Não sou jornalista, tampouco cronista esportivo, no entanto, nesse ano em que estou ensaiando críticas futebolísticas, venho me acostumando com algo em que os profissionais da área são gênios: queimar a língua.
Ontem, no pré-jogo, apostei que Corinthians x São Paulo seria um jogo modorrento, levando em conta o que ambos vinham jogando. Ledo engano. Durante os 90 minutos, o jogo foi disputado em alta tensão, com as duas equipes superando limitações técnicas e fragilidades táticas.
O Corinthians foi melhor no 1º tempo. Marcou bem, sem renunciar ao ataque. Elias, chegando bem, marcou o primeiro. Dentinho, em mais um jogo sem inventar, foi útil ao ataque e ao meio de campo. Danilo, no melhor jogo pelo Timão, chamou a responsa de armar o time e marcou o segundo. Em lance pueril, Washington e Dente se envolveram em briga, e o juiz os expulsou, talvez num arroubo de severidade.
Tudo ia bem, até o fator Mano entrar em campo: recuado, o Corinthians chamou o São Paulo, e tomou o gol da esperança Tricolor, em boa trama de ataque.
No 2º tempo, o São Paulo voltou melhor, e o Corinthians, recuado à la Mano, tentava os contra-ataques, estratégia que só o treinador ainda não viu que não deu certo nesse ano. Normalmente, com o time recuado, o Timão tem apenas Dentinho e Elias, os únicos rápidos, para puxar contra-ataque; se os dois não podem correr pelo time todo, imaginem apenas o Elias...
Mesmo nulo no ataque, a sorte brilhou para o Corinthians, que ampliou em falta de Roberto Carlos, e falha de Rogério Ceni.
O São Paulo parecia perdido em campo, quando duas falhas do merdinha do goleiro corinthiano colocaram de novo o time tricolor no páreo. A primeira, escrota, a segunda, um pouco menos escrota, mas falha do mesmo jeito. O São Paulo estava mais vivo do que nunca! Cresceu, buscou o ataque, e poderia ter virado. No entanto, novamente a sorte brilhou para o Corinthians: Iarley salvou a bagaça numa jogada prosaica, que resultou em gol contra de Alex Silva.
O Corinthians mereceu ganhar, sobretudo pelo primeiro tempo que fez, mas aviso que sorte é um negócio que é bom aproveitar; pode ser um sinal de que a quarta vaga é nossa.
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O Santos fez cinco gols no péssimo Monte Azul. Alguém ficou surpreso?
segunda-feira, 29 de março de 2010
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