila Famosa, o Santos pega o bom, combalido e confuso time do Flamengo. No último jogo do Peixe, Luxemburgo, como de costume, deixou seu ego falar mais alto e deixou no banco os garotos Paulo Henrique e Neymar. No jogo, fará o contrário, e, por isso, aposto no Santos.
Por último, o jogo que, de longe, atrairá mais atenção: Corinthians e Palmeiras farão o jogo da rodada não apenas pela rivalidade, mas também por valer posições valiosas na competição. De um lado, o alvinegro do Parque São Jorge precisa dar a sua desconfiada torcida a certeza de que, mesmo com desmanche, ainda é um bom time, capaz de brigar de igual para igual com os postulantes ao título; de outro, haverá um Palmeiras em franca ascensão, mesmo depois da derrota do meio de semana, e que deseja, a todo custo, dar um calmo início de trabalho a seu mais novo técnico, Muricy Ramalho. Tem de tudo para ser um jogão!

GP da Hungria

Para este redator o que menos importa é o resultado do grande prêmio a preocupação, neste momento, é a recuperação plena do piloto Felipe Massa. Ele, que renovou a esperança do Brasil em um novo idolo do automobilismo. Ele, que ano passado ficou a uma curva de ser campeão. O brasileiro segue em coma induzido e tem descartada a hipótese de risco de morte. Vamos torcer para sua recuperação!

Na corrida Lewi Hamilton da Mclaren venceu, Kimi Raikkonen chegou em segundo e Mark Webber em terceiro. Os outros dois brasileiros, Rubens Barrichello terminou em 10º e Nelsinho Piquet em 12º.