segunda-feira, 29 de março de 2010

Alta tensão

Não sou jornalista, tampouco cronista esportivo, no entanto, nesse ano em que estou ensaiando críticas futebolísticas, venho me acostumando com algo em que os profissionais da área são gênios: queimar a língua.

Ontem, no pré-jogo, apostei que Corinthians x São Paulo seria um jogo modorrento, levando em conta o que ambos vinham jogando. Ledo engano. Durante os 90 minutos, o jogo foi disputado em alta tensão, com as duas equipes superando limitações técnicas e fragilidades táticas.

O Corinthians foi melhor no 1º tempo. Marcou bem, sem renunciar ao ataque. Elias, chegando bem, marcou o primeiro. Dentinho, em mais um jogo sem inventar, foi útil ao ataque e ao meio de campo. Danilo, no melhor jogo pelo Timão, chamou a responsa de armar o time e marcou o segundo. Em lance pueril, Washington e Dente se envolveram em briga, e o juiz os expulsou, talvez num arroubo de severidade.
Tudo ia bem, até o fator Mano entrar em campo: recuado, o Corinthians chamou o São Paulo, e tomou o gol da esperança Tricolor, em boa trama de ataque.

No 2º tempo, o São Paulo voltou melhor, e o Corinthians, recuado à la Mano, tentava os contra-ataques, estratégia que só o treinador ainda não viu que não deu certo nesse ano. Normalmente, com o time recuado, o Timão tem apenas Dentinho e Elias, os únicos rápidos, para puxar contra-ataque; se os dois não podem correr pelo time todo, imaginem apenas o Elias...
Mesmo nulo no ataque, a sorte brilhou para o Corinthians, que ampliou em falta de Roberto Carlos, e falha de Rogério Ceni.

O São Paulo parecia perdido em campo, quando duas falhas do merdinha do goleiro corinthiano colocaram de novo o time tricolor no páreo. A primeira, escrota, a segunda, um pouco menos escrota, mas falha do mesmo jeito. O São Paulo estava mais vivo do que nunca! Cresceu, buscou o ataque, e poderia ter virado. No entanto, novamente a sorte brilhou para o Corinthians: Iarley salvou a bagaça numa jogada prosaica, que resultou em gol contra de Alex Silva.

O Corinthians mereceu ganhar, sobretudo pelo primeiro tempo que fez, mas aviso que sorte é um negócio que é bom aproveitar; pode ser um sinal de que a quarta vaga é nossa.

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O Santos fez cinco gols no péssimo Monte Azul. Alguém ficou surpreso?

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