segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Gangorra

O futebol brasileiro é mesmo cheio de artimanhas... Creio que em poucos países no mundo o dito esporte bretão seja envolvido por tantos mistérios e variáveis. Prova disso é o chamado Trio de Ferro, conjunto formado pelos três grandes da cidade de São Paulo.
A condição do Palmeiras, por exemplo, é para lá de estranha: com Luxemburgo, o time até jogava bem, mas não evoluía. Foi o grande treinador sair, e pronto. Sinal de que nem sempre experiência e visão tática bastam para montar um time.
O caso do Palmeiras pode ser usado para explicar o São Paulo, que venceu, ontem, num joguinho chato, com poucas chances de gol, o time do Vitória. Ricardo Gomes, técnico sem história, chegou para substituir Muricy Ramalho, tricampeão brasileiro, e, comparando os dois currículos, a mídia fez seu habitual trabalho de cornetagem. Pois bem; Ricardo Gomes assumiu, deu moral aos jogadores certos, e os resultados estão aparecendo. Mérito total dele, por exemplo, o ressurgimento de Dagoberto, antes um jogador inútil para Muricy. Dessa forma, o "Professor Ricardo", vai ganhando um joguinho feio cá, outro lá... O São Paulo adora ser campeão assim. Porém, deve ser ressaltado o fato de que, no Morumbi, as coisas acontecem de forma mais natural, pois a pressão é muito menor.
Menor do que no Corinthians, pelo menos, é. O time do Parque São Jorge jogou ontem com o Avaí, a mais nova sensação do Brasileiro, e empatou, em pleno Pacaembú. Com o empate, o time subiu uma posição, e ocupa agora o quinto lugar. Vendo o jogo, percebe-se que o time atual não é nem sombra daquele que ganhou o Paulista e a Copa do Brasil. Isto é um problema, ainda mais se contarmos com a alta competitividade do Campeonato Brasileiro; montar um time durante a competição é temeroso. Em vista disso, a torcida tem o direito de ter medo, não o de pressionar insanamente.
O fato é que não se trata de um time horrível, que não pode ser trabalhado. Vejo peças boas que, com retoques e algumas contratações, podem render mais do que o esperado. Rezo, assim, para que a gangorra me leve mais uma vez para cima.

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