domingo, 23 de agosto de 2009

Lição de casa

Às vezes, o Campeonato Brasileiro assemelha-se a uma grande sala de aula, na qual os alunos (times) mais aplicados chegam às melhores colocações. A comparação pode ser babaca, mas não é de se jogar fora.
Ontem, por exemplo, o aplicado time do Palmeiras entrou em campo para tentar apagar as más impressões deixadas nas cinco últimas rodadas. É o típico caso do bom aluno, mas que precisa tomar uns puxões de orelha; e Muricy parece ter um prazer todo especial em cumprir este papel. O alviverde paulista entrou mordido em campo, marcando no campo do adversário, disposto, enfim, a mostrar as garras. Com Muricy no comando, técnico que sabe cobrar seus jogadores, será difícil o Palmeiras perder a dianteira.
Em situação um pouco diferente, temos o CDF da turma, o time do São Paulo, que entra em campo, hoje, contra o Atlético Paranaense, não para tentar se recuperar, mas para tentar ganhar um dez com louvor. Nas últimas rodadas, tem sido a sensação do campeonato, e, o mais surpreendente, não senta na glória, ou seja, não relaxa; pelo contrário, parece querer mais. Pegar o Atlético na Baixada é sempre difícil, porém, para este time parece não existir desafio.
No Pacaembu, teremos o jogo daquele aluno pobre, ramelento, mas raçudo, o Corinthians. Os professores vivem salientando o potencial dele, falam que sua capacidade é quase ilimitada, porém, ele tem problemas em casa (diretoria bizarra), e depende de motivação constante. Muito mais agora, que já ganhou boas notas no primeiro semestre, e pensa que está tudo definido. Mano Menezes precisa fazer o papel daquele professor chato, que fica lembrando o aluno de que ele ainda pode se dar mal; a vida não é só coçar e pegar as menininhas. O jogo de hoje, contra o Botafogo, é importantíssimo, pois pode marcar em definitivo a recuperação do Coringão. Nada de dar uma de aluno folgado!
Por fim, temos o Peixe, que será recebido pelo Goiás. O Santos é o típico caso do aluno problema; sua mente é uma caixa preta, ninguém sabe o que acontece lá dentro. Sabemos, apenas, que atrapalha seu rendimento. Já mudou de instrutor várias vezes, mas parece não adiantar: o time ralha como menino que deseja logo que cheguem as férias. Uma vitória hoje poderia entusiasmá-lo.

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