terça-feira, 16 de março de 2010

A cadeira cativa de Richarlyson

Historicamente, temos nos times de futebol jogadores/personagens que servem para marcar determinada época do clube. Muitas vezes, cartolas marcam uma geração, por exemplo, Vicente Matheus mandatário do Corinthians nos anos 70 e 80, que governava lançando frases de efeito.

Hoje, no São Paulo, a figura em destaque é Richarlyson. Parte da torcida são-paulina culpa o jogador por receber dos rivais o vulgo pejorativo de "bambi". Isso porque, o atleta sempre se envolvia em notícias chamativas e, principalmente, pelo seu jeito ...hã... podemos dizer delicado. Entre as principais polêmicas envolvendo o jogador, destacam-se: o processo contra José Cyrillo Júnior, Diretor do Palmeiras, que o teria chamado de homossexual e o caso das madeixas colocadas nas férias e retiradas antes da reapresentação. Essa soma de elementos e as gozações de Vampeta (ex-Corinthians), traçaram um novo rosto para o Tricolor Paulista.

No entanto, ultimamente, não é as aparições e polêmicas envolvendo Richarlyson que vem enfurecendo a torcida, e sim, o futebol apresentado. É notório que todo o time joga sem brio, aparentando um certo desgosto, uma frustração, uma passividade nojenta; porém, desde 2007, Richarlyson não apresenta um grande futebol. É claro que durante esse tempo jogou de zagueiro, lateral esquerdo improvisado e, nem sempre, teve sequência como volante - posição que se destacou -, porém o futebol não é o mesmo.

Talvez o que mantenha Richarlyson como titular seja sua vontade de vencer, pois na técnica anda devendo, erra muitos passes e enfeita demais. Entretanto, vejo-o com cadeira cativa no time, não seria hora de mudar já que foram contratados 11 jogadores? Vejo Rodrigo Souto, Léo Lima, Cléber Santana e imagino: "Eles tem mais qualidade que o Richarlyson, será que falta vontade?"

Seja por vontade ou não, ninguém merece ter cadeira cativa em clube grande. Afinal, o São Paulo não é o Real Madrid.

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